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Israel lançou uma grande ofensiva militar na Cisjordânia ocupada na quarta-feira (28), atacando pelo menos três cidades por terra e ar.

Ataques de drones atingiram Jenin, Tulkarm e Tubas enquanto tropas abriam fogo contra palestinos no solo, matando pelo menos nove pessoas, incluindo sete em Tubas e duas em Jenin, de acordo com o Ministério da Saúde palestino.

O ataque começou logo após a meia-noite no horário local, depois que soldados israelenses disfarçados entraram no campo de refugiados de Jenin e no campo de refugiados de Nur Shams, em Tulkarm.

Em Tubas, tropas israelenses chegaram em helicópteros militares e lideraram o ataque, particularmente no campo de refugiados de Far’a, de acordo com a mídia israelense e palestina.

Um grande número de forças israelenses então invadiu os campos e sitiou hospitais, impedindo que os paramédicos chegassem até eles, de acordo com testemunhas oculares e a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino.

Um oficial de ambulância da cidade disse ao Middle East Eye que as forças israelenses invadiram uma estação de ambulância no campo de refugiados de Far’a e mantiveram os paramédicos do lado de fora por um breve período.

Adnan Ghoneimi disse que soldados israelenses forçaram equipes médicas a deixar a estação e as alinharam contra uma parede enquanto faziam buscas nas instalações.

Ele acrescentou que os paramédicos da cidade foram impedidos de chegar ao acampamento desde que a operação começou à meia-noite.

Um cerco foi imposto às três cidades — Jenin, Tulkarm e Tubas — no norte da Cisjordânia, isolando-as do resto do território palestino.

Shatha Sabagh, moradora do campo de Jenin, descreveu o ataque como o maior que ela viu em anos. “O número de veículos militares invadindo Jenin é muito grande”, ela disse ao MEE.

“Os três principais hospitais estão sitiados e todas as ruas que levam à cidade estão fechadas com barreiras de terra. Não testemunhamos uma incursão tão extensa há muito tempo, e parece que continuará por vários dias.”

“A situação no campo [de al-Far’a] é catastrófica e a incursão é a maior que já viu” – Khaled Sobh, morador de Tubas Soldados israelenses se posicionaram em vários prédios da cidade e posicionaram atiradores nos telhados, atirando em qualquer um que se movesse na frente deles, ela acrescentou.

Enquanto isso, a cidade foi paralisada, com trabalhadores e estudantes forçados a permanecerem em ambientes fechados. Os moradores também não conseguiram enterrar os mortos no ataque até agora em meio ao cerco apertado imposto pelos militares, de acordo com Sabagh.

Khaled Sobh, do campo de Far’a, descreveu uma cena semelhante ali:

“A situação no campo é catastrófica e a incursão é a maior já vista”, disse ao MEE. “Ambulâncias estão proibidas de circular. Os feridos foram contrabandeados para hospitais por causa de todos esses fechamentos”.

De acordo com Sobh, as forças israelenses estavam “brutalmente” invadindo casas e usando moradores como escudos humanos. Ele disse que pelo menos uma família foi usada como cobertura para soldados quando eles se mudaram para o telhado de sua casa para se instalarem lá.

Ghoneimi confirmou que um drone israelense bombardeou o acampamento ao amanhecer, matando quatro pessoas. As equipes de ambulância conseguiram chegar à área horas depois e ficaram chocadas com o impacto do ataque.

No campo de Nur Shams, perto de Tulkarm, a testemunha ocular Bayan Mansour disse que os soldados começaram a aterrorizar os moradores e a sitiar os dois principais hospitais assim que chegaram, depois da meia-noite. “O ataque e a movimentação de veículos e soldados provam que eles estão se preparando para ficar por um longo período de tempo”, disse Mansour ao MEE. “Os confrontos não diminuíram e ouvimos sons de artefatos explosivos explodindo algumas vezes”, acrescentou ela.

Um grande número de escavadeiras militares foi relatado em todas as três cidades, destruindo estradas e infraestrutura crítica de eletricidade e água.

Maior ataque desde a Segunda Intifada

O exército israelense disse que estava realizando uma grande operação “antiterrorista” em Jenin e Tulkarm, sem dar mais detalhes.

Fontes militares disseram ao Times of Israel que o ataque pode durar vários dias. O Canal 12 de Israel disse que quatro batalhões estão envolvidos na ofensiva, incluindo tropas terrestres e a força aérea. Enquanto isso, a emissora pública Kan News informou que o ataque é o maior conduzido pelos militares israelenses desde o ataque “Escudo Defensivo” de 2002, no auge da Segunda Intifada.

Pouco depois do início do ataque, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, pediu a “evacuação temporária” dos palestinos de partes da Cisjordânia ocupada.

Katz disse que os militares estavam trabalhando “intensivamente” nos campos de refugiados em Jenin e Tulkarm para “frustrar as infraestruturas terroristas islâmicas-iranianas” que ele alega existirem lá.

“Devemos lidar com a ameaça da mesma forma que lidamos com a infraestrutura terrorista em Gaza, incluindo a evacuação temporária de moradores palestinos”, acrescentou Katz.

“Esta é uma guerra por tudo e precisamos vencê-la.”

Enquanto isso, grupos armados palestinos nas cidades-alvo, incluindo os capítulos locais do Hamas, Jihad Islâmica e Fatah, disseram que seus membros estavam confrontando os militares israelenses, incluindo a detonação de dispositivos explosivos contra as tropas. O meio de comunicação Israel Hayom descreveu os combates nos campos entre soldados e palestinos como “pesados e difíceis”.

O ramo Tulkarm da Jihad Islâmica assumiu a responsabilidade por um ataque a uma escavadeira militar israelense usando uma bomba na estrada.

Imagens da mídia local mostraram forças israelenses evacuando uma escavadeira danificada da cidade. A Jihad Islâmica também alegou ter atingido atiradores em Tulkarm durante uma troca de tiros e disse que seus combatentes derrubaram um drone israelense. Não houve relatos imediatos de vítimas israelenses.

Hospitais sitiados

O Hospital Governamental de Jenin, também conhecido como Hospital Khalil Suleiman, seguiu sob cerco israelense quase 12 horas após a cidade da Cisjordânia ter sido invadida, disse o diretor do hospital ao MEE.

