NoahLoren

joined 1 year ago
MODERATOR OF
[–] NoahLoren 1 points 2 days ago

Valeu, eu realmente preciso aprender mais sobre isso.

Você utiliza a plataforma de blog do Vivaldi! Eu também tenho uma conta lá mas não público nada.

[–] NoahLoren 3 points 4 days ago

No futuro não apenas todos os textos serão escritos por IA/AI mais eles também serão lidos por IA/AI que resumirão o conteúdo para seus "mestres" humanos.

(Profecias de Noah Loren, Sexta-feira 29 de Novembro de 2024 ás 13:08 horas)

Estou tentando ser o Nostradamus das futuras gerações.

[–] NoahLoren 4 points 4 days ago* (last edited 4 days ago) (2 children)

Eu loguei minhas 4 contas Lemmy nele, é possível alternar entre as comunidades locais, gerais e nas quais você é inscrito e nas contas. Para decidir qual feed será exibido no início de cada sessão é só selecionar nas configurações. Também é possível criar comunidades nele, mas por enquanto eu senti falta da opção de ALT.

[–] NoahLoren 3 points 5 days ago* (last edited 5 days ago)

Quando li a notícia achei que fosse o mesmo CEO que disse em um podcast alguns meses atrás que não contrata esquerdistas e menosprezou mulheres.

Mas não, é outra criatura igualmente hedionda.

Ele já vendeu uma mansão em Miami por 79 milhões para o Jeff Bezos. Mas ele não sabia quem estava comprando, quando descobriu que se tratava de um dos homens mais ricos do planeta ficou puto porque provavelmente queria ter cobrado mais.

Quem é Leo Kryss? Brasileiro que processo corretor por ocultar nome de Jeff Bezos em transação.

Após esses tweets dele viralizarem o covarde deletou sua conta no X/Twitter!

CEO da TecToy deleta conta do X após pastagens polêmicas e radicais

Alguns dos tweets dele:

Retweet numa postagem do perfil Democracia Viva pedindo boicote sem dó ao filme Ainda Estou Aqui.

Retweet de Valdemi Rodrigues numa postagem do perfil Mulher Patriota dizendo "até quando até estarem ensinando Mandarim das escolas?" com uma imagem de uma matéria da página Conexão Política falando da parceria Brasil e China e chamando o Presidente Chinês de ditador

Retweet de Valdemi Rodrigues de uma publicação do perfil Paul Cavendish acusando a atriz Fernanda Torres de ser hipócrita por pedir que não boicotem o filme Ainda Estou Aqui (2024) atribuindo falsamente a ela a frase "dane-se o povo e os cadáveres desde que o vírus cumpra 'sua missão' de 'abreviar' o governo, tudo está bem".

Há poucos dias, o executivo repostou uma declaração falsa atribuída à atriz Fernanda Torres, protagonista do filme "Ainda Estou Aqui", de Walter Salles. A frase, que relativizaria mortes por Covid-19, já foi desmentida por agências de checagem. A publicação se deu no contexto de uma campanha de boicote ao longa, que aborda a ditadura militar e a tragédia da família Paiva, acusando o filme de ter viés político.

Tweet de Valdemi Rodrigues comentando a notícia sobre o reajuste do salário mínimo e a reforma da previdência militar acusando o governo Lula de ser ineficiente e corrupto.

Comentário de Valdemi Rodrigues numa postagem do perfil Jovem Pan sobre o Dia da Consciência Negra - que estava sendo comemorado a nível nacional pela primeira vez - dizendo "não existem outros povos que merecem? É muito mimimi... Quem estudou história sabe a verdade."

Retweet de Valdemi Rodrigues numa postagem do perfil Eliete Gervásio dizendo "o grande perigo de hoje não é o nazismo, é o jornazismo".

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submitted 5 days ago* (last edited 5 days ago) by NoahLoren to c/mastodon
 

A imagem no URL dessa publicação um print da interface do aplicativo Raccon para Lemmy.

Ele possui várias opções de personalização, além de tema claro, escuto e OLED também permite selecionar cores para cada detalhe da tela, estilo e tamanho de font.

print da interface do aplicativo Raccon for Friendica exibindo o perfil do usuário logado Noah Loren.

print da interface do aplicativo Raccon for Friendica exibindo feed de postagens.

print da interface do aplicativo Raccon for Friendica exibindo os ícones incluindo grupos e círculos.

Mesmas opções de personalização do Raccon for Lemmy. Paleta de cores, tema claro, escuro ou OLED, opções de estilo e tamanho de font.

Ele foi feito para suportar contas em instâncias Friendica e Mastodon.

Ambas são criações de LiveFast EatTrash.

Edit: consegui logar nele todas as minhas contas Friendica - venera.social e libranet.de - todas as minhas contas Mastodon - mastodon.social, ayom.media e social.vivaldi.net - minha conta Catodon.social - fork do Misskey - Kooapp.org - Lettersoap - e Pleroma - craftopi.art.

Minha única crítica é que as duas únicas opções de formatação de texto são HTML e Markdown além do texto simples.

Tem a alternativa de criar rascunhos, no entanto eu não testei ainda quão bem essa função funciona a depender na instância.

Na descrição do aplicativo a pessoa ou pessoas que desenvolveram deixam claro que ele foi feito para Friendica e Mastodon mas pode funcionar para redes sociais semelhantes - Ou seja, microblogging/social network(micro).

[–] NoahLoren 2 points 5 days ago (1 children)

Um livro diferente, só comentei porque também é um dicionário com ilustrações.

[–] NoahLoren 1 points 6 days ago (3 children)

Eu usava o do Sítio do Pica-Pau Amarelo.

[–] NoahLoren 8 points 1 week ago (1 children)

A primeira coisa que eu penso quando escuto ou leio a palavra Carrefour é racismo.

Nada haver com a matéria, mas por alguma razão é isso que me vêm a mente.

[–] NoahLoren 2 points 1 week ago

Muito obrigado por todas as dicas maravilhosas.

Você me ajudou muitíssimo.

<3

[–] NoahLoren 2 points 1 week ago* (last edited 1 week ago) (1 children)

Isso me lembrou aquele acontecimento no qual jogadores negros de futebol americano que se ajoelharam no gramado e se recusaram a cantar o hino em protesto contra a violência policial.

Isso rendeu críticas do então Presidente Donald Trump - atualmente reeleito - a NFL.

