Basicamente por que a internet não é neutra. E talvez nenhuma tecnologia seja na real, mas não tenho muita leitura sobre isso ainda (acho que @bel@lemmy.eco.br sabe dizer melhor sobre). Recomendo o livro Colonialismo digital: por uma crítica hacker-fanoniana do Deivison Faustino e Walter Lippold, e essa entrevista do Walter pra Nádia do Utopia Revolucionária.
Vou tentar desenvolver melhor depois mas tem alguns pontos importantes:
- a direita adotou as redes alternativas, mas foi a extrema-direita (fascista), com a justificativa de que as outras redes promoviam censura contra eles e precisavam de uma rede com "liberdade de expressão irrestrita" (bem monark das ideia mesmo). acho que os maiores exemplos são o gab da alt-right e o truth do Trump.
- a direita mais liberal não tem por que abandonar as big techs, lá eles que mandam.
- esse trecho de Deixando o Castelo do Vampiro do Mark Fisher:
Precisamos pensar muito estrategicamente sobre como usar as mídias sociais — sempre lembrando que, apesar do igualitarismo reivindicado para as mídias sociais pelos engenheiros libidinais do capital, este é atualmente um território inimigo, dedicado à reprodução do capital. Mas isso não significa que não podemos ocupar o terreno e começar a usá-lo com o objetivo de produzir consciência de classe. Precisamos sair do “debate” estabelecido pelo capitalismo comunicativo, no qual o capital está nos incitando incessantemente a participar, e lembrar que estamos envolvidos numa luta de classes.
interessante, vou dar uma olhada depois, vlw!