O prefeito José Sarto (PDT) de Fortaleza, aliado aos tucanos (PSDB) e capacho da oligarquia Ferreira Gomes, cumpriu integralmente apenas 10 das 29 promessas feitas durante campanha e parcialmente outras 14, representando 34% do total, segundo o portal G1. Apesar de ser seu primeiro mandato, Sarto sucedeu seu padrinho político, Roberto Cláudio (PDT), que esteve à frente da prefeitura por oito anos, também sob a benção da oligarquia.
De forma caricata o Prefeito chegou a inaugurar (mais de uma vez) um centro cultural no Bairro do Vicente Pinzon, que segue em obras e deve funcionar apenas em 2025.
O cenário em Fortaleza reflete uma tendência nacional, em que apenas 39,2% das promessas feitas pelos prefeitos das capitais brasileiras foram cumpridas, evidenciando o descompromisso generalizado com o eleitorado.
Muita propaganda e pouca ação: a governança José Sarto Apesar de toda a propaganda do atual prefeito como alguém oriundo da periferia da cidade e de “origem humilde”, a verdade é que Sarto foi médico e deputado estadual por mais de duas décadas. Agora tenta associar sua imagem a jargões periféricos, como “é sal”, e ao uso de adereços como óculos Julieti, de forma desesperada e patética.
O repúdio ao prefeito aumentou consideravelmente devido à criação da taxa do lixo, mais um imposto para uma das populações que mais pagam impostos no mundo e que não vê esse dinheiro retornar em serviços básicos. O prefeito alegou que estava seguindo o novo marco legal do saneamento básico. Contudo, em outras capitais do Brasil, o novo marco foi aplicado sem necessariamente, a taxa de lixo ser aplicada em conjunto. Em Fortaleza, o valor dessa taxa subiu mais de 40% no ano de 2024.
Tanto a direita bolsonarista, representada por Carmelo Neto, quanto a suposta esquerda institucional, pela vereadora Estrela Barros (Rede), criticaram o uso de 70 milhões em publicidade pela gestão. Embora este dado não tenha sido oficialmente confirmado, é evidente que Sarto tem investido pesado em sua imagem nas redes sociais.
Em Fortaleza, uma intensa campanha de boicote à farsa eleitoral ganha força. A figura do Bode Ioiô, eleito vereador na cidade em 1922 como uma crítica satírica do “Ceará Moleque”, ressurge cem anos depois, desta vez como candidato a prefeito. Seu número de contra-campanha, 00, está prestes a ser lançado, simbolizando o histórico rechaço dos fortalezenses contra o que essas eleições representam. Esse movimento evidencia a crescente descrença na legitimidade do processo eleitoral, revelando que a paródia de democracia está agonizando em termos de credibilidade.