Jogadores de futebol americano se ajoelham em protesto contra a violência polícial e Trump crítica - G1.Globo.com

É interessante pensar que o resto do mundo ocidental nunca considerou os Estados Unidos da América uma ditadura. Não quando as mulheres e as pessoas PoC eram excluídas das votações eleitorias, não antes de 1964 quando as Leis Jim Crow foram banidas na prática e não durante o Macartismo. Existia e existe censura nesse país. Suas eleições são indiretas. Características que eles atribuem as nações que justificadamente ou injustificamente eles rotutam de "ditaduras".

Edit: para mim o Partido dos Panteras Negras resistiu a um regime autoritário.

[–] NoahLoren 2 points 1 week ago* (last edited 1 week ago) (1 children)

Feeder - Tem na F-droid. As vezes cogito em instalar outro e testar mas estou bastante satisfeito com esse.

[–] NoahLoren 2 points 1 week ago

Que ideia maravilhosa! Além de tudo o design é muito bonito.

 

Eu aceito recomendações, independente do assunto tratado por vocês ou por outros.

Por favor deixem o link para acessar os sites em um comentário resposta a esta publicação.

O blogue/blog não precisa estar atualizado. Eu também ficaria contente em ler textos antigos, mesmo que eles não reflitam vossas opiniões atuais.

Estou buscando principalmente conteúdo publicado em plataformas como WriteFreely ou WordPress. Não gosto tanto de acessar conteúdo no Tumblr nem no Médio. Mas caso o tema seja interessante o suficiente.

 

Estados Unidos e Argentina rejeitaram as ordens de prisão emitidas pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) nesta quinta-feira (21) contra líderes israelenses, enquanto União Europeia, Colômbia e organizações humanitárias, como Anistia Internacional e Human Rights Watch, apoiaram a decisão, que também solicita a captura do líder do braço armado do Hamas.

Os mandados do TPI contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o chefe militar do Hamas, Mohammed Deif, mencionam acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

O próprio Netanyahu, classificou como "antissemita" a decisão do TPI de emitir um mandado de prisão internacional contra ele e contra seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, considerando-se vítima de um novo "caso Dreyfus". Os Estados Unidos, seu maior aliado, também fizeram coro ao israelense.

"Os Estados Unidos rejeitam categoricamente a decisão do TPI de emitir mandatos de prisão contra altos dirigentes israelenses", reagiu um porta-voz do conselho de segurança nacional da Casa Branca.

A Argentina, sob comando do extremista de direita Javier Milei, seguiu a mesma linha. Os mandados de prisão do TPI contra o primeiro-ministro israelense e seu ex-ministro da Defesa "ignoraram o direito legítimo de Israel de se defender frente aos constantes ataques de organizações terroristas", estimou a presidência argentina em um comunicado.

Apoios

Já a União Europeia teve atitude oposta. O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou que os mandados de prisão emitidos nesta quinta-feira devem ser "respeitados e aplicados".

"A decisão do tribunal deve ser respeitada e aplicada", disse Borrell em uma coletiva de imprensa em Amã, junto ao seu homólogo jordaniano, Aymane Safadi. A Itália, país governado pela extrema direita, adotou uma postura de cautela.

"Apoiamos o TPI, ao mesmo tempo em que lembramos que o tribunal deve ter um papel jurídico e não político", declarou o ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani. "Vamos avaliar com nossos aliados como reagir e interpretar essa decisão", disse.

Já o Hamas celebrou a emissão dos mandados de prisão pelo TPI contra Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, qualificando-o como um "passo importante em direção à justiça".

Um dos países mais críticos ao genocídio palestino que vem sendo cometido por Israel em Gaza, a Colômbia classificou como "lógico" o mandado emitido pelo TPI contra Netanyahu.

"É lógico, Netanyahu é um genocida. O tribunal de justiça do mundo diz isso e seu veredicto deve ser cumprido", escreveu o presidente colombiano, Gustavo Petro, na rede social X.

A Turquia também elogiou a medida.

"Esta decisão é um passo extremamente importante para levar à justiça as autoridades israelenses que cometeram genocídio contra os palestinos", escreveu o ministro das Relações Exteriores turco, Hakan Fidan, no X.

Entidades de defesa dos direitos humanos celebraram a decisão da mais alta corte de justiça internacional. Netanyahu é "oficialmente hoje um homem procurado", reagiu a secretária-geral da ONG Anistia Internacional, Agnès Callamard.

"Os Estados-membros do TPI e toda a comunidade internacional devem fazer todo o possível para que esses indivíduos compareçam diante dos juízes independentes e imparciais do TPI", destacou.

Já o diretor associado de Justiça da ONG Human Rights Watch, Balkees Jarrah, disse que "os mandados de prisão emitidos pelo TPI contra altos dirigentes israelenses e um responsável do Hamas demonstram que ninguém está acima da lei".

Contexto

O TPI abriu, em 2021, investigação sobre as ações de Israel e do Hamas, além de outros grupos armados palestinos por possíveis crimes de guerra nos Territórios Palestinos. Em maio, o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) das Nações Unidas, Karim Khan disse que apresentou pedidos para ordens de prisão contra Netanyahu e seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes como "matar deliberadamente os civis de fome", "homicídio doloso" e "extermínio e/ou assassinato" na Faixa de Gaza.

"Afirmamos que os crimes contra a humanidade foram cometidos como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil palestina, para cumprir uma política de Estado. Segundo as nossas conclusões, alguns destes crimes continuam sendo cometidos", declarou Khan, em referência aos líderes israelenses Netanyahu e Gallant.

A decisão desta quinta do TPI limita os movimentos de Netanyahu, já que qualquer um dos 124 países membros é obrigado a prendê-lo

Edição: Rodrigo Durão Coelho

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submitted 1 week ago* (last edited 1 week ago) by NoahLoren to c/fatosdesconhecidos
 

A Bayer, aquela empresa farmacêutica Alemã, costumava vender cocaína como um remédio para tosse adequado para crianças... Espera, essa comunidade serve para compartilhar fatos falsos ou verdadeiros? - Posteriormente os efeitos negativos do uso de cocaína foram reconhecidos pela sociedade.

 

O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) foi afastado da sociedade em um clube de tiro que ajudou a fundar após ser acusado de enganar sócios, promover cursos de tiro com a presença de menores e permitir o acesso não autorizado ao cofre de armas do local. O parlamentar é conhecido por ser integrante da chamada “bancada da bala”.

Segundo informações dadas pelo jornal “Estadão”, Paulo Bilynskyj vive uma disputa judicial com seus antigos sócios da Puma Tactical, clube de tiro situado em São Paulo. A Justiça determinou a exclusão do parlamentar da empresa.

