NoahLoren

joined 1 year ago
MODERATOR OF
 

O homem preso pelo assassinato do presidente-executivo da maior seguradora de saúde dos Estados Unidos, Brian Thompson, em frente a um hotel de luxo de Nova York, exibia nas redes sociais a imagem de um raio-x da coluna, fixada por pinos. Luigi Mangione, de 26 anos, sofreu com dores nas costas e precisou passar por uma procedimento cirúrgico para tratá-la, de acordo com relatos de amigos e outras postagens nas redes sociais. A polícia investiga a motivação do assassinato do CEO, atribuído a a Mangione, com quem foi encontrado um manifesto contra empresas de saúde.

A rede americana CNN relata que, por volta de 2022, Mangione se mudou para o Havaí e passou a morar com R.J. Martin, em Honolulu. O ex-colega de residência do suspeito afirmou à imprensa que Mangione, certa vez, participou de uma aula de surfe e ficou "de cama por cerca de uma semana", após a atividade, com dores nas costas.

— Foi realmente traumático e difícil, sabe, quando você está na casa dos vinte e poucos anos e não consegue fazer algumas coisas básicas — lembrou Martin.

Martin afirma que costumava conversar sobre capitalismo e o sistema de saúde com Mangione, mas que nunca havia notado no colega qualquer tendência violenta. Martin ressalta que depois perdeu contato com o ex-roomate, mas voltou a falar com ele no início deste ano. Na ocasião, Mangione contou ter passado por uma cirurgia nas costas e enviou uma foto do raio-x da coluna.

— Parecia hediondo, com parafusos gigantes entrando em sua coluna — disse à CNN.

Foto semelhante estava publicada na capa do perfil do suspeito na plataforma X, tirada do ar após a prisão dele, nesta segunda-feira. Luigi Mangione foi acusado de homicídio, além de três violações da lei relacionadas a armas de fogo e falsificação, de acordo com documentos judiciais online citados pelo New York Times e pela CNN.

Nesta terça-feira, a família de Luigi Mangione se manifestou sobre a prisão dele. Por meio de postagem na rede social de Nino Mangione, o clã disse ter descoberto informações do caso pela imprensa e se disse "devastado".

"Nossa família está chocada e devastada pela prisão de Luigi", afirma a nota. "Oferecemos nossas orações à família de Brian Thompson e pedimos que as pessoas orem por todos os envolvidos".

Morte de CEO

Mangione foi preso pela polícia da Pensilvânia, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira, com uma arma semelhante à utilizada no assassinato do CEO da seguradora de saúde UnitedHealthcare. Brian Thompson foi morto na última quarta-feira em Nova York. O suspeito foi identificado a partir de uma dica de alguém que o viu por volta das 9h15 da manhã em um restaurante McDonald's em Altoona, disse uma das autoridades.

Ele mostrou à polícia a mesma identificação falsa de Nova Jersey que o atirador apresentou quando fez check-in em um albergue no Upper West Side de Manhattan em 24 de novembro. Além disso, tinha uma arma, um silenciador e mais carteiras de identidade falsas.

O homem estava com uma arma como a usada no tiroteio, chamada de arma fantasma, montada a partir de peças compradas online. O suspeito está sob custódia por acusações locais, disse um oficial, possivelmente relacionadas à apresentação da identificação falsa à polícia.

Ele não foi preso ou acusado em conexão com o assassinato. Investigadores da polícia de Nova York estão viajando para Altoona. A polícia estava procurando o atirador desde o ataque de quarta-feira de manhã ao executivo Brian Thompson, do lado de fora de um hotel em Midtown. Eles acreditam que o assassino deixou Nova York de ônibus logo depois.

O suspeito agora sob custódia chegou a Altoona, no oeste da Pensilvânia, em um ônibus Greyhound. Acredita-se também que o assassino do Sr. Thompson tenha pegado o transporte quando chegou à cidade de Nova York dez dias antes do tiroteio.

As autoridades policiais solicitaram a lista de passageiros do ônibus Greyhound para verificar se algum nome corresponde a algum dos documentos de identificação falsos que o homem detido no McDonald's estava portando. O assassinato desencadeou uma caçada humana que se estendeu muito além da cidade de Nova York e atraiu dias de atenção nacional.

Suspeito detido foi encontrado com manifesto

O manifesto escrito à mão encontrado com o homem detido em Altoona criticava as empresas de saúde por priorizarem os lucros em detrimento do cuidado, de acordo com um alto funcionário da polícia.

Como aconteceu o crime?

O atirador chegou a Nova York em 24 de novembro e, dez dias depois, abriu fogo contra Thompson fora da conferência anual de investidores de sua empresa, realizada em um hotel próximo ao Radio City Music Hall e ao Rockefeller Center.

De acordo com o chefe dos detetives, o suspeito desembarcou de um ônibus que saiu de Atlanta e fez várias paradas no trajeto, embora a polícia não tenha informado onde ele embarcou. Apesar de os investigadores possuírem uma lista de passageiros, nenhum deles foi obrigado a apresentar um documento de identidade ao subir no veículo. As autoridades acreditam que o suspeito usou um documento falso e estão tentando obter informações de um celular encontrado no caminho que ele usou para fugir.

Imagens divulgadas

Durante a caçada pelo suspeito, a polícia americana divulgou duas novas imagens do homem.Os novos registros foram captados de dentro de um carro. Numa delas, o suspeito aparece no banco de trás de um táxi, com moletom, capuz e máscara facial.

Já na segunda, ele surge fora do veículo, também com o rosto coberto. As imagens foram divulgadas depois de a imprensa americana reportar que investigadores recolheram uma mochila perto do local do crime e encontraram nela uma jaqueta da marca Tommy Hilfiger e notas de dinheiro do jogo de tabuleiro Banco Imobiliário.

