kamaradajonny

joined 1 year ago
MODERATOR OF
 

Grammy latino ou luta armada?
vai depender da disposição dessa garotada

descobri esse álbum essa semana pelo chart geral do RYM e to ouvindo todo dia.
pensando muito sobre os temas que o Crizin traz aqui e no álbum de 2020 Brasil Buraco Vinte Vinte, qualquer dia desses escrevo um texto sobre.

 

Nesse domingo às 18:30 assistiremos Anatomia de Uma Queda, filme da diretora francesa Justine Triet que está concorrendo aos Oscars de melhor filme, direção, atriz, roteiro original e montagem.

Sinopse:

Uma mulher é suspeita do assassinato de seu marido, e seu filho cego enfrenta um dilema moral como única testemunha.

Letterboxd

Trailer

Participe do nosso cineclube!

O Nautflix é o cineclube do Nautilus, todo domingo às 19h assistimos a algum filme escolhido pela comunidade e depois discutimos sobre nossas impressões. Para participar basta entrar no servidor do Nautilus no Discord e pegar o cargo de Clube do Filme.

 

Adicionei alguns emojis de reação na nossa instância. Veja como usar abaixo.
Mandem sugestões de novos emojis ou temas nos comentários.

Como usar os emojis:

Método 1: Seletor de emojis (melhor visualização)

  1. Clique no ícone do emoji na barra de ferramentas de formatação.
  1. No painel de seleção clique no ícone do asterísco.
  1. Aqui os emojis da instância ficam separados por categorias, só achar o que você quer usar e clicar nele para inserir.
  1. gif elmo com braços levantados em frente a fogo

Método 2: Código do emoji (mais prático)

  1. Insira ":" (dois-pontos) na caixa de texto e comece a digitar o código (shortcode) do emoji.
  1. Aparecerá uma lista com os emojis, só selecionar o emoji que você quer e clicar ou apertar enter.
  2. gif pikachu surpreso com boca aberta
[–] kamaradajonny 2 points 11 months ago

interessante, vou dar uma olhada depois, vlw!

[–] kamaradajonny 4 points 11 months ago (1 children)

Basicamente por que a internet não é neutra. E talvez nenhuma tecnologia seja na real, mas não tenho muita leitura sobre isso ainda (acho que @bel@lemmy.eco.br sabe dizer melhor sobre). Recomendo o livro Colonialismo digital: por uma crítica hacker-fanoniana do Deivison Faustino e Walter Lippold, e essa entrevista do Walter pra Nádia do Utopia Revolucionária.

Vou tentar desenvolver melhor depois mas tem alguns pontos importantes:

  • a direita adotou as redes alternativas, mas foi a extrema-direita (fascista), com a justificativa de que as outras redes promoviam censura contra eles e precisavam de uma rede com "liberdade de expressão irrestrita" (bem monark das ideia mesmo). acho que os maiores exemplos são o gab da alt-right e o truth do Trump.
  • a direita mais liberal não tem por que abandonar as big techs, lá eles que mandam.
  • esse trecho de Deixando o Castelo do Vampiro do Mark Fisher:

    Precisamos pensar muito estrategicamente sobre como usar as mídias sociais — sempre lembrando que, apesar do igualitarismo reivindicado para as mídias sociais pelos engenheiros libidinais do capital, este é atualmente um território inimigo, dedicado à reprodução do capital. Mas isso não significa que não podemos ocupar o terreno e começar a usá-lo com o objetivo de produzir consciência de classe. Precisamos sair do “debate” estabelecido pelo capitalismo comunicativo, no qual o capital está nos incitando incessantemente a participar, e lembrar que estamos envolvidos numa luta de classes.

[–] kamaradajonny 1 points 11 months ago

não sabia sobre o lemmygrad, eles são bloqueados por alguma instância grande?

[–] kamaradajonny 2 points 11 months ago (2 children)

o caso que eu conheço foi mais pro começo da ursal... muita gente veio do twitter numa das ondas de migração (isso antes do Musk ainda), e trouxe alguns vícios de lá que não eram bem vistos na comunidade BR que já estava há mais tempo no Mastodon (tipo não descrever as imagens). Uma das tretas era sobre os TWs em posts de política. As comunidades mais antigas eram mais liberais e meio alérgicas a conteúdo abertamente político, então o TW com o aviso "política" era obrigatório em quase todas as instâncias. A Ursal por ser abertamente de esquerda não via sentido nessa regra e não adotou, isso gerou uma treta com várias das instâncias antigas e desenrolou em outras tretas e acusações... o que levou a algumas delas a bloquear a ursal.zone.
Olhando em retrospecto foi uma treta bem desnecessária kkkkk

[–] kamaradajonny 2 points 11 months ago (2 children)

Parei de acompanhar as tribunas do RR sobre a atuação digital há umas semanas... Sabe se alguma já mencionou redes descentralizadas?

[–] kamaradajonny 5 points 11 months ago

o post não tá só criticando a hipocrisia dele, tá fazendo graça com a insinuação que ele é enrustido...