O deputado organizou, em janeiro de 2022, um curso batizado de “projeto policial”, no qual participaram dois menores. O fato contraria uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que exige autorização judicial para a participação de menores em práticas de tiro, mesmo com o consentimento dos responsáveis.

O projeto foi alvo do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e da corregedoria da Polícia Civil, onde Bilynskyj também atua como delegado. Os sócios foram chamados a prestar esclarecimentos.

Disputa judicial

Duas ações judiciais foram movidas por ambas as partes, mas foram unificadas em um só processo. O parlamentar chegou a ter uma decisão favorável, que foi revertida pelo juiz André Salomon Tudisco, da 1ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem, excluindo-o da sociedade por “falta grave”.

A permissão dada aos menores e as investigações resultantes foram consideradas suficientes para “colocar em risco a atividade empresarial”. Os sócios apresentaram outras acusações, como a realização de cursos de tiro sem a devida licença da Polícia Federal, permitir o acesso de menores de 25 anos ao cofre de armas e apropriar-se do grupo do Telegram com a carteira de clientes do clube.

De acordo com os sócios Maicon Oliveira e Rafael Unruh, Bilynskyj não cumpriu integralmente o acordo firmado, que incluía a transferência de nove armas avaliadas em R$ 250 mil e um aporte financeiro de R$ 150 mil.

O clube, fundado no início de 2021, admitiu Bilynskyj como sócio em maio do mesmo ano. Ele ganhou notoriedade nas redes sociais pelo seu envolvimento com armas, fator que o ajudou a conquistar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2022.

A exclusão do parlamentar da sociedade transitou em julgado em dezembro de 2023, encerrando todas as possibilidades de recurso.

O que diz a defesa do deputado?

A defesa do parlamentar afirma que os sócios utilizaram sua imagem pública para impulsionar o negócio, mas não honraram o pagamento de quotas que lhe eram devidas. Bilynskyj negou qualquer irregularidade, alegando que os menores só apareceram nas fotos durante um momento de confraternização, com as mães presentes.

Uma mãe, em depoimento à polícia, disse que levou seus filhos, de 16 e 12 anos, ao curso, tendo pago R$ 1,4 mil por cada inscrição.

Bilynskyj afirma, ainda, que as acusações dos sócios são uma “aventura jurídica”.

Para quem não assistiu os capítulos da novela em que esse personagem apareceu.

Ele já:

Um homem de bem... Claro, não podia ser de outro partido que não o PL - Partido Liberal.

 

Esse é um vídeo em português comentando as consequências que a eleição do Donald Trump pode ter para a comunidade LGBTQIAPN+ nos Estados Unidos. E quais a onda de conservadorismo - ~~fascismo~~™- que está ocorrendo por lá faz um tempo já teve para muitas pessoas em muitos estados.

Acho interessante que nesse aspecto o vice do Trump é pior do que ele. O cara chama pessoas dessa comunidade de "gommers" - aliciadores de menores - em praticamente todos os seus discursos.

Sem pânico galera! São coisas que podem piorar muito para os membros da comunidade queer nos EUA, estadunidenses ou não, e que pode eventualmente repercutir na nossa extrema-direita entreguista e golpista? Sim, mas já houveram momentos muito piores antes desse. Dependendo do seu estilo de vida ou onde você mora isso não te afeta diretamente tanto, mas solidariedade é importante.

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submitted 2 weeks ago* (last edited 2 weeks ago) by NoahLoren to c/noticias
 

Um “partido para defender a Amazônia”. Foi assim que um coletor do MBL se aproximou de senhoras na Avenida Paulista, em São Paulo, tentando colher assinaturas para a fundação do partido do movimento, chamado Missão. A cena foi gravada, e o vídeo foi obtido com exclusividade pelo Intercept Brasil.

O episódio ocorreu em julho deste ano na capital paulista e revela a estratégia do grupo para coletar assinaturas: esconder o MBL e apelar para pautas que não são prioridade do movimento. Para fundar o partido, um sonho antigo do MBL, é preciso coletar 547 mil assinaturas em dois anos.

O Intercept revelou na terça-feira, 12, que várias pessoas relataram ter sido enganadas na coleta de assinaturas: o pedido era apresentado como se fosse um apoio a causas populares — educação, defesa dos animais e até a proteção da floresta amazônica — e sem menção clara ao propósito real: viabilizar um partido diretamente ligado ao MBL.

Nas imagens, o coletor, que veste uma camiseta com a imagem de um tigre que simboliza a sigla e a palavra “Missão” escrita nas costas, não informa inicialmente que pertence ao MBL. Pelo contrário, o homem usa uma abordagem emotiva sobre a Amazônia e afirma que está trabalhando junto com uma “agremiação estudantil”.

“Estou tentando criar um partido para defender a Amazônia no Congresso Nacional. Eu e minha agremiação estudantil estamos trabalhando nessa parte de criar um partido. A gente vai fiscalizar as queimadas, combater a grilagem, combater a caça ilegal, por exemplo. Vocês podem me ajudar com uma assinatura para defender a Amazônia?”, pergunta.

Em dez anos de história, o MBL não se notabilizou por defender a Amazônia ou políticas a favor do meio ambiente. Pelo contrário, o grupo sempre se alinhou aos interesses do agronegócio. Em 2019, idealizou uma caminhada de 700 km para defender a pavimentação de uma rodovia nociva ao meio ambiente. No mesmo ano, a proposta de licenciamento ambiental elaborada pelo deputado federal do MBL, Kim Kataguiri, do União Brasil, foi duramente criticada por entidades ambientalistas.

Além do vídeo enviado por uma fonte anônima, o Intercept recebeu, desde que a reportagem inicial foi ao ar, mais de 70 relatos semelhantes via redes sociais.

“Fui abordado em Gramado em junho, com essa mesma conversa. Não assinei e comecei a questionar. Daí o rapaz me disse que pertencia ao MBL. Recusei novamente, mas todas as senhorinhas que estavam à minha volta assinaram sem saber o real motivo”, comentou um leitor.

Outro relato foi de uma abordagem no bairro da Liberdade, em São Paulo. “Aconteceu comigo e minha irmã… ele falou que era para abrir um partido a favor dos animais. Perguntamos se era um partido de direita e eles disseram que não. Fomos enganadas. Em nenhum momento mencionaram que era do MBL! Se eu soubesse, JAMAIS assinaria”, afirmou outra leitora.