O Dr. Wissam Abu Bakr disse que veículos militares israelenses cercam o hospital, impedindo que as pessoas entrem e saiam livremente. “Ambulâncias que transportaram várias vítimas da cidade foram submetidas a uma inspeção cuidadosa ao tentarem entrar no hospital, enquanto soldados revistavam os cartões de identidade de alguns dos que estavam presos no hospital antes de permitir que saíssem depois de várias horas”, disse Abu Bakr.

“Um dos mártires estava sem crânio, ombros ou cérebro, como se tivesse derretido durante o bombardeio” – Adnan Ghoneimi, oficial de ambulância

Unidades de atiradores de elite também são posicionadas em prédios adjacentes e com vista para o hospital, ele acrescentou, restringindo a movimentação dos moradores. No campo de Far’a, Ghoneimi disse que, devido ao fechamento das estradas que levam ao campo, os paramédicos foram forçados a pegar uma estrada esburacada para transportar os mortos e feridos. Alguns moradores foram forçados a cortar árvores perto de suas casas para permitir que ambulâncias passassem pelos becos estreitos. Sempre que equipes médicas tentavam chegar às entradas do campo, eram ameaçadas pelos soldados de atirar neles, disse Ghoneimi.

“Se recebemos qualquer chamada sobre casos de emergência dentro do acampamento, os paramédicos tentam lidar com eles no campo, e se eles precisam de transporte para o hospital, a ambulância tenta chegar lá por estradas de terra acidentadas que demoram mais para passar.”

Ghoneimi disse ao MEE que o bombardeio do campo foi o “bombardeio aéreo mais violento” que ele já havia vivenciado.

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A ex-refém israelense Noa Argamani negou relatos sugerindo que ela havia sido espancada e teve seu cabelo cortado enquanto estava detida em Gaza após a ofensiva do grupo palestino Hamas.

Em uma postagem no Instagram, na sexta-feira (23/08), disse que seus ferimentos foram causados ​​por um ataque aéreo israelense durante uma operação de resgate, não por um ataque do Hamas.

“Não posso ignorar o que tem acontecido na mídia aqui nas últimas 24 horas, as coisas estão fora de contexto”, afirmou. Isso ocorreu após Argamani participar de uma reunião com diplomatas dos países do G7 em Tóquio.

Na reunião, ela deu detalhes do que ocorreu após ter sido feita refém na incursão de 7 de outubro. Porém, segundo a postagem, algumas de suas faças foram citadas incorretamente e tiradas de contextos.

“Eles [membros do Hamas] não me espancaram e não cortaram meu cabelo. Eu estava em um prédio [em Gaza)] que foi explodido pela Força Aérea [israelense], disse, afirmando que suas palavras reais foram as seguintes: “neste fim de semana, depois do tiroteio, como eu disse, tive cortes por toda a cabeça e bati meu corpo todo”.

Argamani acrescentou, referindo-se ao início das hostilidades no ano passado: “como vítima do 7 de outubro, não permitirei que a mídia me torne uma vítima novamente.”

No dia 8 de junho, o Exército israelense conseguiu libertar quatro prisioneiros, incluindo Argamani, em uma operação especial no Campo de Refugiados de Nuseirat, no centro de Gaza. Além dela, Almog Meir Jan, Andrey Kozlov e Shlomi Ziv também foram resgatados.

Tal operação de resgate terminou com saldo de 274 mortos do lado palestino, incluindo crianças, mulheres e idosos.

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Em um relatório de investigação publicado na terça-feira, o jornal norte-americano The New Yorker revelou o que as pessoas no Iraque haviam sofrido na própria pele as atrocidades, mas que o complexo militar-industrial dos EUA tentou desesperadamente ocultar a verdade durante 19 anos.

Em 19 de novembro de 2005, na província ocidental iraquiana de Al-Anbar, os fuzileiros navais americanos estacionados na cidade de Haditha foram de casa em casa executando pelo menos duas dezenas de civis a sangue-frio.

Naquele momento, as testemunhas oculares e sobreviventes disseram que a vítima mais jovem era uma menina de três anos e que não houve piedade com crianças, mulheres ou homens, que receberam tiros à queima-roupa.

Antes da execução em massa, quatro estudantes que viajavam em um táxi foram obrigados a sair de seu veículo e assassinados a tiros junto com seu motorista.

Foi necessário um relatório da revista Time para que o exército dos EUA abrisse uma investigação alguns anos após o incidente, mas todas as acusações contra os fuzileiros navais foram rapidamente retiradas porque o massacre foi um crime de guerra e poderia ter manchado ainda mais a imagem das forças de ocupação americanas.

No entanto, todas as acusações contra os fuzileiros navais foram rapidamente retiradas porque o brutal episódio teria constituído um crime de guerra e, portanto, teria manchado ainda mais a imagem já desgastada das forças de ocupação americanas.

Quase 19 anos depois, as fotografias vazadas publicadas pelo The New Yorker mostram os pais tentando proteger seus filhos. Famílias inteiras e seus bebês foram brutalmente assassinados e depois fotografados pelas forças de ocupação por prazer sádico.

Se essas fotos não tivessem sido vazadas, essa história não teria recebido a cobertura da mídia que tem agora, e a pergunta continua sendo se os fuzileiros navais americanos envolvidos nesse crime de guerra diabólico serão julgados. Embora, todos saibamos a resposta.

Quando se trata de Iraque e da ocupação militar americana do país árabe, a narrativa de Washington sempre foi “algumas maçãs podres”.

A câmara de tortura que os Estados Unidos usam contra os detidos iraquianos na tristemente célebre prisão de Abu Ghraib não mudou nem antes, nem depois do ditador iraquiano Saddam Hussein: “Algumas maçãs podres”.

Os soldados do Exército americano estupraram em grupo Abeer al-Janabi, de 14 anos, e depois a assassinaram junto com seus pais, que tentaram impedir o abuso sexual de sua filha, mas foram arrastados para um quarto adjacente e tiveram seus membros quebrados antes de serem executados.

A irmã de seis anos de Abeer também foi assassinada sem piedade.

Esse crime de guerra ocorreu em 12 de março de 2006 em al-Mahmudiyah, ao sul da capital Bagdá, onde um dos estupradores descreveu o terror como “atroz”.