O FBI oferecia uma recompensa de US$ 50 mil (mais de R$ 300 mil) por informações sobre o suspeito. No sábado, o prefeito de Nova York, Eric Adams, afirmou que "a rede está se fechando" em torno do atirador.

[–] NoahLoren 2 points 2 days ago

Pastagem, soja e cana-de-açúcar. A base da alimentação da população brasileira. Tenho certeza que a carne vermelha deve estar a um preço super acessível hoje em dia.

[–] NoahLoren 2 points 5 days ago

Espero que o Anime Fire - site que exibe animes - ainda esteja ativo quando isso acontecer.

[–] NoahLoren 1 points 5 days ago

Me parece uma nova maneira de se referir a Argentina.

[–] NoahLoren 2 points 5 days ago (1 children)

Por que ninguém me avisou que já podíamos começar a comer panetone!?

[–] NoahLoren 3 points 5 days ago* (last edited 5 days ago) (1 children)

Concordo. Por isso eu acho interessante utilizar as tecnologias dos povos originários como referência para o movimento solarpunk. E colocar seu estilo de vida em harmonia com a natureza em contraste com o capitalismo selvagem.

Uma vertente deste movimento que me interessa bastante é o amazofuturismo porque em um de seus pilares está o fato de que as obras deste gênero devem apresentar o ponto de vista dos povos originários amazônicos:

Amazofuturismo.com.br

Minha única crítica é a respeito desta ideia de cidades tecnologicamente avançadas na América Pré-Colonização inspirada em mitos como El Dourado.

Pois na realidade material já temos exemplos de cidades assim como Machu Picchu, Copan e Kuzco - Mas nenhuma destas foi construída por um povo amazônico, o amazofuturismo foca neles em específico. Existem exemplos de construções assim na Amazônia, mas li pouco a respeito delas.

Os arqueólogos já identificaram até o momento 48 ilhas artificiais construídas por indígenas na Amazônia antes da chegada dos europeus ao Brasil.

G1 - Arqueólogos identificam 48 ilhas construídas por indígenas na Amazônia da Era Pré-Colonia

[–] NoahLoren 3 points 5 days ago

Sim, principalmente porque eles mandaram destruir a maioria dos documentos que comprovavam a participação de algumas famílias e pessoas com o comércio de escravos - O escritor Ruy Barbosa foi um dos que mandou destruir registros dessa natureza - Isso também dificulta muito traçar a árvore genealógica dos escravisados, hoje em dia acho que a única forma de fazer isso é através de exames de DNA. A reprodução sistemática também fez com que em algumas regiões houvesse grande concentração de sujeitos aparentados, o que é um problema porque endogamia pode continuar facilitando o nascimento de crianças com problemas genéticos durante muitas gerações. Como se não bastasse, muitos desses descendentes de escravocratas não pensam muito diferente de seus ancestrais.

[–] NoahLoren 3 points 5 days ago

Empresas privadas nos espionam e censuram o tempo todo.

E a maioria das pessoas estranhamente aceita isso sem muitos questionamentos ou resistência.

No entanto eu acho improvável que o governo estadunidense já não soubesse disso. Se me lembro bem todas as empresas em solo estadunidense são obrigadas a colaborar com as autoridades em relação ao compartilhamento desse tipo de dados. É apenas uma hipótese.

 

Pelo menos seis autoridades que constam no levantamento da Agência Pública sobre descendentes de escravizadores na época dos períodos colonial e imperial brasileiros são integrantes de clãs familiares que, ainda hoje, controlam e influenciam politicamente suas regiões.

A governadora Raquel Lyra (PSDB-PE) e os senadores Cid Gomes (PSB-CE), Ciro Nogueira (PP-PI), Efraim Filho (União Brasil-PB), Tereza Cristina (PP-MS) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) vêm de famílias antigas com representantes na política local e nacional.

Nos baseamos em registros em cartórios, jornais e pesquisas acadêmicas que mostram que alguns dos antepassados de políticos de agora teriam sido proprietários de pessoas escravizadas – o que colaborou para o aumento de seus patrimônios.

Estas são as suas histórias.

Um dos episódios mais sombrios da história da escravidão brasileira, na visão do escritor Laurentino Gomes, que escreveu a trilogia Escravidão, teve lugar em uma fazenda de Remígio, cidade da região de Campina Grande, na Paraíba. Quem passa por ali, em meio aos pacatos campos típicos do semiárido, provavelmente não desconfia que as ruínas de mais de 200 anos hoje abertas a visitação abrigaram um sistema de reprodução sistemática de pessoas escravizadas para venda – como se fossem animais.

O dono da propriedade e responsável pelo comércio de pessoas é um antepassado de uma das famílias mais poderosas do estado, a Vital do Rêgo.

A história começa no início do século 19, quando o português Francisco Jorge Torres aportou no Brasil e deu início ao negócio de produção e venda de pessoas. Além da fazenda, ele construiu um casarão no centro de Areia, cidade vizinha, onde teria mantido uma senzala quase maior que a casa principal. Dos 19 quartos, 12 seriam de escravizados.

As mulheres escravizadas que moravam na propriedade eram obrigadas a dormir com alguns homens escravizados que eram “reprodutores escolhidos a dedo”, segundo o historiador Raimundo Melo em entrevista ao Bom Dia Paraíba. Elas ficavam grávidas e, quando estavam prestes a parir, eram levadas para a fazenda, onde havia a chamada “maternidade das negras”.

Lá, outras escravizadas mais velhas ajudavam no parto e nos cuidados com o bebê. As mães podiam ficar com os filhos apenas nos primeiros dias, depois eram levadas de volta para a cidade, onde tornavam a engravidar. Os bebês eram cuidados “para que crescessem fortes e depois fossem vendidos no comércio local”, continua Melo. Torres teria comercializado pelo menos uma centena de escravizados.