O MBL afirmou que “todo o processo de captação de assinaturas de apoiamento está sendo feito de forma regular” e reagiu à nossa investigação com duas lives repletas de ataques pessoais e de baixo nível ao repórter Giovanni Pannunzio.

Nas lives, o MBL questionou a denúncia: “como a gente está fraudando e não tem um vídeo?”, disse o coordenador do movimento, Arthur do Val. Agora tem.

O vídeo pode ser acessado e baixado na página dessa reportagem. Não consegui colocar ele aqui.

Burguesia e seus capachos são uma raça muito desgraçada. Nenhuma notícia que aparece ~~envolvendo o Movimento Bosta e Lixo~~ nunca é alguma coisa boa tipo: "Enquanto militava contra a demarcação de terras da Amazônia jovem é devorado por ariranhas".

 

Na próxima sexta-feira, 15 de novembro, o Instituto Carta Magna da Umbanda do Estado do Ceará (ICMU-CE), promove pelo segundo ano consecutivo, a Caminhada Contra a Intolerância Religiosa. A marcha também será utilizada como forma de celebrar o Dia Nacional da Umbanda, comemorado em 15 de novembro, mesma data de sua fundação e reconhecimento, e que em 2024 completa 116 anos.

O presidente do ICMU, Pai Gerson do terreiro da Mãe Maria, afirma que a caminhada é um momento para combater a intolerância e o racismo religioso e chamar atenção para a existência e pautas dos povos de terreiro. A caminhada que tem concentração na Praça dos Leões, em Fortaleza, é aberta a pessoas de todas as religiões, e deve sair em cortejo até a Praça da Cidade da Criança, onde acontece o ato político às 16h, com falas das lideranças religiosas, apresentações culturais, e uma gira de caboclo (ritual religioso) que deverá se encerrar às 18h30.

A caminhada cumpre um papel fundamental ao dar visibilidade aos povos de terreiro, a Umbanda, e ao combate ao preconceito. Em 2023, durante a realização da primeira edição da caminhada, o evento contou com apoio da população e participação dos parlamentares, além da grande repercussão na mídia local. De acordo com o relato do Pai Gerson, os umbandistas e simpatizantes da religião saíram em marcha utilizando vestes, guias, cânticos e realizaram também a gira aberta, para celebrar a paz, a fraternidade e a união. “Ao contrário do que dizem os fundamentalistas que fazem da religião escada para o poder político e satanizam nossas crenças, nós propagamos somente esses sentimentos, a solidariedade, fraternidade, paz e união”, afirma.

Além de celebrar o dia religioso, os organizadores apontam a construção da caminhada como ferramenta de denúncia contra o histórico do racismo, inclusive o religioso, como um problema enraizado no Ceará e no País, e caracteriza como herança do colonialismo ainda não superado. Pai Gerson destaca ainda que o trabalho para combater a intolerância e o racismo religioso deve ser construído com base no processo de conscientização e de visibilidade, pautando a necessidade que existe em municípios e governos criarem mecanismos para que os religiosos possam desenvolver trabalhos de conscientização e respeito às religiões afro-brasileiras.

A expectativa é que diversas figuras políticas do Ceará e de Fortaleza compareçam e marchem juntamente com os religiosos durante todo o percurso da caminhada em alusão ao dia da umbanda.

Fonte: BdF Ceará

Edição: Camila Garcia

 

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (12) o ex-governador de Arkansas Mike Huckabee como embaixador em Israel.

Ele "ama Israel e o povo de Israel e, da mesma forma, o povo de Israel o ama. Mike trabalhará incansavelmente para trazer a paz no Oriente Médio!", disse Trump por meio de comunicado.

Huckabee, que foi governador do Arkansas de 1996 a 2007, foi duas vezes candidato presidencial republicano e é pai de Sarah Huckabee Sanders, atual governadora do estado e ex-secretária de imprensa da Casa Branca de Trump. Ele é um defensor declarado dos assentamentos; em 2018, disse que sonhava em construir uma "casa de férias" na Cisjordânia ocupada por Israel.

Os assentamentos judeus em terras palestinas são considerados ilegais pelas leis internacionais e um os principais obstáculos para um acordo de paz. Cerca de meio milhão de judeus vivem em mais de 130 assentamentos no território palestino da Cisjordânia.

Gabinete

Os nomes que vão compor o gabinete de governo de Donald Trump indicam que ele escolherá perfis linha dura para os postos mais importantes. O congressista republicano Mike Waltz, ex-oficial das Forças Especiais, será assessor de Segurança Nacional da Casa Branca. Trump também já anunciou nomes para a Organização das Nações Unidas (ONU), Meio Ambiente e Imigração.

Trump descreveu Waltz como "um especialista nas ameaças representadas por China, Rússia, Irã e o terrorismo global". Em 2023, Waltz apresentou um projeto de lei para autorizar o uso do exército contra os cartéis de drogas mexicanos, que ele acusa de tráfico de fentanil, um opioide sintético que causa estragos nos Estados Unidos.

Segundo a imprensa local, Trump escolherá o influente senador latino Marco Rubio como chefe da diplomacia. Defensor de uma linha muito dura contra China e Irã, o senador de 53 anos copresidiu até agora a comissão de inteligência no Senado.

É esperado que ele nomeie, ainda, a governadora de Dakota do Sul Kristi Noem, uma leal escudeira, para dirigir o Departamento de Segurança Nacional, responsável pelas alfândegas e fronteiras e atualmente comandado por Alejandro Mayorkas. Ela foi considerada por algum tempo uma possível candidata à vice-presidência, mas suas chances desabaram quando ela contou ter matado sua cachorra com um tiro porque ela era "indomável".

Edição: Rodrigo Durão Coelho

Eu torço para que esse sonho dele seja uma premonição de um futuro próximo.

 

Em meio a uma grave crise no Haiti, o governo interino do país encontra-se imerso num espiral crescente de disputas internas pelo controle da administração. A tensão política se agravou na segunda-feira (11), quando a maioria do Conselho Presidencial de Transição (CPT) decidiu destituir o primeiro-ministro interino Garry Conille e nomear como seu substituto ao empresário Alix Didier Fils-Aimé.

A decisão foi denunciada por Conille como uma medida “tomada fora de qualquer estrutura legal e constitucional”, o que levanta “sérias dúvidas sobre sua legitimidade e suas repercussões sobre o futuro do país”. Afirmando que o Conselho Presidencial de Transição tem o poder de nomear o primeiro-ministro, mas não de demiti-lo.

