Em comunicado do Centro Palestino de Informação (PIC, por sua sigla em inglês), publicado nesta sexta-feira (12/07), o gabinete político do Hamas defendeu a constituição de uma coalizão “nacionalista e apartidária” para assumir simultaneamente a administração da Faixa de Gaza e da Cisjordânia após um possível cessar-fogo permanente no conflito que persiste na região desde outubro passado.
O texto da proposta é de autoria de Husam Badran, membro do gabinete político do Hamas. Em sua argumentação, ele ressalta que o grupo de resistência palestino “não discutirá o dia seguinte à guerra em Gaza com nenhuma parte externa”.
Segundo o canal Al Jazeera, do Catar, os representantes do Hamas nas mesas de diálogo realizadas no Cairo, capital do Egito, a iniciativa desse governo de coalizão “nacionalista e apartidário” será uma das condições do grupo nas negociações de paz mediadas por representantes egípcios, cataris e norte-americanos.
“Apelamos à comunidade internacional para que exerça pressão sobre o partido que está obstruindo as negociações e o obrigue a pôr termo à agressão contra Gaza”, afirmou Badran, de acordo com o comunicado do PIC.
A proposta apresentada por Badran consistiria na instalação de um governo que administraria tanto a Faixa de Gaza quanto a Cisjordânia, algo que não aconteceu nos últimos anos.
Desde 2005, os territórios palestinos possuem governos diferentes: a Cisjordânia é administrada pela Autoridade Nacional Palestina (ANP) e reconhece Mahmoud Abbas como presidente; já a gestão da Faixa de Gaza está nas mãos do Hamas.