Uma investigação americana, que só foi realizada graças ao fato de que a Polícia iraquiana chegou ao local e causou certo barulho, concluiu que Abeer e sua família foram assassinados por iraquianos. Um assunto interno.

Somente depois que provas esmagadoras foram obtidas, a cobertura militar americana deteriorou-se gradualmente e os perpetradores foram processados, mas, é claro, os soldados americanos eram apenas “algumas maçãs podres”.

Os iraquianos perguntam quantas maçãs podres houve durante a ocupação americana de seu país? Porque parece mais sistemático do que casos aleatórios de crimes de guerra. Se for assim, por que os altos comandantes do Exército americano não se sentam diante de um júri?

Durante a primeira fase da ocupação americana de Iraque de 2003 a 2011, a organização internacional Human Rights Watch (HRW) documentou que as forças americanas estavam envolvidas em “violações generalizadas, incluindo ataques indiscriminados que mataram e feriram civis, transferências clandestinas de detidos, desaparecimentos forçados, tortura e outros casos cruéis de tratamentos desumanos ou degradantes”.

Também informaram que os ex-prisioneiros foram submetidos a inúmeros abusos nos centros de detenção, incluindo “privação de sono, nudez forçada, privação de água e comida adequadas, simulações de execução e ameaças de agressão sexual”.

Enquanto os iraquianos continuam sendo perseguidos pelo terrorismo de Estado que lhes foi imposto, os EUA contribuíram para uma nova onda de atrocidades em Gaza contra mulheres e crianças palestinas como resultado de suas atrocidades maciças passadas.

Segundo o Ministério da Saúde palestino, o número de mortos pela guerra genocida ultrapassou os 40.500, a maioria dos quais (69%) são crianças e mulheres. Milhares mais estão presos sob os escombros. E tudo isso é possível devido ao apoio direto do complexo militar-industrial americano.

O regime de Tel Aviv aprendeu uma lição com a invasão americana de Iraque, e certamente não foi como conduzir uma guerra urbana.

Desde 7 de outubro, os israelenses bombardearam cada centímetro de Gaza com armas fabricadas nos Estados Unidos e proibiram a entrada de repórteres de guerra destacados no território sitiado por uma razão importante.

O regime de Tel Aviv afirma que isso é pela “segurança dos jornalistas”, mas essa decisão é para os jornalistas e sempre esteve na história das guerras em todo o mundo.

Os jornalistas independentes ocidentais insistem em entrar nas áreas sitiadas, mas, na prática, isso lhes é proibido. Isso significa que a narrativa que o mundo ocidental ouve sobre Gaza é simplesmente a narrativa americano-israelense.

No entanto, graças às plataformas de redes sociais, as audiências globais estão tendo um vislumbre dos crimes de guerra patrocinados pelos Estados Unidos em Gaza. E essa pequena visão provocou que milhões de pessoas protestassem nas ruas em manifestações pró-palestinas em todo o mundo.

As atrocidades cometidas em Gaza, com a ajuda e apoio dos Estados Unidos, são semelhantes, senão muito piores, do que as de Iraque, levando em consideração o tamanho e a população da faixa bloqueada.

Crianças foram alvejadas à queima-roupa, escolas da ONU para deslocados foram bombardeadas, chegaram bebês decapitados a hospitais abandonados e uma lista interminável de crimes de guerra.

Outros casos, como as prisões em massa de civis, incluindo médicos e enfermeiras arrastados de hospitais, despidos e levados a centros de detenção militar para serem torturados e estuprados, receberam pouca cobertura.

Esses casos estão documentados, mas ocultos das câmeras, então é possível que nunca se revele a verdadeira extensão do assassinato, tortura, detenção, abuso ou estupro.

Da mesma forma, nunca saberemos a verdadeira extensão dos crimes de guerra americanos no Iraque.

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A presidente das Honduras denunciou nesta quinta-feira (29/08) a tentativa de um golpe de Estado contra seu governo, através de uma ação para criar uma cisão dentro das Forças Armadas do país.

“Quero dizer-lhes que está sendo traçado um plano contra o nosso governo, ontem atacaram o comandante-chefe das Forças Armadas e o Ministro da Defesa do nosso país”, afirmou Xiomara, em uma declaração pública.

A mandatária recordou o país enfrentou golpes de Estado recentes, como o realizado em 2009 contra o então presidente Manuel Zelaya (2006-2009), seu marido.

“Já vivemos um golpe de Estado e sabemos o que isso significa, e sabemos que isso traz violência, exílio, perseguição e violações aos direitos humanos”, ressaltou a presidente.

Embaixadora dos Estados Unidos Horas antes, nesta mesma quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores de Honduras, Enrique Reina, afirmou em entrevista ao canal de televisão local Televicentro, que a inteligência do país detectou uma tentativa de golpe militar planejada pela embaixadora dos Estados Unidos em Tegucigalpa, Laura Dogu.

Presidência de Honduras

Xiomara Castro afirmou que tentativa de golpe se basearia em ação para provocar divisão nas forças armadas do país Segundo Reina, Dogu estaria articulando uma ação para dividir as forças armadas hondurenhas, oferecendo apoio a um grupo em troca de liderar uma insurreição contra o atual comandante-chefe da instituição, Rossvelt Hernández, leal à presidente Xiomara Castro.

A operação teria sido iniciada por Dogu através de uma declaração na qual afirmou que as agências norte-americanas teriam informação de que Hernández teria um suposto vínculo com cartéis de droga que operam na América Central.

A diplomata não apresentou evidências de tais denúncias, mas teria se encontrado com oficiais militares que estariam dispostos a organizar uma revolta dentro da instituição militar para desconhecer a autoridade de Hernández.

O comentário da embaixadora também provocou um debate sobre o tratado de extradição entre Honduras e os Estados Unidos. O chanceler Reina afirmou que o acordo poderia ser utilizado pelos Estados Unidos para requerer a extradição de Roosevelt Hernández ou do ministro da Defesa, José Manuel Zelaya, filho da atual presidente e do ex-presidente Manuel Zelaya.

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Os chefes militares do Comando Sul dos Estados Unidos realizaram nesta quinta-feira (29/08), em Santiago do Chile, a Conferência de Defesa Sul-Americana.

O evento, segundo mensagem publicada pelo próprio Comando Sul em suas redes sociais, serviu para “ressalta as parcerias de defesa de longa data que são fundamentais para a segurança na América do Sul e no Hemisfério Ocidental”.