“Pelas leis da escravidão, cabia ao senhor o controle da reprodução física dos cativos, cujos filhos não lhes pertenciam. A própria sexualidade, portanto, estava sob domínio senhorial. Há notícias de recém-nascidos arrematados em leilões ou oferecidos em anúncios de jornais. No Brasil há pouca documentação sobre reprodução de escravos para venda, ao contrário dos Estados Unidos, onde essa prática é bem documentada”, disse o escritor Laurentino Gomes em um vídeo gravado quando estava visitando a fazenda em Remígio.

A pesquisadora Eleonora Félix encontrou alguns registros de cartório de transações relacionadas aos escravizados de Torres. Há a anotação da venda de um homem de 23 anos: “João, solteiro, foi vendido por Francisco Jorge Torres pelo preço de 620S000”. Isso daria aproximadamente R$ 91 mil em valores de hoje, de acordo com a conta utilizada por Laurentino Gomes no livro 1822, que considerou que uma libra esterlina valia cerca de 5 mil-réis.

O comerciante registrou também que “dera carta de liberdade à sua escrava Maria Angola”, em 1855, em “observância aos seus bons serviços”, mas com a condição de permanecer com ele enquanto ele vivesse. Com isso, Maria Angola ficou livre apenas um ano e meio depois, quando já tinha 50 anos de idade.

Em uma das salas do casarão de Torres em Areia, que hoje é aberto ao público, há uma homenagem com o nome das 18 pessoas escravizadas de Maria Franca Torres, filha do patriarca, que constavam em seu inventário, registrado em 1871. Os escravizados tinham entre 1 e 54 anos de idade. Seis eram crianças com menos de 10 anos.

O casarão exibe a reprodução de bilhetes de rifa cujo prêmio era a compra da alforria de escravizados. Pois Areia, apesar de abrigar o horror da “produção de escravos”, também foi uma das primeiras cidades brasileiras a ter um forte movimento abolicionista – tanto que libertou seus escravizados dias antes da promulgação da Lei Áurea, de 1888.

Torres foi o primeiro do ramo familiar que há séculos é um dos mais influentes da Paraíba. Ele é o quinto avô do hoje senador Veneziano Vital do Rêgo. Veneziano, por sua vez, é filho da ex-senadora Nilda Gondim e do ex-deputado Antônio Vital do Rêgo, irmão do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo Filho, neto do ex-governador Pedro Gondim e sobrinho-neto do ex-governador, ex-deputado federal e ex-senador Argemiro de Figueiredo.

O senador Cid Gomes e seu irmão Ciro Gomes, ex-ministro, ex-deputado e ex-presidenciável por quatro vezes, têm um histórico antigo com a cidade de Sobral, no Ceará – que hoje é presidida por outro irmão deles, Ivo Gomes.

Os três são filhos de José Euclides Ferreira Gomes Júnior, que foi prefeito de Sobral, e bisnetos de José Ferreira Gomes, o segundo prefeito do município. Ele, por sua vez, é irmão de Vicente Ferreira Gomes, o primeiro prefeito de Sobral. José Euclides Ferreira Gomes, o avô, foi deputado estadual.

A família também tem um histórico que estaria ligado à posse de escravizados. Há um registro em cartório do batizado de uma menininha que seria filha de uma escravizada de Cesário Ferreira Gomes, trisavô de Cid e Ciro. Além disso, um anúncio de jornal de 1854 fala sobre a fuga de um escravizado de Diogo Gomes Parente, outro trisavô.

“Ao abaixo assignado fugió de Sobral, um escravo mulato, de nome Delmiro, com os signaes seguintes: idade de 22 annos, estatura baixa, cheio de corpo, cabello crespo arruivascado, olhos grandes, sobrancelhas fechadas, nariz grosso e um tanto arrebitado, bocca regular, faltão-lhe dois dentes na frente, pouca barba, rosto redondo, pouco cabello no peito, pés grandes, tem uma pequena cicatriz no nariz, em um lado da cabeça tem uma grande brecha que o cabelo cobre, e várias cicatrizes nas costes”, diz o anúncio.

Procurado pela Agência Pública sobre o parentesco, Cid Gomes afirmou: “Abomino a escravidão. A humanidade nunca deveria ter feito isso na história. Um humano ser proprietário de outro humano atenta contra qualquer princípio humano, ético e moral. Isso é a coisa maior horrível que existe. Não faço a menor ideia se é meu trisavô e nunca soube disso.”

Raquel Lyra é filha de João Lyra Neto, ex-governador de Pernambuco – ele foi vice de Eduardo Campos e assumiu quando este se licenciou para concorrer à Presidência – e ex-prefeito de Caruaru. O avô também foi prefeito de Caruaru. O tio Fernando Lyra foi ministro da Justiça.

O poder da família é antigo: o capitão Manoel Monteiro Paes da Rocha Lira, sexto avô de Raquel, recebeu uma sesmaria (terra inexplorada para ser colonizada) da coroa portuguesa em 1816, na região de Recife. Desde então, seus descendentes são influentes na região.

José Soares da Silva Lyra, trisavô de Raquel, é descrito como escravista no livro História da Lagoa dos Gatos, do historiador João Pereira Callado. O autor cita que ele seria “dono de uma porção dessa desgraçada gente”, em referência aos escravizados. “Era daqueles bons senhores estimados. Depois da alforria, ficaram todos seus cativos consigo, numa honrosa demonstração de bom caráter”, continua o texto.

Em outro trecho do livro, o historiador diz que o quinto avô de Raquel, José Paes de Lira, foi “ajudado ainda pelo braço de seus numerosos cativos” na venda de algodão produzido em sua propriedade.

