O estudo não é baseado em NADA
Observe este trecho do estudo:
A federação levou em conta dois cenários ao traçar prognósticos. Na primeira hipótese, o país teria redução de jornada sem aumento da produtividade — indicador que avançou no país apenas 0,9% ao ano, entre 1990 e 2024. O resultado seria uma perda de até R$ 2,9 trilhões no faturamento das empresas, com fechamento de 18 milhões de postos de trabalho e impacto negativo de 16% no PIB.
AMBOS os cenários citados no "estudo" são apenas hipóteses, são simplesmente um cenário de "e se?". Não existe um estudo de 6 meses a 1 ano mensurando a rotina dos empregadores e empregados, não existe uma medida do nível de produtividade, não tem absolutamente NADA.
Diversos são os estudos realizados mostrando que a produtividade não é afetada negativamente, como este citado pela USP:
O que se verificou nesse estudo feito na Inglaterra é que de fato existem benefícios em reduzir a jornada de trabalho. Além de comprovar que a produtividade não foi afetada, os ganhos, principalmente em segurança do trabalho e na saúde dos trabalhadores, são muito grandes.
E só para esclarecer o jogo de palavras feito no estudo do jornal O Globo. Quando o estudo da USP diz que "a produtividade não é afetada", ele está dizendo que o mesmo resultado é alcançado em menos horas trabalhadas, ou seja, se eu produzo 100% em 6 dias de trabalho, a minha produtividade sobe para 120% com 5 dias de trabalho na semana, para produzir a mesma quantidade de trabalho realizada na jornada 6x1.
As duas hipóteses que assumem "e se não aumentar a produtividade?" são usadas como certezas absolutas no decorrer do estudo. O problema da produtividade é desviado para outros fatores: "infraestrutura logística deficitária, alta carga tributária, menor nível de educação e qualificação profissional e baixa intensidade tecnológica".
Conclusão
Mais uma vez estamos vendo a desculpa de que "um direito trabalhista a mais vai quebrar a economia", como sempre ocorreu desde a época da abolição da escravidão.
fonte: arial 12