No entanto, o encontro foi marcado por uma foto que mostra a ministra da Defesa do Chile, Maya Fernández Allende, cercada pelos altos comandantes das Forças Armadas dos Estados Unidos: o general chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, Charles Brown Jr, e a chefe do Comando Sul, Laura Richardson.

Appreciated the opportunity to provide remarks at the Annual @southcom South American Defense Conference in Santiago, Chile. I met with many of my SOUTHCOM counterparts to discuss defense modernization & strengthening our interoperability and readiness in the region. #SOUTHDEC24 pic.twitter.com/RM9DGZnhnX

— General CQ Brown, Jr. (@GenCQBrownJr) August 28, 2024

A polêmica em torno à imagem se dá pelo fato de que Maya é neta de Salvador Allende, presidente do Chile que sofreu um golpe de Estado em 1973 que foi apoiado financeira e militarmente pelos Estados Unidos.

Comando Sul dos EUA

A derrubada de Allende (1970-1973), ocorrida há quase 51 anos, incluiu o envolvimento do próprio Comando Sul não só nas ações do bombardeio ao Palácio de La Moneda, que terminou com a morte do presidente socialista e a consolidação do golpe, como também na repressão aos opositores do regime liderado pelo ditador Augusto Pinochet (1973-1990).

Em suas redes sociais, o Comando Sul destacou ter assinado, durante esta semana, acordos com autoridades militares do Chile, do Equador e da Argentina, três dos país que enviaram representantes para o encontro na capital chilena.

Também através das suas redes sociais, o general chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, Charles Brown Jr, afirmou ter participado do encontro para discutir “a modernização da defesa e o fortalecimento da nossa interoperabilidade e prontidão na região” da América do Sul.

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Mais de 25 milhões de pessoas passaram a fazer apostas esportivas em plataformas eletrônicas nos sete meses iniciais de 2024, de janeiro a julho, uma média de 3,5 milhões por mês. Para se ter uma ideia dessa velocidade, o intervalo de tempo é maior do que o que o coronavírus levou para contagiar o mesmo número de pessoas no Brasil – 11 meses, entre 26 de fevereiro de 2020 e 28 de janeiro de 2021.

Em cinco anos, o número de brasileiros que apostaram nas chamadas bets chegou a 52 milhões. Do total, 48% são considerados novos jogadores – apostaram nos primeiros sete meses deste ano. Os dados fazem parte de pesquisa de opinião do Instituto Locomotiva, aplicada entre os dias 3 e 7 de agosto. O hábito de tentar a sorte nas plataformas eletrônicas atinge uma população no Brasil do mesmo tamanho do número de habitantes da Colômbia e superior à de países como Coreia do Sul, Espanha e Argentina.

O levantamento traçou um perfil dos apostadores de bets: 53% são homens e 47% são mulheres. Além disso, quatro de cada dez jogadores têm entre 18 e 29 anos; 41% estão na faixa etária de 30 a 49 anos; e 19% têm 50 anos ou mais. Oito de cada dez são pessoas das classes CD e E; e dois de cada dez são classe A ou B.

Sete de cada dez apostadores costumam jogar pelo menos uma vez ao mês. Outro dado: 60% dos que já ganharam a aposta usam ao menos parte do valor do prêmio para tentar nova jogada. Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, a facilidade de fazer aposta nos celulares à mão, o apelo publicitário das bets patrocinando times e campeonatos brasileiros, e a dinâmica do jogo são atrativos das plataformas de jogos online.

“A pessoa aposta em quem vai fazer o gol, se o gol será feito no primeiro ou no segundo tempo, como ficará a tabela do Campeonato Brasileiro, se alguém vai tomar cartão vermelho ou não… Essa lógica faz com que alguma coisa o sujeito ganhe. No final ele perde mais do que ganha, mas essa sensação de ganho é uma sensação muito forte na cabeça dele. E isso acaba permeando esse imaginário de que está sempre ganhando”, diz o presidente do Instituto Locomotiva.

Nome sujo

O Instituto Locomotiva também verificou que 86% das pessoas que apostam têm dívida e que 64% estão negativados na Serasa. Do universo de pessoas endividadas e inadimplentes no Brasil, 31% jogam nas bets. “Quando uma pessoa endividada opta por apostar, muitas vezes na perspectiva de sair do endividamento, nós temos alguma coisa errada nisso”, pondera Renato Meirelles.

A situação econômica ajuda a entender por que “ganhar dinheiro” é a principal razão apontada para fazer apostas esportivas online (53%) – acima de “diversão/entretenimento/prazer” (22%); “emoção e adrenalina” (10%); “passar o tempo” (7%); “curiosidade” (6%); e “aliviar o estresse” (2%).

Aplicativos de apostas têm se tornado febre no Brasil e em outros países do mundo

Meirelles considera o fenômeno das apostas esportivas eletrônicas “uma pandemia” com efeitos sobre a saúde mental. A pesquisa levantou informações e opiniões sobre o impacto psicológico das apostas. Sessenta e sete por cento dos entrevistados conhecem pessoas que “estão viciadas em apostas esportivas”.

"Estado emocional*

Entre os entrevistados, há quem acredite que o jogo aumente a ansiedade (51%); cause mudanças repentinas de humor (27%); possa gerar estresse (26%) e sentimento de culpa (23%). Quanto aos entrevistados que fazem apostas online, seis de cada dez admitem que a prática afeta o estado emocional e causa sentimentos negativos como ansiedade (41%); estresse (17%) e culpa (9%).

O relatório da pesquisa assinala descontrole entre parte dos apostadores. Segundo os dados, 45% dos entrevistados jogadores admitem que as apostas esportivas “já causaram prejuízos financeiros”, 37% dizem ter usado “dinheiro destinado a outras coisas importantes para apostar online” e 30% afirmaram ter “prejuízos nas relações pessoais”.

Mas também são apontados sentimentos positivos como emoção (54%); felicidade (37%) e alívio (11%). Para 42%, as apostas esportivas online “são uma forma de escapar de problemas ou emoções negativas”.

A pesquisa do Instituto Locomotiva entrevistou 2.060 pessoas, com 18 anos ou mais, de 142 cidades de todo o país. O levantamento foi feito entre os dias 3 e 7 de agosto, por meio de telefone em plataforma de autopreenchimento. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais em um intervalo de confiança de 95%.

