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Geopolítica

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Geopolítica é a congruência entre demasiados grupos de estratégias adotadas pelo Estado para administrar seu território, e anexar a geografia cotidiana com a história. Desta forma, Geopolítica é um campo de conhecimento multidisciplinar, que não se identifica com uma única disciplina, mas se utiliza principalmente da Teoria Política e da Geologia e Geografia ligado às Ciências Humanas e Ciências Sociais aplicadas.

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Até que seja publicado o decreto presidencial com a versão atualizada dos Fundamentos da política do Estado em matéria de dissuasão atômica, documento que se costuma chamar de Doutrina Nuclear da Rússia e que deve estar de acordo com a Estratégia de Segurança Nacional e a Doutrina Militar, não será possível saber até que ponto os “ajustes” anunciados na última quarta-feira (25) pelo chefe do Kremlin, Vladimir Putin, de fato modificam a atitude russa para o eventual uso de seu arsenal.

Por enquanto, em sua breve intervenção, vale mencionar que Putin em nenhum momento fez afirmações categóricas no sentido de que a Rússia usaria imediatamente suas armas nucleares se qualquer uma das circunstâncias mencionadas na quarta se concretizasse. Ele deixou entrever que não exclui recorrer ao seu arsenal atômico, o que por ora deixa mais perguntas do que respostas.

Questionado pelos repórteres, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, esclareceu na quinta-feira (26) que a doutrina nuclear continua em vigor: “Agora foram formulados ajustes em um documento. Peço que escutem com atenção: são os fundamentos da política do Estado em matéria de dissuasão atômica. Trata-se de um documento que, junto com outros que chamamos extraoficialmente de doutrina nuclear, determina nossa conduta nessa área. E ontem (quarta-feira) o presidente mencionou os principais ajustes”.

Perguntado sobre quando se prevê que esses ajustes entrarão em vigor ou se a versão atualizada da Doutrina Nuclear da Rússia será publicada, Peskov respondeu: “Neste momento, não sei”.

O porta-voz sublinhou que a necessidade de ajustar o documento é “um aviso aos países hostis (Estados Unidos e seus aliados da aliança norte-atlântica) sobre as consequências de sua participação em um ataque contra nosso país por diferentes meios, não obrigatoriamente nucleares”, em alusão à possível autorização que se debate neste momento sobre o uso de mísseis de longo alcance em território russo.

Para Peskov, as mudanças se devem, entre outras razões, “à confrontação sem precedentes” provocada pela participação direta do Ocidente, incluindo potências nucleares, no conflito da Ucrânia.

Analistas comentam estratégia nuclear da Rússia

Alguns analistas militares — Yuri Fiodorov e Serguei Auslender, por exemplo — se perguntam até que ponto o Kremlin está disposto a atacar uma potência nuclear, o que inevitavelmente teria uma resposta igualmente devastadora.

Eles assinalam que a Rússia lança sua advertência sem detalhar o que considera um “ataque massivo” ou quando uma “ameaça crítica” à sua soberania seria criada. Também apontam que é preciso compreender o que o chefe do Executivo russo quis dizer quando enfatizou que, “tendo informações confiáveis” de que um ataque nuclear contra a Rússia foi iniciado, começaria um contra-ataque em questão de minutos.

Já para o analista Anatoly Nesmiyan, as declarações de Putin teriam relação com o recente teste do míssil balístico intercontinental Sarmat. Ele explica que, apresentado em 2018 como a futura arma mais poderosa do arsenal russo, com 10 ogivas nucleares capazes de destruir o mesmo número de cidades do inimigo, apenas um teste foi bem-sucedido, em abril de 2022, e, no entanto, sete meses depois, sua produção em série começou. “A reunião sobre a Doutrina Militar foi uma espécie de operação para encobrir” essa questão, que “debilitou o argumento sobre a permissão ocidental de empregar seus mísseis de longo alcance contra nosso território”, sugere.

O magnata Konstantin Malofeyev, um dos principais patrocinadores da Igreja Ortodoxa Russa, publicou em suas redes sociais: “A maioria russa apoiará o comandante-chefe (Putin) nessa difícil decisão e daremos 48 horas à população civil para abandonar o local que será devastado por nossa arma nuclear tática. E por fim será desferido um golpe devastador e vitorioso contra a Ucrânia ocidental(…) para que nos próximos 30 anos cresçam nesse terreno de russofobia e terroristas apenas plantas radioativas”.

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