O pesquisador José Eduardo da Silva levantou que Paes de Lira seria dono de 23 pessoas, de acordo com o inventário deixado por ele em 1844 em Garanhuns. Os escravizados correspondiam a 34% do seu patrimônio, ainda segundo o estudo.

A senadora e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias vem de uma longa linhagem de políticos mato-grossenses. Um de seus avôs foi duas vezes senador e duas vezes governador. Seu bisavô também foi governador duas vezes. E seu tataravô foi Quintino Bocaiuva, primeiro ministro das Relações Exteriores e da Agricultura da República.

Quintino Bocaiuva foi um dos mais importantes abolicionistas da história do Brasil. Ele defendia a causa em seu jornal, O Paiz, junto com Joaquim Nabuco, uma das principais vozes contra a escravidão.

Já o quinto avô de Tereza Cristina, Francisco Corrêa da Costa, foi descrito como “um médio proprietário de escravos” em um estudo de Maria Amélia Alves Crivelente, mestre em história pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Corrêa da Costa foi presidente da província de Mato Grosso, deputado estadual e dono de engenho. Em outro estudo, a mesma autora cita que seu filho Antonio assumiu o engenho do pai e adquiriu outros, multiplicando o patrimônio da família e também teria posse de dezenas de escravos.

“Com perspicácia, audácia e experiência na convivência com o pai, em 1855 seus bens somavam considerável patrimônio em sesmarias onde cultivava milho, arroz e feijão, além do engenho de açúcar e aguardente, tinha ainda 8.000 cabeças de gado, bestas, cavalos, 10 casas em Cuiabá e 194 escravos, sendo 81 deles africanos”, cita a pesquisadora.

O avô paterno do senador Ciro Nogueira (PP-PI) foi prefeito de Pedro II, o pai foi deputado federal duas vezes e um tio também foi deputado federal. Nogueira foi casado com a ex-deputada federal Iracema Portella (PP-PI). A história deles está intrinsecamente ligada à política do Piauí há mais de 300 anos.

Quinto avô de Nogueira, o tenente-coronel Antonio Sousa Mendes embarcou em um navio saindo do Rio de Janeiro em 7 de maio de 1853 junto com dois escravos, Antonio e Raimundo, de acordo com registro no jornal O Constitucional. Sousa Mendes participou como militar da guerra da independência e da repressão à Balaiada, revolta da população pobre do Maranhão.

Um dos filhos de Sousa Mendes foi Simplício Mendes, que foi presidente da província do Piauí quatro vezes e nomeou a cidade de mesmo nome. Outro filho foi ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O filho de Simplício, Álvaro de Assis Osório Mendes, foi senador e governador do Piauí.

A família é descendente de Valério Correia Rodrigues, português que foi um dos primeiros povoadores do Piauí, em meados do século 18. Rodrigues colecionou dezenas de fazendas e teria sido dono de vários escravos, como constataram pesquisadores da Associação dos Descendentes de Valério Coelho, que montaram uma árvore genealógica desde o patriarca.

“Foram encontrados vários assentos de batismos de familiares e escravos de Valério Coelho”, diz o site que compila a pesquisa genealógica do patriarca. De acordo com os registros, Coelho batizava os filhos de suas escravizadas. “Aos dezasete de dezembro de mil e sete centos e setenta e quatro na fazenda do Paulista Baptizei solemne mente e pus os santos oleos a Ignacia filha de digo Baptizei e et cetra a Luiza filha de Quiteria preta solteira de Nascam Angolla Escrava de Vallerio Coelho Rodrigues morador na dita fazenda”, diz um deles.

Ciro Nogueira não aparece como descendente direto de Valério Coelho nos registros oficiais porque tudo indica que seu bisavô, Pedro da Silva Mendes, não foi um filho legítimo do trisavô Álvaro de Assis Osório Mendes. O seu registro de falecimento, inclusive, diz que sua mãe era Luiza de França Vilarinho, “doméstica”.

O senador fez parte da Frente Parlamentar Mista pela Erradicação do Trabalho Escravo em 2010. Três anos antes, ele foi um dos parlamentares que votaram para aprovar uma regra que dificultava o combate ao trabalho escravo – ela estipulava que auditores fiscais do trabalho não poderiam apontar vínculo empregatício entre patrões e funcionários quando constatassem irregularidades.

Senador Efraim Filho (União Brasil-PB) Filho do ex-senador paraibano Efraim Morais e neto dos ex-deputados estaduais João Feitosa e Inácio Bento de Morais, o senador Efraim Filho já reconheceu que “ter sobrenome conhecido na política ajuda a abrir portas”.

Seu tataravô, Manoel de Araújo Pereira II, aparece em uma relação de senhores de escravos em Santa Luzia do Sabugy, antigo nome de Santa Luzia, na Paraíba, no período de 1858 a 1888, de acordo com a dissertação de Joselito Eulâmpio da Nóbrega, “Comunidade Talhado – um grupo étnico de remanescência quilombola: um identidade construída de fora?”, sobre a comunidade com remanescentes de quilombolas dessa cidade. O registro não cita o número de escravizados que ele teria tido.

A reportagem procurou os políticos citados para esclarecer os achados de suas genealogias, assim como fizemos com todas as autoridades citadas no Projeto Escravizadores, mas não recebemos respostas até a publicação.

Edição: Mariama Correia

[–] NoahLoren 2 points 6 days ago* (last edited 5 days ago) (1 children)

Muitos surgiram após a Pandemia do Novo Coronavírus.

Edit: a China é o país com mais bilionários, mas também foi o que mais perdeu bilionarios, 155 a menos de acordo com o esse ranking... O que eu perdi?

[–] NoahLoren 4 points 1 week ago

O Natal têm o Papai Noel.

