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Notícias

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Comunidade para publicação de notícias brasileiras ou mundiais

Regras

  1. O título original publicado pelo jornal deve ser mantido;
  2. A publicação deve conter o link para a reportagem;
  3. Apenas notícias recentes são permitidas;
  4. Encurtadores de link não são permitidos;
  5. Notícias falsas e desinformação não são permitidas; A persistência na divulgação de notíficas falsas pode levar ao banimento permanente da comunidade;
  6. Notícias de jornais não confiáveis não são permitidas; Veja lista aqui;
  7. Conteúdos sensíveis (p.ex.: violentos) devem ser publicados com a tag NSFW;

Regras adicionais


Community to Brazilian and World News publications

Rules

  1. Original title should be kept;
  2. Link to the news are required;
  3. Only recent news allowed;
  4. Link shorteners are not allowed;
  5. Fake news and disinformation are not allowed; Recurring publications may lead to permanent community ban;
  6. Non-trustable newspaper are not allowed; See list;
  7. Sensitive content should be displays as NSFW;

Additional rules

founded 1 year ago
MODERATORS
 

Indígenas Avá-Guarani do município de Terra Roxa, no Paraná, derrotaram uma tentativa de expulsão da retomada no latifúndio Fazenda Brilhante movida pela Força Nacional e pela Polícia Militar (PM) no dia 6 de setembro. Em meio ao conflito, um oficial da Força Nacional perdeu o próprio fuzil, que foi confiscado pelos indígenas.

Um vídeo, gravado pelo que parecem ser latifundiários que observam o confronto de longe junto de tropas da PM e Força Nacional, registra o momento em que os militares, acuados, são forçados a recuar pelos indígenas, que avançam com flechas e pedras contra o comboio. “Está enfrentando a Força Nacional… apontando flecha, pau. Fazendo os caras recuar, olha”, diz um homem, por trás das câmeras.

Ao perceberem a derrota iminente, os militares começaram a disparar contra os Avá-Guarani. “Tá tendo conflito aqui. Força Nacional está atirando contra os indígenas, não tem jeito, olha”, continua a narrar o homem. Nesse momento, os indígenas passam a avançar pelos flancos da estrada e voltam a atacar os militares, que fogem da área dentro das camionetes.

O clima segue tenso na região. A Força Nacional está com cerca de sete viaturas nas fronteiras do latifúndio e a PM, duas. Latifundiários também acompanham a situação.

Os povos originários da região reivindicam o território do latifúndio desde o dia 5 de julho. Latifundiários já tentaram, por meio dos bandos pistoleiros, expulsar os guerreiros da região, mas fracassaram. Em um dos assaltos, no dia 19/7, os mercenários chegaram a atropelar dois indígenas e incendiar barracos com suprimentos.

A Força Nacional está na região há meses, mas não faz nada quanto aos ataques da pistolagem que ocorrem em todo o estado do Paraná. No dia 28 de agosto, indígenas Avá-Guarani da Tekoha Y’Hovy, em Guaraíra, denunciaram ao AND que, apesar da presença das tropas federais no município, pistoleiros atacaram livremente a retomada. Ao menos quatro indígenas foram feridos no ataque.

O episódio recente no Paraná faz parte da escalada na luta pela terra por todo o país, já na forma de uma verdadeira guerra civil entre latifundiários e povos do campo. Uma tendência clara nesse fenômeno é a resposta armada dos camponeses, indígenas e quilombolas às ofensivas e assaltos terroristas que sofrem por parte dos latifundiários e bandos pistoleiros.

No mês passado, a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) reforçou, em um comunicado, a necessidade dos povos do campo “armarem as organizações de autodefesa da luta pela terra na mesma proporção e calibre!“.

A organização também convocou “as lideranças camponesas que não dobraram os joelhos, as lideranças de posseiros, os povos indígenas, as organizações quilombolas, as populações atingidas por barragens, por mineração e por cultivos de eucalipto, as massas proletárias e demais trabalhadores da cidade, que cada vez mais lutam em defesa de seus direitos pisoteados, a cerrar fileiras com nosso bravo campesinato, com o caminho da Revolução Agrária.“

Essa matéria foi atualizada no dia 7 de setembro com a informação de que o fuzil apreendido era de um oficial da Força Nacional, e não de um PM, como foi inicialmente divulgado logo após o fato.

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