O crescimento de apostadores a partir de janeiro deste ano ocorreu após a sanção da Lei 14.790/2023, que regulamentou a atividade das bets no Brasil. Atualmente, o Ministério da Fazenda analisa 113 pedidos de regulamentação das plataformas de aposta online.

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Ao menos 17 pessoas morreram neste sábado (31/08), após um bombardeio realizado pelas forças militares de Israel contra o campo de refugiados de Nuseirat, na região central da Faixa de Gaza.

Nas proximidades da mesma região, se registrou outro ataque, desta vez contra um edifício, onde foram contabilizadas mais nove mortes.

Um terceiro ataque, contra uma casa na zona residencial de Al-Hasayna, resultou em ao menos mais quatro óbitos, totalizando ao menos 30 vítimas fatais em toda a jornada.

Segundo a agência de notícias palestina Wafa, esse número ainda deve aumentar. “Houve cinco civis que foram mortos e outros 15 membros da família Abu Bakr que ficaram feridos em uma ocupação em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza”.

Anadolu

Zona residencial do centro de Gaza após sofrer bombardeio das forças de Israel O Ministério da Saúde de Gaza denunciou que essas ações infringem a trégua humanitária anunciada horas antes por Israel, para permitir a vacinação de pessoas e especialmente crianças contra a poliomielite, depois da descoberta do primeiro caso da doença no território palestino em 25 anos.

A entidade sanitária também anunciou que o número de mortes civis desde o dia 7 de outubro superou a marca de 40,6 mil, sendo a maioria mulheres e crianças. A quantidade de feridos é de pouco mais de 93,8 mil.

As forças israelenses emitiram uma nova ordem de evacuação para as zonas de Deir al Balah e Khan Younis. Entidades que prestam ajuda aos residentes acusam Israel de continuar realizando ataques em regiões para as quais instruíram os refugiados a procurarem.

Segundo os ativistas, as condições de vida na Faixa de Gaza têm se tornado cada vez mais difíceis, não só pelos bombardeios como também pelas restrições à entrega de alimentos e insumos básicos.

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submitted 2 months ago by NoahLoren to c/noticias
 
 

Não são recentes as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no mercado de trabalho. Por essa razão, a legislação prevê certas garantias, que também são frequentemente questionadas por grande parte dos empregadores. Em entrevistas de emprego, são comuns perguntas acerca da vida pessoal, afetiva, familiar, entre outras não tão frequentes quando o entrevistado é homem.

O preconceito é carregado de simbolismo, sobretudo quando figuras de expressão reforçam abertamente estereótipos consolidados, ainda que de maneira velada, no mercado de trabalho.

A título de exemplo, o ex-presidente Jair Bolsonaro já defendeu publicamente que a mulher deve auferir remuneração inferior pelo fato de engravidar.

Declarações misóginas como esta encontram eco em muitas empresas, e uma das principais críticas reside na extensão da licença-maternidade de cento e vinte dias, conforme assegura a nossa Constituição.

Há discussões neste sentido perante o Poder Judiciário. No julgamento do recurso extraordinário 778889, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a equiparação do prazo de licença-maternidade entre as mães biológicas e as mães adotantes.

Ainda sobre o Poder Judiciário, é importante lembrar que a Corte julga também a Ação Direta de Inconstitucionalidade 7.495, que trata dos diferentes prazos de licença-maternidade estipulados pela CLT e no serviço público. O relator, ministro Alexandre de Moraes, rejeitou equiparar o benefício concedido às servidoras estatutárias às trabalhadoras regidas pela CLT. O julgamento foi interrompido por pedido de vista do ministro revisor, Flavio Dino.

São muitos os relatos de hostilidades às mulheres gestantes, para tornar insuportável o ambiente de trabalho. As situações mais frequentes incluem comentários relacionados à gestação e ao exercício da maternidade, mas também alterações ardilosas das condições de trabalho, com fiscalização excessiva, mudanças de horário, alteração do local de trabalho, entre outras.

Em outra atitude para desencorajar a maternidade de suas funcionárias, algumas empresas propõem como "benefício" o custeio do congelamento de óvulos. A notícia foi efusivamente divulgada pelos grandes veículos de comunicação como uma oportunidade às mulheres que "quiserem priorizar a carreira".

O artigo 373-A, IV, da CLT proíbe expressamente a exigência de atestados ou exames de qualquer natureza, para comprovação da esterilidade ou gravidez, na admissão ou permanência no cargo.

Objetivamente, uma política corporativa de congelamento de óvulos não contraria a legislação trabalhista. O aspecto aqui discutido diz respeito ao problema estrutural enfrentado no mercado de trabalho, e que pode e deve ser objeto de análise mais detida pelas autoridades. As empresas não podem adotar medidas que desestimulem a maternidade de suas empregadas, a pretexto de oferecerem garantias às mulheres que pretendam "priorizar a carreira". Neste caso, haveria grave risco de ingerência das empresas na vida pessoal e familiar de suas funcionárias. Sendo assim, o que seria uma alternativa para quem pretende priorizar a carreira pode vir a se tornar um mecanismo de abuso e controle excessivo.

A redação dada ao artigo 373-A, da CLT, busca resguardar a referida hipótese, como se observa. Portanto, ao proibir a utilização de critérios para contratação, demissão e promoção que façam referência ao sexo, idade, cor e vida familiar, a legislação visa evitar a referida ingerência das empresas em assuntos unicamente pessoais.

Há de se ressaltar, assim, que a oferta de congelamento de óvulos como benefício trabalhista contraria o mencionado princípio, e visa contornar, sem resolver, uma das maiores dificuldades enfrentadas pelas mulheres no mercado de trabalho. Ainda que se reconheça que estamos em uma economia capitalista, as empresas também têm obrigações para com a melhoria da sociedade, além do lucro, e devem implementar políticas verdadeiramente inclusivas, com respeito à igualdade de gênero, aos direitos reprodutivos e escolhas pessoais das mulheres.