No entanto, as alegações de Conille não conseguiram provocar um impacto internacional. Numa coletiva de imprensa, o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, evitou comentar sobre a destituição e exortou os atores políticos do Haiti a “superar suas diferenças” e “trabalhar juntos”, expressando preocupação com as possíveis repercussões sobre o financiamento da Missão Multinacional de Apoio à Segurança (MSS).

“À luz dos recentes acontecimentos, o Secretário-Geral conclama todos os atores haitianos a trabalharem juntos de forma construtiva para promover a transição política”, declarou. Afirmou que é essencial “garantir que (a Missão) receba o apoio financeiro de que necessita para cumprir com êxito seu mandato e para expandir a implantação e as operações”.

O Conselho Presidencial de Transição é um órgão colegiado que exerce os poderes do presidente. Após extensas negociações entre diferentes setores políticos do Haiti, junto com a Comunidade do Caribe, os Estados Unidos, o Canadá e a França, o CTP foi estabelecido em abril, após as pressões para a renúncia do impopular primeiro-ministro Ariel Henry.

É formado por nove pessoas, sete com direito a voto e dois observadores, todos representando diferentes setores políticos do Haiti. Sua função é organizar e garantir as próximas eleições do país para eleger um presidente e um parlamento para assumir o cargo em fevereiro de 2026. A última vez que foram realizadas eleições presidenciais foi em 2016.

Também é formalmente o órgão (juntamente com o primeiro-ministro interino) responsável pela polêmica Missão Multinacional de Apoio à Segurança (MSS), um destacamento de forças policiais liderado pelo Quênia, no país desde junho.

Crise no governo

A demissão de Conille ocorre depois que o primeiro-ministro interino deixou escapar o pedido de renúncia de três membros do CPT (Gérald Gilles, Emmanuel Vertilaire e Smith Augustin) que, em agosto, se envolveram num escândalo de corrupção.

Na ocasião, o presidente do Banco Nacional de Crédito, Raoul Pascal Pierre-Louis, alegou que esses três membros da CPT haviam exigido dele a quantia exorbitante de US$ 758 mil (R$ 4,3 bi) para garantir sua continuidade no cargo.

Em resposta às graves acusações, no início de outubro, a unidade anticorrupção do Haiti (ULCC), um órgão oficial, emitiu relatório que aconselhava a abertura de processos judiciais contra os três membros da CPT. Essa situação aumentou a pressão sobre a CPT para substituir os representantes, mas devido à natureza sem precedentes do conselho de transição, criado fora da estrutura constitucional e sem eleições, o órgão interino permaneceu em funcionamento.

Apesar da crescente impopularidade do CPT entre a população haitiana e das afirmações de que a demissão de Conille teria sido ilegal, o empresário Fils-Aimé tomou posse como primeiro-ministro interino nesta segunda-feira.

Durante seu discurso de posse para o novo primeiro-ministro, o atual CPT, Leslie Voltaire, elogiou a “coragem e determinação” de Garry Conille, ao mesmo tempo em que o denunciou como parte das “lutas políticas estéreis”, que qualificou como “luta de clãs”. “Já chegou a hora de o Haiti pensar e fazer política de forma diferente”, afirmou. Ao mesmo tempo, Fils-Aimé disse que trabalharia para harmonizar os dois poderes do executivo.

Alix Didier Fils-Aimé é uma das figuras mais fortes do empresariado haitiano. Formado pela Universidade de Boston, ele atuou como presidente da Câmara de Comércio e Indústria do país e, em 2016, concorreu sem sucesso ao Senado.

Quando em maio deste ano a CPT tinha que eleger o primeiro-ministro do atual governo de transição, o nome de Alix Didier Fils-Aimé já circulava como possível candidato. No entanto, naquela ocasião, Conille, um funcionário de longa data da ONU, conseguiu prevalecer como primeiro-ministro interino, cargo que ocupou por apenas seis meses.

A mudança de primeiro-ministro inaugura um novo período de incerteza sobre o futuro político da nação caribenha, que se encontra em meio a uma grave crise humanitária. De acordo com o último relatório da ONU, entre janeiro e junho de 2024, o país sofreu mais de 3.600 homicídios e 1.100 sequestros. Enquanto isso, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a violência forçou mais de 700 mil pessoas - metade delas crianças - a fugir de suas casas.

Edição: Rodrigo Durão Coelho

 

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, elogiou nesta segunda-feira (11) a declaração do chefe do Executivo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que afirmou respeitar as instituições venezuelanas. Segundo Maduro, a fala foi uma reflexão “sábia” do petista e completou: “Ponto a favor de Lula”.

“Estou de acordo com Lula. Cada país tem que buscar sua maneira de resolver seus assuntos, seus conflitos, seus problemas. O Brasil com suas instituições e sua dinâmica nacional soberana, e a Venezuela com nossa dinâmica também soberana. Me parece uma reflexão sábia de Lula. Podia dizer: Ponto a favor de Lula “, disse o venezuelano em seu programa semanal Con Maduro +.

Em entrevista, Lula havia dito no domingo (10) que não questionaria a decisão da Suprema Corte de outros países para que essas críticas não respinguem no Brasil no futuro. O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela validou o resultado das eleições de 28 de julho que tiveram a vitória de Nicolás Maduro com 51,97% dos votos contra 43,18% do opositor Edmundo González Urrutia.

“Eu não tenho o direito de ficar questionando a Suprema Corte de outro país porque eu não quero que nenhum país fique questionando a minha Suprema Corte, mesmo quando ela erra. Mesmo quando ela faz como fez comigo de não deixar eu ser candidato em 2018”, disse Lula.

Ainda segundo o presidente brasileiro, Maduro é um “problema da Venezuela” e cada presidente deve cuidar do seu país, sem interferir nas questões dos vizinhos. Ele reforçou também que não pode “brigar” com outros países da região como a Nicarágua e a própria Venezuela.

"Eu aprendi que a gente tem que ter muito cuidado quando a gente vai tratar de outros países e de outros presidentes. Eu acho que o Maduro é um problema da Venezuela, não é um problema do Brasil. Eu quero que a Venezuela viva bem, que eles cuidem do povo com dignidade. Eu vou cuidar do Brasil, o Maduro cuida dele, o povo venezuelano cuida do Maduro, e eu cuido do Brasil. E vamos seguir em frente. Porque também não posso ficar me preocupando. Ora brigar com a Nicarágua, ora brigar com a Venezuela, ora brigar com não sei com quem. Tenho é que tentar brigar para fazer esse país dar certo”, disse Lula

A fala de Lula também foi elogiada pelo ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello. Segundo ele, “nunca é tarde” para reconhecer que essa é uma posição importante para a região.

