Filosofia

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Filosofia (do grego Φιλοσοφία, philosophia, literalmente "amor pela sabedoria") é o estudo de questões gerais e fundamentais sobre a existência, conhecimento, valores, razão, mente, e linguagem.

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Rússia x Europa (self.filosofia)
submitted 3 months ago by obbeel to c/filosofia
 
 

A cultura da Rússia é profundamente europeia. Vocês acreditam que haverá uma divisão entre a Rússia e a Europa com o aprodundamento dos laços entre os BRICS e a separação de Rússia x OTAN, representada na Guerra da Ucrânia?

Várias multinacionais já foram fechadas na Rússia, a Rússia foi impedida de participar das Olimpíadas.

Até onde vocês acham que vai isso? É sinal de uma separação mais profunda?

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Esse mês vamos ler o texto Cosmotécnica como Cosmopolítica do filósofo chinês Yuk Hui, no Grupo de Filosofia do Nautilus! A discussão vai rolar aqui no Lemmy mesmo e no Discord do Nautilus, dia 23 vamos fazer uma call para conversar sobre o ensaio.

Informações, discussão e link pro texto no post original na comunidade do Nautilus: https://lemmy.eco.br/post/3608117

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#aceleracionismo #Kant #FangedNoumena #NickLand

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Os historiadores Intelectuais escrevem frequentemente como se todas as ideias importantes numa determinada época pudessem ser atribuídas a um ou outro indivíduo extraordinário, seja Platão, Confúcio, Adam Smith ou Karl Marx - em vez de verem os escritos desses autores como intervenções particularmente brilhantes em debates que já estavam Contecendo em tavernas, jantares ou jardins públicos e grupos de leituras e debates, mas que de outra forma nunca teriam sido escritas. É como fingir que William Shakespeare de alguma forma inventou a língua inglesa. Na verdade, muitas das frases mais brilhantes de Shakespeare eram expressões comuns de sua época, que qualquer homem ou mulher elisabetano provavelmente teria incluído em uma conversa casual, e cujos autores permanecem tão obscuros quanto os da brincadeira de Knock-Knock. Mesmo que, se não fosse por Shakespeare, elas provavelmente já tivessem caído em desuso e sido esquecidas há muito tempo.

Fonte: The Dawn of Everything por David Greaber e David Wengrow.

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Hoje ou li uma pessoa falar sobre "exercer nossa habilidade em receber quando o mundo é deficiente em sua habilidade de entregar" . Que significa literalmente aprender a houvir, mas sem esperar obter algo determinadamente verdadeiro ou falso.

Informação se ganha de forma instantânea mas informação é apenas data, não é conhecimento. Conhecimento se ganha com o tempo, em que obtemos experiências e aprendizado para melhor entender as informações que temos e relações entre elas.

Nem todo mundo compartilha informação ou opinião com o objetivo de convencer todos que estejam ouvindo. As vezes a pessoa só que compartilhar um ponto de vista para tornar demais pessoas consciente do tal ponto de vista.

Quando a pessoa tem informação mas com a conciencia que tal informação é apenas o que ela sabe até então, e não uma verdade universal inquestionável, ela não está preocupada em fazer que todo mundo acredite nela. Ela está mais interessada em simplesmente em compartilhar uma perspectiva. E tal perspectiva não precisa ser comprovada inquestionavelmente verdadeira ou falsa no momento. O tempo, o ganho de novas informações, perspectivas e experiências de vida no futuro, irá provavelmente uma hora confirmar o quanto correto ou não é uma perspectiva ou informação.

Dias atrás eu postei uma informação que alguém contestou. Eu não estava querendo bater boca, eu simplesmente respomdi com links com informações a respeito do que eu havia dito para quem quisesse se informar. Mas eu fui cobrado de que se eu quisesse falar algo "controversal" eu teria que ser mais persuasivo. E eu não me importaria em tentar apresentar mais informações para quem quisesse saber mais e então formar suas opiniões. Mas eu não queria ter que ficar batendo boca com alguém dedicado a querer negar a informação.

Em outras palavras, eu não queria ter que ficar dando prova para alguém que estava decidido a negar elas. E nem convencer os demais que eu estava certo. Mas também eu não queria ser um entretenimento para as pessoas que preferem ler tretas e divergências na Internet no lugar de simplesmente se informar com os especialistas tratando a respeito no link que providenciei.

Além do mais, tem coisas que a gente simplesmente sabe, mas não sabe explicar ou não sabe ser convincente. E isso não deveria impedir ninguém em compartilhar um ponto de vista, desde que não esteja tentar forçar tal ponto de vista nos demais.

Hoje eu li algo semelhante. Em outra plataforma. Uma mulher disse que não existe pessoas más, mas somente más ações. Uma outra pessoa disse que não se importaria em ouvir o que ela tinha a dizer mas exigiu que ela fosse mais convincente. A mulher então explicou que ela não sabia ser mais convincente. Ela é religiosa e parte do ponto de vista religioso. Já eu não sou religioso. No entanto eu me interesso e leio bastante sobre psicologia, biologia comportacional, neurociência e sociologia. Eu acho que eu entendo um pouco o que ela disse por causa de tais interesses meus, mas eu também não sabia explicar.