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A Folha de S. Paulo, jornal brasileiro que no passado colaborou com a ditadura militar, saiu de vez do armário. Perdeu os escrúpulos e mostra sem medo sua face entreguista. Mas nunca se sabe qual é a verdadeira emboscada atrás da provocação até que ela aconteça. O editorial “O que a Folha pensa: Privatizar Petrobras, Caixa e Banco do Brasil" pode tanto antecipar uma campanha publicitária ideológica, para impor a agenda da elite econômica ao Congresso Nacional como pode ser um truque diversionista de algo pior que está por vir, pior até mesmo que a apologia à entrega do patrimônio público ao capital transnacional.

Limitando-se a decompor o editorial, percebemos que o jornal do clã Frias, para sustentar sua narrativa, recorre a retóricas e reforça anacrônicos estereótipos, uma ideia fixa e simplificada sobre as estatais, longe de corresponder à realidade.

O primeiro parágrafo já traz uma inconsistência. A visão otimista da Folha de que o programa de privatização nos governos neoliberais quebrou tabus e preconceitos não se sustenta quando analisamos os fatos e as evidências disponíveis. As privatizações não conseguiram resolver problemas econômicos estruturais do país e não foram suficientes para estabilizar a economia ou evitar o endividamento crescente. A desestatização de lesa-pátria do governo de Fernando Henrique Cardoso arrecadou cerca de 78,61 bilhões de dólares, mas a dívida pública aumentou de 60 bilhões de dólares em 1994 para 245 bilhões em 1998.

As privatizações resultaram em um aumento do controle estrangeiro sobre setores estratégicos, como telecomunicações e energia, estrangulando a soberania econômica do Brasil. Além disso, os benefícios econômicos das privatizações se concentraram em uma pequena elite, exacerbando as desigualdades sociais e econômicas existentes.

A promessa de que a privatização melhoraria a qualidade dos serviços não se concretizou. No setor de telecomunicações, os consumidores enfrentam tarifas altas e serviços de baixa qualidade, especialmente em áreas rurais, onde a operação é menos lucrativa.

Desmentindo a Folha, pesquisas de opinião do Datafolha, do Grupo Folha, realizadas em 2019 indicaram que dois terços dos brasileiros eram contrários à privatização de serviços públicos. Outra, de 2023, motrou que mais de 50% dos entrevistados eram contra a privatização de estatais, como Petrobras e bancos públicos, revelando que a percepção geral era de que as privatizações pioraram os serviços prestados à população em setores como telefonia, energia elétrica e água. Essa rejeição não é apenas partidária ou ideológica, mas reflete preocupações reais sobre a qualidade e acessibilidade dos serviços.

As implicações negativas das privatizações no auge dos governos neoliberais no Brasil desmentem, ainda, o ufanismo enganoso do editorial. Casos como as tragédias de Brumadinho e Mariana, envolvendo a Vale, por exemplo, destacam a falta de responsabilidade socioambiental em empresas privatizadas. A busca alucinada por lucros incessantes comprometeu a segurança e o bem-estar das comunidades locais. Sem contar os benefícios fiscais da ordem de R$ 26 bilhões que a Vale recebe todo ano, montante acumulado que paga e sobra o que foi gasto na sua compra.

Já a Embraer, outro exemplo de empresa privatizada percebida como bem-sucedida, segundo a Folha, recebe incentivos e injeções de recursos públicos desde que foi desestatizada. Nos últimos 26 anos, a empresa acumulou financiamentos públicos que somam cerca de 25,6 bilhões de dólares. Ou seja, as gigantes privatizadas continuam dependendo do Estado para crescer. A diferença está que, antes, o lucro do dinheiro público investido nas outrora estatais revertia para o Tesouro Nacional e o povo brasileiro, agora fica nas mãos de poucos magnatas. ​

Em outras palavras, as teses “catastróficas” sobre as privatizações, do ponto de vista do interesse do povo brasileiro, se confirmaram. As desconfianças em relação às privatizações continuam válidas, ao contrário do diz a Folha, que continua à vontade para mentir impunemente (por isso sua guerra santa contra o inquérito das fake news do ministro Alexandre de Morais).

Sem se enrubescer, o jornal desinforma quando afirma que as estatais, como a Petrobras, são ineficientes. Muito longe disso. Historicamente, a empresa tem sido uma das mais lucrativas da América Latina, com um histórico de valorização significativa na bolsa, o que justifica expressiva alta de suas ações em quase 8%, no dia 26 de agosto.

Além disso, a Petrobras é líder em inovação no setor de petróleo, com investimentos robustos em pesquisa e desenvolvimento, focados na transição energética e descarbonização. Isso demonstra seu papel como uma empresa inovadora e estratégica para a soberania nacional, garantindo a autossuficiência em petróleo. A defesa da privatização da petroleira pela Folha reflete, na verdade, descontentamento de concorrentes da estatal que se sentem prejudicados pela força da Petrobras.

Invocar as agências reguladoras como se fossem uma panaceia para proteger a sociedade e os consumidores é outra balela. Não vivemos na Noruega, e sabemos o quão forte é a influência das grandes corporações de setores estratégicos sobre os reguladores, que agem mais para desregular e desembaraçar do que para normatizar e fiscalizar, a fim de beneficiar empresas privadas em detrimento dos consumidores e do meio ambiente.

Isso é evidente nos setores de telecomunicações e mineração. Sem a prometida e saudável concorrência, as operadoras e as mineradoras construíram um oligopólio privado. As poucas empresas do setor de telefonia, por exemplo, formaram um cartel para combinar preços, sem chances para o consumidor.

Das estatais, a única que foi preservada da verborragia da família Frias foi a Embrapa. O jornal a trata, dissimuladamente, como a joia do interesse público. Não é do interesse público, mas do agronegócio, que lucra bilhões graças ao trabalho duro do instituto de pesquisa agropecuária.

Na campanha difamatória, o jornal acusa, sem provas, a petroleira e os bancos públicos de má gestão, apesar de reportarem ano após ano lucros e distribuírem dividendos bilionários aos acionistas. Ao mesmo tempo, sugere que essas empresas estariam em melhores mãos da iniciativa privada, ancorando-se na falácia da eficiência e da competitividade dos empreendedores particulares, entendidas erroneamente como “ágeis e inovadoras para responder à pressão do mercado e à necessidade de gerar lucro”.

Não é bem isso que testemunhamos recorrentemente no Brasil. O que dizer das fraudes bilionárias, má gestão e falta de governança, além da péssima prestação de serviço, em inúmeras gigantes corporativas, como a Americanas, a IRB Brasil Resseguros, a Enel, a Light, a Oi, para citar algumas?