A Páscoa tem o Coelho da Páscoa.

E a Black Friday têm as promoções.

[–] NoahLoren 1 points 1 week ago (1 children)

Valeu, eu realmente preciso aprender mais sobre isso.

Você utiliza a plataforma de blog do Vivaldi! Eu também tenho uma conta lá mas não público nada.

[–] NoahLoren 3 points 1 week ago

No futuro não apenas todos os textos serão escritos por IA/AI mais eles também serão lidos por IA/AI que resumirão o conteúdo para seus "mestres" humanos.

(Profecias de Noah Loren, Sexta-feira 29 de Novembro de 2024 ás 13:08 horas)

Estou tentando ser o Nostradamus das futuras gerações.

[–] NoahLoren 4 points 1 week ago* (last edited 1 week ago) (2 children)

Eu loguei minhas 4 contas Lemmy nele, é possível alternar entre as comunidades locais, gerais e nas quais você é inscrito e nas contas. Para decidir qual feed será exibido no início de cada sessão é só selecionar nas configurações. Também é possível criar comunidades nele, mas por enquanto eu senti falta da opção de ALT.

15
submitted 1 week ago* (last edited 1 week ago) by NoahLoren to c/mastodon
 

A imagem no URL dessa publicação um print da interface do aplicativo Raccon para Lemmy.

Ele possui várias opções de personalização, além de tema claro, escuto e OLED também permite selecionar cores para cada detalhe da tela, estilo e tamanho de font.

print da interface do aplicativo Raccon for Friendica exibindo o perfil do usuário logado Noah Loren.

print da interface do aplicativo Raccon for Friendica exibindo feed de postagens.

print da interface do aplicativo Raccon for Friendica exibindo os ícones incluindo grupos e círculos.

Mesmas opções de personalização do Raccon for Lemmy. Paleta de cores, tema claro, escuro ou OLED, opções de estilo e tamanho de font.

Ele foi feito para suportar contas em instâncias Friendica e Mastodon.

Ambas são criações de LiveFast EatTrash.

Edit: consegui logar nele todas as minhas contas Friendica - venera.social e libranet.de - todas as minhas contas Mastodon - mastodon.social, ayom.media e social.vivaldi.net - minha conta Catodon.social - fork do Misskey - Kooapp.org - Lettersoap - e Pleroma - craftopi.art.

Minha única crítica é que as duas únicas opções de formatação de texto são HTML e Markdown além do texto simples.

Tem a alternativa de criar rascunhos, no entanto eu não testei ainda quão bem essa função funciona a depender na instância.

Na descrição do aplicativo a pessoa ou pessoas que desenvolveram deixam claro que ele foi feito para Friendica e Mastodon mas pode funcionar para redes sociais semelhantes - Ou seja, microblogging/social network(micro).

 

Eu aceito recomendações, independente do assunto tratado por vocês ou por outros.

Por favor deixem o link para acessar os sites em um comentário resposta a esta publicação.

O blogue/blog não precisa estar atualizado. Eu também ficaria contente em ler textos antigos, mesmo que eles não reflitam vossas opiniões atuais.

Estou buscando principalmente conteúdo publicado em plataformas como WriteFreely ou WordPress. Não gosto tanto de acessar conteúdo no Tumblr nem no Médio. Mas caso o tema seja interessante o suficiente.

 

Estados Unidos e Argentina rejeitaram as ordens de prisão emitidas pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) nesta quinta-feira (21) contra líderes israelenses, enquanto União Europeia, Colômbia e organizações humanitárias, como Anistia Internacional e Human Rights Watch, apoiaram a decisão, que também solicita a captura do líder do braço armado do Hamas.

Os mandados do TPI contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o chefe militar do Hamas, Mohammed Deif, mencionam acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

O próprio Netanyahu, classificou como "antissemita" a decisão do TPI de emitir um mandado de prisão internacional contra ele e contra seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, considerando-se vítima de um novo "caso Dreyfus". Os Estados Unidos, seu maior aliado, também fizeram coro ao israelense.

"Os Estados Unidos rejeitam categoricamente a decisão do TPI de emitir mandatos de prisão contra altos dirigentes israelenses", reagiu um porta-voz do conselho de segurança nacional da Casa Branca.

A Argentina, sob comando do extremista de direita Javier Milei, seguiu a mesma linha. Os mandados de prisão do TPI contra o primeiro-ministro israelense e seu ex-ministro da Defesa "ignoraram o direito legítimo de Israel de se defender frente aos constantes ataques de organizações terroristas", estimou a presidência argentina em um comunicado.

Apoios

Já a União Europeia teve atitude oposta. O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou que os mandados de prisão emitidos nesta quinta-feira devem ser "respeitados e aplicados".

"A decisão do tribunal deve ser respeitada e aplicada", disse Borrell em uma coletiva de imprensa em Amã, junto ao seu homólogo jordaniano, Aymane Safadi. A Itália, país governado pela extrema direita, adotou uma postura de cautela.

"Apoiamos o TPI, ao mesmo tempo em que lembramos que o tribunal deve ter um papel jurídico e não político", declarou o ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani. "Vamos avaliar com nossos aliados como reagir e interpretar essa decisão", disse.

Já o Hamas celebrou a emissão dos mandados de prisão pelo TPI contra Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, qualificando-o como um "passo importante em direção à justiça".

Um dos países mais críticos ao genocídio palestino que vem sendo cometido por Israel em Gaza, a Colômbia classificou como "lógico" o mandado emitido pelo TPI contra Netanyahu.

"É lógico, Netanyahu é um genocida. O tribunal de justiça do mundo diz isso e seu veredicto deve ser cumprido", escreveu o presidente colombiano, Gustavo Petro, na rede social X.