No entanto ambas as partes foram maduras o suficiente para se respeitarem. Não ficarem competido sobre quem estava certo, ou exigindo provas. Eles entenderem que o que a mulher disse era uma perspectiva que contém um conhecimento mas que ela entendia de forma mais intuitiva e metafísica do que com evidências materiais e razões verbais.

Mas o que eu achei interessante é que ela estava falando sobre não haver pessoas más mas sim más ações. E a pessoa que disse estar disposta a ouvir entendeu que seria uma violência (uma má ação) em iniciar um confronto e atrito com alguém por causa de supostas verdades instantâneas.

Muitas das grandes verdades que transformaram o mundo vieram de intuições que as pessoas não sabiam como provar em suas épocas e techlonologias mas que foram provadas no futuro. Toda filosofia de Spinoza é em volta de um conhecimento intuitivo metafísico que centenas de anos depois a ciência biológica confirmou, chamando de Homeositasis. Como também Einstein, que primeiro fazia suas descobertas apenas usando a intuição de sua imaginação, para depois tentar confirmar com a matemática e mais tarde, quando possível, tentar comprovar com observações visuais no mundo material.

E a gente, ateus, podemos rir de religiosos mas muito dos ensinamentos que eles seguem, ditos serem de Jesus, tem muito a ver com o que a psicologia e biologia comportacional confirmam.

Um cara que era baladeiro na juventude se tornou evangélico e passou a ser professor bíblico em sua igreja. Eu uma vez perguntei a ele se ele se odiava pelo o que ele fez na juventude, já que agora ele era religioso condenando tais ações. Ele sabiamente respondeu "Eu me odiava naquela época, hoje eu não me odeio mais pq Jesus me fez me aceitar" . Ele usou uma linguagem religiosa e ele não sabia explicar pq ele estava correto, a não ser pq "Jesus ensinou". Mas o que ele disse é um conhecimento muito coerente para a psicologia.

Mas só foi possível para eu enxergar isso pq eu, como ateu, não tentei negar o que ele disse por ser coisa religiosa. Por outro lado também não aceitei como verdade absoluta por causa da minha infância católica. Eu simplesmente busquei entender a perspectiva dele, e após ter conhecimento dessa perspectiva eu pude pensar sobre ela em relação com demais coisas que aprendi sobre demais áreas, e vi tempo depois que o que ele disse foi exatamente o que a psicologia diz: "O ódio é uma frustração que a pessoa tem consigo mesma" e uma das maiores frustrações que temos hoje em dia é não nos sentirmos pertencidos. Quando alguém diz que foi salva por Jesus, ela está conscientemente ou não dizendo que a igreja aceitou ela por quem ela é e assim ela se sentiu amada, e então pertencida, deixando de se odiar (não estando mais frustrada consigo mesma).

Atenção é uma das coisas mais benevolentes que podemos dar às demais pessoas. E saber ouvir sem negar ou exigir provas, mas simplesmente ouvir e aceitar a pessoa por quem ela é, nos estamos deixado de praticar a agressão que tornam tantas pessoas frustradas na Internet; o ambiente que chamamos de tóxico.

Em um mundo que é deficiente em sua habilidade de entregar é importante exercer nossa habilidade em receber. Vamos proteger uns aos outros de nossas más ações.

Márcio Faustino Santos.

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Entre percepções. (self.filosofia)
submitted 1 year ago by ThorCroix to c/filosofia
 
 

A velocidade de um filme de cinema é de 25 fotogramas por segundo. Sabe Deus quantos fotogramas por segundo passam na nossa perceção quotidiana.

Mas é como se, nos breves momentos de que estou a falar, de repente e desconcertantemente víssemos entre dois fotogramas. Deparamo-nos com uma parte do visível que não estava destinada a nós. Talvez estivesse destinada aos pássaros noturnos, às renas, aos furões, às enguias, às baleias.

A nossa ordem visível habitual não é a única: coexiste com outras ordens. As histórias de fadas, de duendes, de ogres, foram uma tentativa humana de se conformar com essa coexistência. Os caçadores estão continuamente conscientes dessa coexistência e, por isso, podem ler os sinais que descobrem o hábito dos interstícios se esconderem por detrás de coisas diferentes, que não vemos.

As crianças sentem-no intuitivamente, pq elas tem o hábito de se esconderem atrás das coisas e observar. Lá elas descobrem os intercítios das diferentes palhetas do visível.

Os cães, com as suas pernas que correm, os seus narizes apurados e a sua memória desenvolvida para os sons, são os especialistas naturais desses interstícios. Os seus olhos, cuja mensagem nos confunde muitas vezes por ser urgente e muda, estão sintonizados tanto com a ordem humana como com outras ordens visíveis.

John Berger.

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Vivemos o nosso quotidiano numa troca constante com os fenómenos diários que nos rodeiam - que muitas vezes são muito familiares, outras vezes são inesperados e novos, mas em todo caso essas trocas confirmam sempre a nos mesmos na nossa vida. Mesmo quando são ameaçadores: a visão de uma casa em chamas ou de um homem que se aproxima de nós com uma faca entre os dentes, continua a nos lembrar (com força) a nossa vida, a sua vida e o seu significado. O que vemos habitualmente sempre nos confirma.

– da obra The Shape of a Pocket por John Berger.

E não seria a vida essa constante auto confirmação?