“Gostaria que o mundo inteiro entendesse isso antes de dizer qualquer coisa sobre a Venezuela. Os assuntos internos da Venezuela são resolvidos pelos venezuelanos. Há pessoas que deixam escapar e depois dizem: 'ah, eu estava errado.' devemos respeitar nosso país e é bom que o presidente Lula assuma essa posição agora. Nunca é tarde demais", disse.

Ele também afirmou que a Venezuela vai respeitar a decisão interna de todos os países, inclusive dos Estados Unidos, que impõem sanções contra os venezuelanos há 7 anos. De acordo com Cabello, os EUA têm o seu próprio sistema e decide como são as suas eleições. “Se me perguntarem se lá existe democracia, para mim não existe”, ressaltou.

Crise entre Venezuela e Brasil

A tensão envolvendo os dois países vizinhos começou na corrida eleitoral venezuelana. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) brasileiro enviaria dois observadores para acompanhar o pleito, mas desistiu depois de Maduro afirmar que as urnas brasileiras "não são auditadas". Em vez de observadores, o governo brasileiro enviou o assessor especial, Celso Amorim, para Caracas durante as eleições.

Maduro foi eleito para um terceiro mandato com 51,97% dos votos contra 43,18% do opositor Edmundo González Urrutia. A oposição venezuelana contestou o resultado e afirmou ter recolhido mais de 80% das cópias das atas eleitorais e, segundo a coalizão de direita Plataforma Unitária, isso garantiria a vitória de Urrutia.

Isso, somado a denúncia de um ataque hacker contra o sistema eleitoral da Venezuela, levaram Maduro a pedir uma investigação pela Justiça. O órgão eleitoral atrasou a divulgação dos resultados detalhados alegando a atuação hacker, o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano investigou os supostos ataques, recolheu todo o material eleitoral do órgão e ouviu 9 dos 10 candidatos que disputaram o pleito. Só Edmundo González Urrutia não compareceu.

O governo brasileiro começou a articular com Colômbia e México a mediação da questão eleitoral venezuelana. Os três governos emitiram duas notas conjuntas pedindo a publicação das atas eleitorais pelo CNE e não pela Justiça do país. O TSJ da Venezuela validou a eleição de Maduro e pediu a publicação dos resultados desagregados em até 30 dias. No entanto, mais de 3 meses depois do pleito, os resultados ainda não foram publicados e o site do órgão eleitoral continua fora do ar.

Lula então passou a oscilar entre pedir que a situação seja resolvida internamente, sugerir a realização de novas eleições e dizer que não reconhecia a vitória de Maduro se os resultados das atas não fossem publicados e, consequentemente, sua vitória nas urnas fosse comprovada de forma independente.

A relação entre Venezuela e Brasil se estabilizou momentaneamente até a cúpula do Brics, realizada em Kazan, na Rússia, de 22 a 24 de outubro. Nela, o governo venezuelano esperava ser incorporado ao grupo na categoria de “Estado parceiro”, mas ficou de fora da lista de 13 novos integrantes por um veto do Brasil. A decisão do Itamaraty revoltou os venezuelanos.

O motivo do veto não foi justificado publicamente pelo governo de Lula. O presidente não compareceu ao evento e enviou o chanceler, Mauro Vieira, para chefiar a delegação. Caracas afirma que a decisão foi uma “punhalada nas costas” e que a medida de “ingerência” do governo brasileiro é uma forma de interferir na política local.

Em audiência na Câmara dos Deputados, Amorim reforçou que a questão do pleito deve ser resolvida por venezuelanos e que o Brasil não reconhece a eleição do presidente Nicolás Maduro, até que sejam apresentados os resultados desagregados. Amorim não explicou claramente o veto no Brics. Primeiro, disse que é preciso ser um país com influência e que represente a região, algo que, para ele, a Venezuela não cumpre. Em um segundo momento, citou o mal estar entre os governos brasileiro e venezuelano.

Em resposta à fala do assessor especial, o governo da Venezuela convocou o embaixador venezuelano no Brasil, Manuel Vadell, para consultas. Em nota, Caracas afirmou que a medida foi tomada depois das declarações “intervencionistas e grosseiras” de Amorim. A chancelaria venezuelana também convocou o encarregado de negócios do Brasil em Caracas para demonstrar “rechaço” às declarações de representantes do governo brasileiro em relação ao processo eleitoral do país.

Edição: Rodrigo Durão Coelho

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*Youtuber brasileiro conhecido por fazer vídeos de humor com temática geopolítica.

Para quem é otaku entender é um Hetalia de baixo orçamento.

 

Já faz mais de um ano em que assistimos ao genocídio na Faixa de Gaza através dos nossos smartphones. Neste período, o debate público, pautado principalmente pela mídia corporativa, foi nos levando a desenvolver diferentes reflexões sobre os fatos noticiados. Logo após os ataques do Hamas em 7 de Outubro de 2023, que serviram de faísca para este novo ciclo de violência, o debate girou em torno de se os ataques israelenses eram ou não uma medida legítima de "autodefesa".

Mas, não houve uma conclusão porque logo já estávamos tentando entender a ideia de "danos colaterais" e quantas vidas palestinas valem assassinar para atingir um ou outro alvo militar do Hamas. Depois, vimos carregamentos de água potável, comida e remédios serem proibidos de entrar em Gaza e serem destruídos por civis israelenses sob o olhar cúmplice do seu exército, além do ataque direcionado a grupos de ajuda humanitária compostos por estrangeiros, supostamente neutros no conflito. Porém, novamente, antes dessa informação ser processada e ações serem tomadas, passamos a discutir se o que estava ocorrendo se tratava, ou não, de um genocídio.

Ser ou não ser não é mais uma questão. Por meio de relatos nas mídias sociais e da cobertura jornalística daqueles veículos que ainda consegue atuar em Gaza, a população local mostra a forma exata como acontece um genocídio. Minha ancestralidade judaica me faz pensar em como teria sido a história do meu avô, que teve de fugir do regime nazista quando ocuparam sua cidade natal, Cracóvia, na Polônia, e foi forçado a morar num campo de detenção na União Soviética. O que ele teria retratado se já naquele tempo houvesse TikTok?