A Turquia também elogiou a medida.

"Esta decisão é um passo extremamente importante para levar à justiça as autoridades israelenses que cometeram genocídio contra os palestinos", escreveu o ministro das Relações Exteriores turco, Hakan Fidan, no X.

Entidades de defesa dos direitos humanos celebraram a decisão da mais alta corte de justiça internacional. Netanyahu é "oficialmente hoje um homem procurado", reagiu a secretária-geral da ONG Anistia Internacional, Agnès Callamard.

"Os Estados-membros do TPI e toda a comunidade internacional devem fazer todo o possível para que esses indivíduos compareçam diante dos juízes independentes e imparciais do TPI", destacou.

Já o diretor associado de Justiça da ONG Human Rights Watch, Balkees Jarrah, disse que "os mandados de prisão emitidos pelo TPI contra altos dirigentes israelenses e um responsável do Hamas demonstram que ninguém está acima da lei".

Contexto

O TPI abriu, em 2021, investigação sobre as ações de Israel e do Hamas, além de outros grupos armados palestinos por possíveis crimes de guerra nos Territórios Palestinos. Em maio, o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) das Nações Unidas, Karim Khan disse que apresentou pedidos para ordens de prisão contra Netanyahu e seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes como "matar deliberadamente os civis de fome", "homicídio doloso" e "extermínio e/ou assassinato" na Faixa de Gaza.

"Afirmamos que os crimes contra a humanidade foram cometidos como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil palestina, para cumprir uma política de Estado. Segundo as nossas conclusões, alguns destes crimes continuam sendo cometidos", declarou Khan, em referência aos líderes israelenses Netanyahu e Gallant.

A decisão desta quinta do TPI limita os movimentos de Netanyahu, já que qualquer um dos 124 países membros é obrigado a prendê-lo

Edição: Rodrigo Durão Coelho

1
submitted 2 weeks ago* (last edited 2 weeks ago) by NoahLoren to c/fatosdesconhecidos
 

A Bayer, aquela empresa farmacêutica Alemã, costumava vender cocaína como um remédio para tosse adequado para crianças... Espera, essa comunidade serve para compartilhar fatos falsos ou verdadeiros? - Posteriormente os efeitos negativos do uso de cocaína foram reconhecidos pela sociedade.

 

O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) foi afastado da sociedade em um clube de tiro que ajudou a fundar após ser acusado de enganar sócios, promover cursos de tiro com a presença de menores e permitir o acesso não autorizado ao cofre de armas do local. O parlamentar é conhecido por ser integrante da chamada “bancada da bala”.

Segundo informações dadas pelo jornal “Estadão”, Paulo Bilynskyj vive uma disputa judicial com seus antigos sócios da Puma Tactical, clube de tiro situado em São Paulo. A Justiça determinou a exclusão do parlamentar da empresa.

O deputado organizou, em janeiro de 2022, um curso batizado de “projeto policial”, no qual participaram dois menores. O fato contraria uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que exige autorização judicial para a participação de menores em práticas de tiro, mesmo com o consentimento dos responsáveis.

O projeto foi alvo do Ministério Público de São Paulo (MPSP) e da corregedoria da Polícia Civil, onde Bilynskyj também atua como delegado. Os sócios foram chamados a prestar esclarecimentos.

Disputa judicial

Duas ações judiciais foram movidas por ambas as partes, mas foram unificadas em um só processo. O parlamentar chegou a ter uma decisão favorável, que foi revertida pelo juiz André Salomon Tudisco, da 1ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem, excluindo-o da sociedade por “falta grave”.

A permissão dada aos menores e as investigações resultantes foram consideradas suficientes para “colocar em risco a atividade empresarial”. Os sócios apresentaram outras acusações, como a realização de cursos de tiro sem a devida licença da Polícia Federal, permitir o acesso de menores de 25 anos ao cofre de armas e apropriar-se do grupo do Telegram com a carteira de clientes do clube.

De acordo com os sócios Maicon Oliveira e Rafael Unruh, Bilynskyj não cumpriu integralmente o acordo firmado, que incluía a transferência de nove armas avaliadas em R$ 250 mil e um aporte financeiro de R$ 150 mil.

O clube, fundado no início de 2021, admitiu Bilynskyj como sócio em maio do mesmo ano. Ele ganhou notoriedade nas redes sociais pelo seu envolvimento com armas, fator que o ajudou a conquistar uma vaga na Câmara dos Deputados em 2022.

A exclusão do parlamentar da sociedade transitou em julgado em dezembro de 2023, encerrando todas as possibilidades de recurso.

O que diz a defesa do deputado?

A defesa do parlamentar afirma que os sócios utilizaram sua imagem pública para impulsionar o negócio, mas não honraram o pagamento de quotas que lhe eram devidas. Bilynskyj negou qualquer irregularidade, alegando que os menores só apareceram nas fotos durante um momento de confraternização, com as mães presentes.

Uma mãe, em depoimento à polícia, disse que levou seus filhos, de 16 e 12 anos, ao curso, tendo pago R$ 1,4 mil por cada inscrição.

Bilynskyj afirma, ainda, que as acusações dos sócios são uma “aventura jurídica”.

Para quem não assistiu os capítulos da novela em que esse personagem apareceu.

Ele já:

Um homem de bem... Claro, não podia ser de outro partido que não o PL - Partido Liberal.

 

Esse é um vídeo em português comentando as consequências que a eleição do Donald Trump pode ter para a comunidade LGBTQIAPN+ nos Estados Unidos. E quais a onda de conservadorismo - ~~fascismo~~™- que está ocorrendo por lá faz um tempo já teve para muitas pessoas em muitos estados.

Acho interessante que nesse aspecto o vice do Trump é pior do que ele. O cara chama pessoas dessa comunidade de "gommers" - aliciadores de menores - em praticamente todos os seus discursos.