[–] kamaradajonny 5 points 11 months ago (3 children)

Uau, homofobia disfarçada em ataque à direita 😍 /s

[–] kamaradajonny 6 points 11 months ago

Por Camarada Bérnie para a Tribuna de Debates Preparatória do XVII Congresso Extraordinário.

Muito se tem falado de uma estética brasileira, busco aqui, talvez, colocar uma contribuição singela a esse debate e faço partindo do meu incômodo sobre como esse abandono ao saudosismo da estética não abandona também o saudosismo a uma nostalgia da revolução e de nosso papel nela. Por isso camaradas, não proponho para nós uma estética brasileira, mas uma estética revolucionária.

Quero trabalhar isso por uma chave de pensadores que me são muito caros: Ernst Bloch e Mark Fisher

 
Somos Revolucionários?

Agarrados ao saudosismo de um passado que julgam brilhante e presos em conquistas do último século, nós nos imaginamos como as reencarnações dos Bolcheviques, de Fidel, Che e seu exército revolucionário, dos Vietcongues, de Ho Chi Min, de Mao, até de Marighella. Camaradas, nós só, e não digo isso para diminuir os méritos, levamos uma grande delegação pro CONUNE, não pegamos em armas, não fizemos sequer a maior safra de arroz orgânico, como faz o MST. Camaradas, não digo isso para diminuir nossas conquistas, mas para apontar que temos comemorado como se comemora o assassinato de um burguês vitórias dentro das gramáticas políticas que os reformistas também disputam. Sei o papel estratégico possível na UNE, mas estou aqui questionando: nós temos agido como revolucionários ou só performado?

O ponto que trago é que não estamos nas mesmas realidades sociais dessas figuras que citei, não estamos no mesmo momento histórico, enfrentamos o pós-fordismo sem compreender isso, achamos, de alguma maneira confusa, que nossa luta deve ser travada da mesma forma, com o mesmo Horizonte, tratei um pouco mais nisso no texto que fiz com a Camarada Thali “Dos Comunistas que mataram aula”. Mais à frente, inclusive, irei me contrapor a noção de Estética brasileira, que usamos naquele momento. E se todo mundo vier?

Temos avançado, em algumas frentes, em nosso poder de mobilização, apesar da crise, mas não temos sabido lidar com esse poder e isso revela um sintoma claro, não agimos no sentido para vencer, agimos para perder melhor. Mark Fisher nos provoca: Se chamássemos um grande protesto e todo mundo fosse, nós não saberíamos o que fazer.

É necessário compreendermos que nossa atuação enquanto militantes comunistas deve caminhar no sentido de, até quando não temos quase nada, chamar a atenção, marcarmos presença, tensionar para o nosso lado e, sobretudo, >lutar para vencer<.

Peço licença, camaradas, para apresentar aqui um exemplo recente. Nos dias 20 e 30 de Novembro tivemos, aqui em São Bernardo do Campo dois atos, os dois puxados pela Frente povo sem medo a qual compomos aqui na região, o primeiro a Marcha do dia da Consciência Negra, no segundo um ato contra a honraria de cidadão de SBC para Bolsonaro e um de seus filhos. No primeiro ato, apesar de uma quantidade grande de presentes, muitos inclusive para palanque eleitoral (alguns candidatos do PT para a cidade em 2024, principalmente), nós tivemos gritos mal organizados e, no geral, foi um ato confuso, apesar de tudo o significado político da Marcha se manteve e no final ainda fizemos uma fala. Já no segundo ato nós, mesmo com menos militantes presentes de outras forças, tivemos um grande ato onde nós conseguimos puxar a maior parte das palavras de ordem, onde fizemos fala e onde também tivemos protagonismo nas imagens e vídeos divulgados. Esse ato, para mim, foi um exemplo de lutar para vencer, de lutar com horizonte, de puxarmos a nossa linha, onde, de novo, não tínhamos o mesmo tamanho de outras forças, mas soubemos conduzir a atividade como vanguarda.

 
Sobre arte e estética

A estética é inseparável da luta para a práxis marxista-leninista, para tanto, irei desenvolver a seguir o mesmo processo que devemos empreender na Luta, mas, dessa vez, na Estética.

E aqui, fazendo um adendo, coloco estética como toda a maneira pela qual somos assimilados fora da análise teórica, estética está na maneira em que falamos, na arte que produzimos, em nossos panfletos, roupas, bandeiras, ou seja, em toda a nossa comunicação política.

Já aqui quero pontuar mais do que o significado que atribuímos com nossas práticas, quero avançar no entendimento que temos sobre estética que fuja do Realismo Soviético, tendo em vista que, mesmo com a arte não sendo o motor de nossas lutas, mas sim um acessório conectado a nosso AgitProp, esse Realismo falhou com o avanço do imaginário Comunista e, em formulação teórica, é desprovido de um entendimento pleno da psique humana.