É curioso que o Direito Internacional Humanitário, como concebido hoje, tenha sido formulado justamente após a Segunda Guerra Mundial, quando foi possível tomar conhecimento do genocídio que o regime nazista cometeu com o povo judeu e cigano, e com as populações negras, LGBTQIA+, e com aqueles que apoiavam o socialismo. Sua intenção foi objetiva, e ficou marcada ao longo de toda a minha educação pela frase "Nunca Mais."

A partir da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, criou-se um arcabouço legal para promover a prevenção de novos genocídios e impedir que populações civis fossem atingidas pelos conflitos bélicos. Para isso, utilizou-se a ciência do Direito, que possui uma destacada habilidade em tipificar e regulamentar crimes. Isso possibilita que os debates não girem em torno de se o fato "é" ou "não é" crime, mas sim sobre como, quanto e quem é seu perpetrador e responsável penal.

O vigente arcabouço legal, com diversas instâncias e estatutos para distinguir e rapidamente determinar se existe um genocídio em curso, supostamente serve para que este possa ser evitado. Porém, isso não só tem falhado miseravelmente no caso da Faixa de Gaza, como também testemunhamos o mesmo modus operandi israelense se expandindo para o sul do Líbano.

Os direitos são garantidos pelo Estado, a única entidade capaz e legítima para fazê-lo. Estes são os que de fato executam as práticas que garantam com que os direitos sejam cumpridos. Cada Estado se responsabiliza pelo cuidado e garantia dos direitos de seus cidadãos, ao menos na teoria. Uma pergunta feita lá atrás pela filósofa Hannah Arendt foi "e quem cuida dos direitos daqueles que não possuem um Estado?". Ela se refere aos apátridas: aqueles que não possuem cidadania de nenhum país, e acabavam por não ter direitos visto que nenhuma entidade se responsabilizava por eles.

Isso não quer dizer que eles não vivessem em algum país, afinal, em que lugar do mundo se está num não país? Apátridas portanto são aquelas pessoas que os Estados não aceitam como parte de sua nação mas que habitam no seu interior, e acabam sendo tratadas como um "problema". No contexto europeu, que é onde Hannah Arendt viveu até ter que fugir devido à ameaça sofrida pelo Nazismo por ser judia, ela destaca justamente os Judeus como os "apátridas por excelência", visto que eram presentes em todos os Estados, sendo mais ou menos aceitos em cada contexto. Eles não eram os únicos nesse contexto, somando-se também os armênios, ciganos, e comunidades menores. Muitos os viam como um "problema" que devia ser erradicado, seja pela sua nacionalização, e portanto sendo aceitos como membros dos Estados, ou pela expulsão.Ou pior ainda, pelo seu extermínio.

Foi pensando nesses apátridas que se elaboraram os Direitos Humanos dentro das Nações Unidas. Esta nova organização seria a responsável por cuidar daqueles que nenhum Estado quer cuidar, e garantir sua sobrevivência enquanto as nações determinam uma solução política para sua condição. Assim foi com os judeus europeus após o holocausto nazista. Nas palavras de Arendt:

"Depois da guerra, viu-se que a questão judaica, considerada a única insolúvel, foi realmente resolvida -por meio de um território colonizado e depois conquistado -, mas isso não resolveu o problema geral das minorias nem dos apátridas. Pelo contrário, a solução da questão judaica meramente produziu uma nova categoria de refugiados, os árabes, acrescentando assim cerca de 700 mil a 800 mil pessoas ao número dos que não têm Estado nem direitos."

A ONU passou a não só legitimar a existência do recém formado Estado de Israel a partir da Resolução 181, na qual propõe uma partilha da Palestina, e da aceitação do novo país como membro pleno em 1949, como também se responsabilizou por financiar e gerir a população palestina em campos de refugiados. Podemos considerar os palestinos entre os primeiros na história a experimentarem este novo direito humanitário. Foi a partir destes novos campos de refugiados, e no cotidiano enfrentado pelos agentes humanitários, que a ONU desenvolveu seu método para lidar com os apátridas do mundo pós holocausto.

Para este trabalho, a ONU criou a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA - United Nations Relief and Works Agency for Palestine Refugees), em 1949. Esta agência acolheu as centenas de milhares de expulsos de suas casas, lhes garantiu onde dormir, o que comer, medicina e educação. Inicialmente tinha a previsão de ser um projeto temporário enquanto se elaborava uma solução política para esta população refugiada que tornara-se um "problema".

Porém, 76 anos depois, os mesmos campos de refugiados seguem de pé, e a condição de apátridas, refugiados, sem um Estado que lhes garanta seus direitos, se mantém. A ONU acabou se tornando fundamental para que Israel pudesse cometer sua limpeza étnica impune, assumindo seu custo, e tornando os palestinos os precursores desta nova categoria moderna de refugiados.

Este sistema é problemático se pensarmos que estas populações, expulsas de suas terras devido a conflitos, limpezas étnicas, genocídios, são recebidas em campos improvisados, de caráter temporário, mas que acabam ali vivendo às vezes por décadas, sem acesso aos supostos Direitos Humanos básicos previstos. A ideia inicial de apoiar estes migrantes enquanto não se soluciona o conflito que gerou seus deslocamentos foi se transformando numa agrupação de indesejados por nenhum país numa condição de subcidadania baixo o status de "refugiados". Se a ideia dos Direitos Humanos era garantir com que todas as pessoas tivessem os mesmo direitos, na prática tornou-se uma diferenciação entre aqueles que possuem direitos garantidos por algum Estado, e aqueles que, na falta de uma cidadania, tornam-se refugiados e são forçados a esses campos, onde viverão de maneira indeterminada baixo a legislação da ONU. Uma diferenciação entre aqueles que têm direito aos direitos humanos, e aqueles que nem isso tem.

A discussão de Hannah Arendt sobre apátridas não foi resolvida pelo direito humanitário. Na verdade o que o sistema possibilitou foi categorizar essas pessoas de refugiadas, e "varrê-las para debaixo do tapete", que no caso seriam esses campos de refugiados espalhados pelo mundo. Estas são respostas práticas para a ausência de uma solução política, que permita buscar uma resolução capaz de reassentar os refugiados de onde foram expulsos.

A normalização desta condição foi vista nas últimas olimpíadas de Paris, em 2024, quando desfilou a delegação de refugiados junto às outras 204 delegações. Afinal, estes refugiados são alienígenas? Ou nasceram em algum território representado pelas tantas bandeiras presentes no desfile? O que então faz delas serem refugiadas? O seu abandono por parte do mundo.