Sem pânico galera! São coisas que podem piorar muito para os membros da comunidade queer nos EUA, estadunidenses ou não, e que pode eventualmente repercutir na nossa extrema-direita entreguista e golpista? Sim, mas já houveram momentos muito piores antes desse. Dependendo do seu estilo de vida ou onde você mora isso não te afeta diretamente tanto, mas solidariedade é importante.

15
submitted 3 weeks ago* (last edited 3 weeks ago) by NoahLoren to c/noticias
 

Um “partido para defender a Amazônia”. Foi assim que um coletor do MBL se aproximou de senhoras na Avenida Paulista, em São Paulo, tentando colher assinaturas para a fundação do partido do movimento, chamado Missão. A cena foi gravada, e o vídeo foi obtido com exclusividade pelo Intercept Brasil.

O episódio ocorreu em julho deste ano na capital paulista e revela a estratégia do grupo para coletar assinaturas: esconder o MBL e apelar para pautas que não são prioridade do movimento. Para fundar o partido, um sonho antigo do MBL, é preciso coletar 547 mil assinaturas em dois anos.

O Intercept revelou na terça-feira, 12, que várias pessoas relataram ter sido enganadas na coleta de assinaturas: o pedido era apresentado como se fosse um apoio a causas populares — educação, defesa dos animais e até a proteção da floresta amazônica — e sem menção clara ao propósito real: viabilizar um partido diretamente ligado ao MBL.

Nas imagens, o coletor, que veste uma camiseta com a imagem de um tigre que simboliza a sigla e a palavra “Missão” escrita nas costas, não informa inicialmente que pertence ao MBL. Pelo contrário, o homem usa uma abordagem emotiva sobre a Amazônia e afirma que está trabalhando junto com uma “agremiação estudantil”.

“Estou tentando criar um partido para defender a Amazônia no Congresso Nacional. Eu e minha agremiação estudantil estamos trabalhando nessa parte de criar um partido. A gente vai fiscalizar as queimadas, combater a grilagem, combater a caça ilegal, por exemplo. Vocês podem me ajudar com uma assinatura para defender a Amazônia?”, pergunta.

Em dez anos de história, o MBL não se notabilizou por defender a Amazônia ou políticas a favor do meio ambiente. Pelo contrário, o grupo sempre se alinhou aos interesses do agronegócio. Em 2019, idealizou uma caminhada de 700 km para defender a pavimentação de uma rodovia nociva ao meio ambiente. No mesmo ano, a proposta de licenciamento ambiental elaborada pelo deputado federal do MBL, Kim Kataguiri, do União Brasil, foi duramente criticada por entidades ambientalistas.

Além do vídeo enviado por uma fonte anônima, o Intercept recebeu, desde que a reportagem inicial foi ao ar, mais de 70 relatos semelhantes via redes sociais.

“Fui abordado em Gramado em junho, com essa mesma conversa. Não assinei e comecei a questionar. Daí o rapaz me disse que pertencia ao MBL. Recusei novamente, mas todas as senhorinhas que estavam à minha volta assinaram sem saber o real motivo”, comentou um leitor.

Outro relato foi de uma abordagem no bairro da Liberdade, em São Paulo. “Aconteceu comigo e minha irmã… ele falou que era para abrir um partido a favor dos animais. Perguntamos se era um partido de direita e eles disseram que não. Fomos enganadas. Em nenhum momento mencionaram que era do MBL! Se eu soubesse, JAMAIS assinaria”, afirmou outra leitora.

O MBL afirmou que “todo o processo de captação de assinaturas de apoiamento está sendo feito de forma regular” e reagiu à nossa investigação com duas lives repletas de ataques pessoais e de baixo nível ao repórter Giovanni Pannunzio.

Nas lives, o MBL questionou a denúncia: “como a gente está fraudando e não tem um vídeo?”, disse o coordenador do movimento, Arthur do Val. Agora tem.

O vídeo pode ser acessado e baixado na página dessa reportagem. Não consegui colocar ele aqui.

Burguesia e seus capachos são uma raça muito desgraçada. Nenhuma notícia que aparece ~~envolvendo o Movimento Bosta e Lixo~~ nunca é alguma coisa boa tipo: "Enquanto militava contra a demarcação de terras da Amazônia jovem é devorado por ariranhas".

 

Na próxima sexta-feira, 15 de novembro, o Instituto Carta Magna da Umbanda do Estado do Ceará (ICMU-CE), promove pelo segundo ano consecutivo, a Caminhada Contra a Intolerância Religiosa. A marcha também será utilizada como forma de celebrar o Dia Nacional da Umbanda, comemorado em 15 de novembro, mesma data de sua fundação e reconhecimento, e que em 2024 completa 116 anos.

O presidente do ICMU, Pai Gerson do terreiro da Mãe Maria, afirma que a caminhada é um momento para combater a intolerância e o racismo religioso e chamar atenção para a existência e pautas dos povos de terreiro. A caminhada que tem concentração na Praça dos Leões, em Fortaleza, é aberta a pessoas de todas as religiões, e deve sair em cortejo até a Praça da Cidade da Criança, onde acontece o ato político às 16h, com falas das lideranças religiosas, apresentações culturais, e uma gira de caboclo (ritual religioso) que deverá se encerrar às 18h30.

A caminhada cumpre um papel fundamental ao dar visibilidade aos povos de terreiro, a Umbanda, e ao combate ao preconceito. Em 2023, durante a realização da primeira edição da caminhada, o evento contou com apoio da população e participação dos parlamentares, além da grande repercussão na mídia local. De acordo com o relato do Pai Gerson, os umbandistas e simpatizantes da religião saíram em marcha utilizando vestes, guias, cânticos e realizaram também a gira aberta, para celebrar a paz, a fraternidade e a união. “Ao contrário do que dizem os fundamentalistas que fazem da religião escada para o poder político e satanizam nossas crenças, nós propagamos somente esses sentimentos, a solidariedade, fraternidade, paz e união”, afirma.