Ernst Bloch foi um filósofo e professor marxista fortemente influenciado pela psicanálise, sua principal obra foi “O Princípio Esperança”. Neste livro ele desenvolve, dentre outras coisas, um olhar crítico ao Realismo Socialista da URSS, argumentando que uma estética revolucionária não deveria, de maneira alguma, só demonstrar a realidade ou “o que o povo[esse povo abstrato] entende”, visto que, essa estética expressa uma visão extremamente estática, para ele, uma estética revolucionária deve conseguir apresentar as contradições do mundo em que vivemos e apresentar um horizonte utópico e esperançoso. É necessária uma estética que suscite o Desejo revolucionário das massas. Para a crítica ao nosso “realismo” eu trago aqui uma fala de Helena Vieira: “ A gente é um pessoal muito chato, gente, a gente é uma esquerda que é igual à Médico de paciente terminal, nós só damos notícia ruim”

Mas qual a saída para essa sinuca de bico na qual nos encontramos? Vamos dizer que ela é um tanto ácida…

 
Comunismo ácido ou por uma estética além da imaginação

O Comunismo Ácido é, segundo a descrição de Antônio Galvão que recentemente lançou um livro sistematizando o pensamento fisheriano, um acréscimo a luta comunista, não apostando na consciência, mas no desejo, um horizonte comunista que visa “muito mais que impedir a concentração de riqueza de alguns” visando assim “estimular a riqueza comum, luxuosa e exuberante, abrindo espaço e tempo para atividades enaltecedoras, pautadas pela arte, ciência e tecnologias efetivamente emancipatórias”. Este Comunismo “dissolve e transborda as barreiras do discurso anticomunista”, assim abrindo alas para uma sociabilidade “cujo o sentdo esteja para muito além da vazia valorização do valor”.

O Comunismo, enquanto proposta, precisa ser anunciado como a libertação do Desejo, entretanto, a esquerda tem feito o trabalho oposto a isso. Quem atiça o desejo das Massas é a extrema direita, ela fala da liberação (para um público específico ,claro), nós fazemos manuais de regras do politicamente (esses criticados por Jodi Dean em sua obra “Camarada”) dos quais seguir, estes raramente saem dos círculos da internet, logo, só mudamos (e olhe lá) as atitudes da esquerda digital.

A Acidez proposta por Fisher vem no sentido de assombrar e dissolver a ordem do Realismo Capitalista, mas também de superá-lo imagéticamente, já que Fisher usou da sua experiência convivendo com muitos psicodélicos (geralmente LSD) da contracultura de seus anos de juventude na Inglaterra Thatcheriana para cunhar esse conceito. Ou seja, sua proposta comunista é psicodélica e foge aos horizontes que nosso “Realismo de Esquerda” têm apontado.

Usando das palavras de Fisher agora no pouco desenvolvimento explícito que fez sobre o Comunismo Ácido:

“Comunismo ácido é o nome que dei a esse espectro. O conceito de comunismo ácido é uma provocação e uma promessa. É uma espécie de brincadeira, mas com um propósito muito sério. Aponta algo que, a certa altura, parecia inevitável, mas que agora se afigura impossível, isto é, a convergência da consciência de classe, da conscientização socialista-feminista e da consciência psicodélica. Seria a fusão dos novos movimentos sociais com um projeto comunista, uma esterilização sem precedentes da vida cotidiana. O comunismo ácido refere-se a desenvolvimentos históricos reais e a uma confluência virtual que ainda não se uniu na realidade. Os potenciais exercem influência sem serem atualizados. As formações sociais são moldadas pelas formações potenciais cuja atualização elas procuram impedir. A impressão de “um mundo que poderia ser livre” pode ser detectada nas próprias estruturas do mundo realista capitalista que impossibilita a liberdade.“

Note, Fisher não diz que o Comunismo Ácido é só a negação do Realismo Capitalista, é algo maior, é algo que toca uma militância genuinamente engajada em lutar e fazer a revolução, entretanto, as possibilidades desse comunismo são observáveis no Deserto do real no qual vivemos.

Com menos realismo e constatação do real sem futuro, mas também, com mais ácida, psicodelia e horizonte revolucionário, avançaremos.

Saudações Camaradas

[–] kamaradajonny 2 points 11 months ago (1 children)

Acho que a questão é menos sobre fazer autocrítica e mais sobre o objeto das críticas. Parece que ninguém lê teoria sobre tecnologia, internet, redes sociais... Enquanto isso ficam com esse papo tirado daquele curso do Luide de "precisamos ocupar todos os espaços", "precisamos usar o algoritmo pra atingir mais pessoas"... é sempre um papo sobre quantidade, sem nenhuma análise crítica sobre o funcionamento das redes.

[–] kamaradajonny 6 points 11 months ago (1 children)

Bom demais ver alguém finalmente citando o Comunismo Ácido do Mark Fisher, acho esse conceito dele muito mais importante do que o Realismo Capitalista. Pena que ele morreu antes de conseguir escrever o livro...

[–] kamaradajonny 1 points 11 months ago (3 children)

tamo correndo em círculos...

[–] kamaradajonny 2 points 11 months ago

magina, sem problems vlw, Ademir!

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