Se observamos a situação da Faixa de Gaza até um dia antes de iniciar este novo ciclo de violência, veremos que cerca de 1,7 milhão de pessoas eram classificadas como refugiados, o que correspondia a aproximadamente 70% da população total do território. Esses refugiados eram atendidos em 8 campos administrados pela UNRWA. Estas pessoas já viviam em condições precárias, com seu acesso aos direitos humanos severamente comprometido, e sem qualquer tipo de prestação de contas exigidas a Israel por ter colocado essas pessoas nesta situação.

No dia 7 de outubro de 2023 houve uma mudança significativa. Se até então os palestinos de Gaza viviam em sua maioria sob regime "humanitário", que por si só já representa uma doutrina sistemática de exclusão global, a partir desta data, passaram a ser indiscriminadamente bombardeados e a própria ajuda humanitária passou a ser impedida de chegar. A própria "humanidade" dos palestinos foi colocada em questão. Seja pelas declarações do ministro da defesa de Israel, Yoav Gallant, ao chamá-los de "animais humanos", ou como reportado pelo relatório das Nações Unidas de dezembro de 2023, que alerta para a desumanização dos palestinos por parte dos israelenses.

Se os palestinos estiveram no cerne da concepção do direito humanitário moderno, hoje eles inauguram um novo debate, que não é se o direito internacional humanitário funciona ou não, mas como o termo "humanitário" é compreendido, visto que é uma categoria que, apesar de soar objetiva, permanece relativa.

Essa desumanização não acontece apenas no âmbito discursivo, ou nas táticas militares. A naturalidade com que são transmitidas as imagens de palestinos mortos, despedaçados, amputados, doentes ou em situação de extrema fome e pobreza só normaliza a condição de sub-humanidade a que passaram a estar sujeitos. A psicanalista e pesquisadora Ana Gebrim define esta prática de política da indiferença, onde estas imagens que teriam por objetivo gerar empatia e mobilizar o mundo a tomar uma atitude a respeito, acaba por gerar anestesia, insensibilidade, indiferença e impotência diante do sofrimento.

Neste sentido, voltamos a uma situação similar à vivida pelas populações marginalizadas e desumanizadas momentos antes de se iniciar a segunda guerra mundial, quando o regime nazista buscava uma solução para o "problema" causado pela mera existência destas pessoas. Assim como naquele tempo, os palestinos vivem uma campanha massiva de desumanização, tem seu acesso aos direitos humanos negados há 76 anos, ainda vivem sob constantes bombardeios e chacinas, e em e especial na Faixa de Gaza, toda a população, indiscriminadamente, sobrevive graças à ajuda humanitária.

Semana passada, o parlamento israelense decretou o banimento da UNRWA dos territórios por ele controlados. Isso significa eliminar a única fonte de sobrevivência a essa população, e negar o direito dessas pessoas a serem ao menos consideradas humanas, e portanto possuírem uma assistência por parte da ONU. É a mudança do paradigma do refúgio para o paradigma do extermínio. E da mesma forma como o mundo se calou ao ver o holocausto nazista se configurar, hoje vemos a mesma situação em relação a um novo extermínio cujo alcance ainda se revelará.

Esta situação nos faz pensar, não apenas sobre os crimes cometidos por Israel, mas para a progressão e a falência do modelo de Direitos Humanos vigente. Até que ponto sua prática tem garantido a dignidade dessas populações marginalizadas? Na verdade observamos que ele tem se prestado mais a normalizar a exclusão, e possibilitar com que novos deslocamentos forçados e genocídios aconteçam, e que as Nações Unidas lidem com o fardo. Um modelo onde a suposta garantia desses direitos não é assumida por ninguém, apenas terceirizada, e assim, a exclusão e marginalização, apesar de mal vista, torna-se possível e ainda por cima viável.

O fato desta imagem de refugiados estar comumente associada a populações africanas ou árabes revela o caráter racista dos Direitos Humanos. Enquanto populações de países de primeiro mundo, de maioria branca, gozam de uma cooperação entre si onde migrações são recebidas por instituições governamentais, como foi o caso dos imigrantes ucranianos foragidos do conflito com a Rússia, os povos não brancos são designados aos campos de refugiados, em geral em locais inóspitos, e distantes dos países do norte.

A universalidade pela qual os direitos humanos se guiam ignoram as diferentes condições entre diversos povos, do legado deixado pela colonização e escravização, e pela constante interferência dos países do norte em países do sul global, o que gera todos estes conflitos sanguinários. A política humanitária acaba assumindo um papel de higiene social, forçando estas populações indesejadas a estes espaços de exclusão que representam os campos de refugiados.

Da mesma maneira que o holocausto nazista marcou a mudança da concepção do direito internacional, e fundou o paradigma dos Direitos Humanos, o atual genocídio em Gaza exige que refundemos e passemos a uma nova era de organização planetária. O direito internacional humanitário não apenas falhou em suas leis, ou em suas instituições. Quem falhou foi a ideia de "humanidade". Ainda o racismo estrutural molda um mundo onde uns tem direito aos direitos, enquanto outros não.

O fato do Estado Judeu ter sido fundado no intúito de marcar esta reparacão, e hoje estar no cerne do novo genocídio mostra que não é apenas uma questão de engenharia política. A superação destes conflitos exige combater a estrutura racista que precede a ideia de uma universalidade comum aos seres do nosso planeta. E resolver esse trauma europeu onde sua estrutura de Estados-Nação não é capaz de englobar a pluralidade humana, e aquilo que não se encaixa acaba marginalizado. Assim foi com a "questão judaica", exterminada do seu território, e seus restos enviados para a Palestina, na época uma colônia britânica.

Seguimos numa mesma espiral da história, que atingiu desta vez aos palestinos, e às populações árabes como um todo. E nos deparamos diante da oportunidade de resolver um problema que atinge a humanidade, principalmente aquela parte que em geral precisa se provar merecedora de direitos. A reivindicação pelo reconhecimento dos palestinos enquanto seres de direitos é sim revolucionária. A Palestina não é apenas um enclave geopolítico. Representa uma disputa sobre como vamos superar uma universalidade que esconde uma manutenção dos legados coloniais, e poder pensar em Direitos Humanos a partir da ótica daqueles que ainda não os detém.

  • Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil do Fato.

** Shajar Goldwaser é bacharel em Relações Internacionais na PUC-SP, integrante do Grupo de Estudos sobre Conflitos Internacionais (GECI) da PUC-SP e membro do coletivo Vozes Judaicas por Libertação

Edição: Rodrigo Durão Coelho

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