A privatizada Eletrobras, por exemplo, está agora sob o comando de um executivo de ética questionável, Ivan Monteiro, um dos acusados de fraude contábil no IRB Brasil de cujo Conselho de Administração foi presidente até 2020. É esse tipo de gente, com ficha corrida, que a Folha pensa ser a melhor gestora para empresas, como a Petrobras e Caixa Econômica.

Por conta de todos esses contra-argumentos, é mais do que natural deduzirmos, que se a Folha é capaz de mentir descaradamente em seu editorial, os conteúdos não apenas opinativos, mas também os informativos, estão sob suspeita. Não seria demais inferir que até as reportagens estariam servindo de apoio à guerra desinformativa e aos propósitos pouco republicanos do jornal. Em poucas palavras, concluímos que o que a Folha publica não é definitivamente confiável.

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A direção da Confederação Geral do Trabalho (CGT) da Argentina emitiu um comunicado na noite de quarta-feira (28) em repúdio à violência policial sofrida por aposentados durante o protesto ocorrido no mesmo dia.

Aposentados reuniram-se em frente ao Congresso Nacional para afirmar sua posição contra o anúncio de veto do presidente do país à reforma dos valores de aposentadoria. Após serem empurrados, eles foram atingidos com gás lacrimogênio e bastões de polícia.

A CGT, maior confederação sindical do país, qualificou a violência da Polícia Federal como vergonhosa e rechaçou formalmente o anúncio de veto de Javier Milei à reforma na aposentadoria.

"Como se o iminente veto do presidente Javier Milei à reforma na aposentadoria que melhoraria suas rendas fosse pouco, assistimos novamente um ataque a nossos aposentados e aposentadas que, depois de uma vida inteira de trabalho, merecem, sem dúvida, um tratamento diferente daquele que este governo, com Milei pressionando e [Patricia] Bullrich reprimindo, está dando para eles”, declarou a nota.

Desde a aprovação da Lei de Bases em junho, reforma econômica ultraliberal que resultou em precarização das leis trabalhistas, a CGT rompeu diálogo com o governo e, até então, não havia se pronunciado sobre o anúncio de veto do presidente.

No último dia 22 de agosto, o Senado argentino aprovou, por ampla maioria, a reforma dos valores da aposentadoria do país, sendo uma das três derrotas sofridas pelo governo ultraliberal do presidente Javier Milei na última semana.

A aprovação ocorreu por 61 votos a favor e apenas oito contra e já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados. O reajuste pretende conter a perda causada pela inflação ao atualizar mensalmente o valor com base em dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). Além disso, também prevê incorporar uma quantia extra de 8,1% para compensar a perda dos primeiros quatro meses do mandato de Milei.

No entanto, Milei já havia dito que, se aprovada, a medida seria vetada por ele, reforçando o pacote ultraliberal de corte de gastos sociais do governo, que vem gerando uma profunda crise, tanto econômica como social.

Atividade econômica segue caindo

A crise econômica no país segue aparecendo nos indicadores econômicos. Segundo o Índice Geral de Atividades (IGA) da consultora Orlando J. Ferres e Associados, a atividade econômica caiu 3% em julho, acumulando um retrocesso de 8% desde dezembro de 2023. Em junho, a queda foi de 4,5%.

Ainda segundo o relatório, os setores com melhores indicadores de crescimento derivam de grandes indústrias e extrativistas. A mineração terminou o mês com um aumento de 9% em relação a julho de 2023. Agricultura, pecuária, caça e silvicultura também tiveram um aumento de 6,3% em relação ao mesmo mês do ano passado.

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O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta sexta-feira (30) recurso da Starlink para derrubar a decisão do ministro Alexandre de Moraes que determinou o bloqueio das contas bancárias da empresa, que pertence ao bilionário Elon Musk e atua na área de internet via satélite no Brasil.

Na decisão, o ministro entendeu que o mandado de segurança, tipo de processo protocolado pela empresa, não pode ser usado para contestar decisão de outro ministro da Corte.

"Posto isso, tendo em vista os diversos julgados do Supremo Tribunal Federal a respeito do cabimento de mandado de segurança contra atos jurisdicionais, nego seguimento ao presente writ [decisão]", afirmou.

Moraes determinou o bloqueio para garantir o pagamento de multas de R$ 18 milhões pelo descumprimento de decisões sobre o bloqueio de perfis de investigados pela Corte na rede social X, que também pertence a Musk.

A decisão veio à tona após Alexandre de Moraes determinar nesta quarta-feira (28) que Elon Musk indicasse, no prazo de 24 horas, novo representante legal do X no Brasil. O prazo venceu ontem, a decisão não foi cumprida e a rede foi suspensa nesta sexta-feira (30).

Alexandre de Moraes também determinou a aplicação de multa diária de R$ 50 mil para pessoas físicas e jurídicas que utilizarem uma VPN (Virtual Private Network), uma espécie de rede privada utilizada na internet para escapar de restrições a sites suspensos.

Em nota, o X declarou que não vai cumprir as "decisões ilegais" do ministro. De acordo com a plataforma, as decisões têm objetivo de "censurar os opositores políticos" de Moraes.

Musk também usou sua conta no X para debochar da decisão do ministro do STF que o intimou pela plataforma e publicou uma imagem gerada por inteligência artificial para comparar Moraes com vilões das séries Harry Potter e Star Wars.

'Sem comntários'

A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil informou que está monitorando a situação envolvendo a plataforma X no Brasil. A rede social teve seu funcionamento suspenso em território nacional, nesta sexta-feira (30), por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A medida foi tomada após o fim do prazo de 24 horas dado pelo ministro ao bilionário Elon Musk, dono da rede social, para indicar um representante legal no Brasil. O prazo terminou às 20h07 desta quinta-feira (29).

Em nota a jornalistas, a embaixada confirmou que acompanha o caso e fez menção à liberdade de expressão. "A Embaixada dos EUA está monitorando a situação entre o Supremo Tribunal Federal e a plataforma X. Ressaltamos que a liberdade de expressão é um pilar fundamental em uma democracia saudável. Por política interna, não comentamos decisões de tribunais ou disputas legais", informou, por meio de sua assessoria de imprensa.

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Na última quarta (28), indígenas na retomada Yvy Ajerê se depararam com a água do rio preta e os animais mortos - Gabriela Moncau Em uma mão, o arco, a flecha e o mbaraká (instrumento sagrado). Na outra, uma garrafa com a água do rio, recém envenenada. Foi assim que Genivaldo*, jovem guerreiro Guarani Kaiowá da Terra Indígena (TI) Panambi Lagoa-Rica, falou para a comitiva de juristas, indigenistas, membros de entidades de defesa dos direitos humanos e do governo federal que visitou a comunidade em Douradina (MS) na quinta-feira (30).

Por intermédio da Articulação dos Povos

Indígenas do Brasil (Apib), representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH), Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Instituto Socioambiental (ISA), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Defensoria Pública, ONG Conectas Direitos Humanos e Associação Brasileira de Juízes pela a Democracia (ABJD) passaram uma manhã na retomada Yvy Ajerê.

Além da denúncia de que o rio foi contaminado propositalmente, a comunidade pediu que as autoridades encaminhem a água para uma análise técnica. Querem saber quais produtos fizeram morrer os peixes e adoecer ao menos duas crianças e um homem.

Esta foi uma das demandas emergenciais apresentadas pelos Guarani Kaiowá para enfrentar o cenário de violência e tensão que vivem desde que, em 13 de julho, retomaram três das sete áreas ocupadas por eles na TI Panambi Lagoa-Rica. Sobreposto por fazendas, o território já foi delimitado e reconhecido pela Funai em 2011, mas está desde então com o processo demarcatório parado.

Acampamento de fazendeiros

Os Kaiowá reivindicam também que seja desmontado o acampamento de fazendeiros na retomada Yvy Ajerê. Ali, homens e caminhonetes ficam dia e noite, a poucos metros da comunidade indígena.

O acampamento foi montado já no 14 de julho, horas depois de o terreno ser retomado. Neste mesmo dia o primeiro indígena foi baleado por pistoleiros. Atingiram a sua perna. No último 3 de agosto outro ataque feriu 10 pessoas - dois gravemente, alvejados na cabeça e pescoço.

"Aqui está nosso companheiro", disse Samuel*, liderança Guarani Kaiowá, ao lado de um jovem sentado na cadeira, com a marca da bala que entrou na cabeça e segue, até agora, alojada no seu cérebro. "Como eu, ele vai ficar com uma sequela", seguiu Samuel, que é sobrevivente do Massacre de Caarapó, ocorrido em 2016. "E as pessoas que fizeram isso com ele estão aí, na porta ali. Intimidando nosso povo", ergueu o braço, apontando para o acampamento de onde, a curta distância, homens observavam a reunião.

Anderson Santos, assessor jurídico do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), lembrou que os indígenas já foram à Brasília algumas vezes deste que a tensão na região escalou.

"Visitamos o Ministério da Justiça, o MPI, dialogamos com a presidência da República - e não tivemos resposta. Por que um acampamento de fazendeiros, com pessoas armadas que se reúnem em grupo há quase dois meses, inclusive com armas de uso restrito da polícia como é o caso das de bala de borracha, podem se manter, atacando as pessoas como estão vendo aqui?", questionou o advogado para a comitiva.

"Ataques ocorreram quando a Força Nacional já estava em território indígena. Ou seja, na presença do Estado brasileiro. E nada é feito. Onde está a legalidade da manutenção deste acampamento?", reforçou o advogado do Cimi.

Os Guarani Kaiowá também pedem providências para suspender a última decisão judicial envolvendo a disputa deste território. No último (24), o juiz Rubens Petrucci Junior determinou que os indígenas saiam de uma das retomadas, a Guaaroka, sobre a qual está a Fazenda São José Dias, e sejam confinados em 17,7 hectares que ficam em uma área já ocupada por eles.

A decisão do desembargador prevê, ainda, que barracos fora do perímetro estabelecido sejam destruídos por forças policiais, que lideranças indígenas e apoiadores que visitem o local sejam identificados e revistados. A desobediência seria passível de multa e detenção. A determinação não está valendo ainda, pois a comunidade não foi intimada. Os indígenas pressionam para que a procuradoria da Funai entre com recurso e pedem atuação do Conselho Nacional de Justiça.

"Nós nascemos da terra"

"Muitos me perguntam 'por que você usa óculos?'", relatou Genivaldo para a comitiva. "Por causa do veneno. Quando eu era criança e o avião passava eu olhava para cima, porque eu não sabia", disse, ao levantar a água contaminada recém colhida.

"Chega de sangue indígena ser derramado por aqui. Chega de sermos tirados dos nossos territórios. Olhem para nós, não esqueçam de nós. Porque nós estamos aqui", declarou o jovem Kaiowá. "Passando fome, tomando água envenenada, frio, chuva. Não estamos aqui pela fazenda, pelo gado. Estamos aqui pela terra. Porque a terra pertence a nós. Nós nascemos da terra", completou.

Encaminhamentos da comitiva

Ao Brasil de Fato, a assessoria da Apib informou que vai apresentar uma representação contra os deputados federais Rodolfo Nogueira (PL-MS) e Marcos Pollon (PL-MS), por apoiar o acampamento de fazendeiros e, no entendimento da organização indígena, incitar os ataques.

Os integrantes do CNJ ficaram responsáveis por organizar os relatos colhidos e, por meio do Fonepi (fórum nacional do Poder Judiciário para monitoramento de demandas dos povos indígenas), elaborar recomendações para órgãos e instâncias governamentais.

Na sexta-feira (30), a comitiva se reuniu com o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), em Campo Grande. Segundo a Apib, foi aventada a possibilidade de fornecimento de água em caráter emergencial para a comunidade indígena.

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O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), mandou suspender, nesta sexta-feira (30), o funcionamento da rede social X no Brasil. A empresa não respondeu à intimação do ministro para indicar em 24 horas um representante no país para se manifestar sobre as ordens judiciais.

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O ministro do STF Alexandre de Moraes publicou na noite desta quarta (28) uma intimação em que dá 24 horas para que o dono do X (ex-Twitter), o bilionário Elon Musk, aponte um representante no Brasil, ou suspenderá a rede social no país.

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Organização apresentou proposta de ações e metas para o enfrentamento das mudanças no clima.

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