Além de celebrar o dia religioso, os organizadores apontam a construção da caminhada como ferramenta de denúncia contra o histórico do racismo, inclusive o religioso, como um problema enraizado no Ceará e no País, e caracteriza como herança do colonialismo ainda não superado. Pai Gerson destaca ainda que o trabalho para combater a intolerância e o racismo religioso deve ser construído com base no processo de conscientização e de visibilidade, pautando a necessidade que existe em municípios e governos criarem mecanismos para que os religiosos possam desenvolver trabalhos de conscientização e respeito às religiões afro-brasileiras.

A expectativa é que diversas figuras políticas do Ceará e de Fortaleza compareçam e marchem juntamente com os religiosos durante todo o percurso da caminhada em alusão ao dia da umbanda.

Fonte: BdF Ceará

Edição: Camila Garcia

 

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (12) o ex-governador de Arkansas Mike Huckabee como embaixador em Israel.

Ele "ama Israel e o povo de Israel e, da mesma forma, o povo de Israel o ama. Mike trabalhará incansavelmente para trazer a paz no Oriente Médio!", disse Trump por meio de comunicado.

Huckabee, que foi governador do Arkansas de 1996 a 2007, foi duas vezes candidato presidencial republicano e é pai de Sarah Huckabee Sanders, atual governadora do estado e ex-secretária de imprensa da Casa Branca de Trump. Ele é um defensor declarado dos assentamentos; em 2018, disse que sonhava em construir uma "casa de férias" na Cisjordânia ocupada por Israel.

Os assentamentos judeus em terras palestinas são considerados ilegais pelas leis internacionais e um os principais obstáculos para um acordo de paz. Cerca de meio milhão de judeus vivem em mais de 130 assentamentos no território palestino da Cisjordânia.

Gabinete

Os nomes que vão compor o gabinete de governo de Donald Trump indicam que ele escolherá perfis linha dura para os postos mais importantes. O congressista republicano Mike Waltz, ex-oficial das Forças Especiais, será assessor de Segurança Nacional da Casa Branca. Trump também já anunciou nomes para a Organização das Nações Unidas (ONU), Meio Ambiente e Imigração.

Trump descreveu Waltz como "um especialista nas ameaças representadas por China, Rússia, Irã e o terrorismo global". Em 2023, Waltz apresentou um projeto de lei para autorizar o uso do exército contra os cartéis de drogas mexicanos, que ele acusa de tráfico de fentanil, um opioide sintético que causa estragos nos Estados Unidos.

Segundo a imprensa local, Trump escolherá o influente senador latino Marco Rubio como chefe da diplomacia. Defensor de uma linha muito dura contra China e Irã, o senador de 53 anos copresidiu até agora a comissão de inteligência no Senado.

É esperado que ele nomeie, ainda, a governadora de Dakota do Sul Kristi Noem, uma leal escudeira, para dirigir o Departamento de Segurança Nacional, responsável pelas alfândegas e fronteiras e atualmente comandado por Alejandro Mayorkas. Ela foi considerada por algum tempo uma possível candidata à vice-presidência, mas suas chances desabaram quando ela contou ter matado sua cachorra com um tiro porque ela era "indomável".

Edição: Rodrigo Durão Coelho

Eu torço para que esse sonho dele seja uma premonição de um futuro próximo.

 

Em meio a uma grave crise no Haiti, o governo interino do país encontra-se imerso num espiral crescente de disputas internas pelo controle da administração. A tensão política se agravou na segunda-feira (11), quando a maioria do Conselho Presidencial de Transição (CPT) decidiu destituir o primeiro-ministro interino Garry Conille e nomear como seu substituto ao empresário Alix Didier Fils-Aimé.

A decisão foi denunciada por Conille como uma medida “tomada fora de qualquer estrutura legal e constitucional”, o que levanta “sérias dúvidas sobre sua legitimidade e suas repercussões sobre o futuro do país”. Afirmando que o Conselho Presidencial de Transição tem o poder de nomear o primeiro-ministro, mas não de demiti-lo.

No entanto, as alegações de Conille não conseguiram provocar um impacto internacional. Numa coletiva de imprensa, o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, evitou comentar sobre a destituição e exortou os atores políticos do Haiti a “superar suas diferenças” e “trabalhar juntos”, expressando preocupação com as possíveis repercussões sobre o financiamento da Missão Multinacional de Apoio à Segurança (MSS).

“À luz dos recentes acontecimentos, o Secretário-Geral conclama todos os atores haitianos a trabalharem juntos de forma construtiva para promover a transição política”, declarou. Afirmou que é essencial “garantir que (a Missão) receba o apoio financeiro de que necessita para cumprir com êxito seu mandato e para expandir a implantação e as operações”.

O Conselho Presidencial de Transição é um órgão colegiado que exerce os poderes do presidente. Após extensas negociações entre diferentes setores políticos do Haiti, junto com a Comunidade do Caribe, os Estados Unidos, o Canadá e a França, o CTP foi estabelecido em abril, após as pressões para a renúncia do impopular primeiro-ministro Ariel Henry.

É formado por nove pessoas, sete com direito a voto e dois observadores, todos representando diferentes setores políticos do Haiti. Sua função é organizar e garantir as próximas eleições do país para eleger um presidente e um parlamento para assumir o cargo em fevereiro de 2026. A última vez que foram realizadas eleições presidenciais foi em 2016.

Também é formalmente o órgão (juntamente com o primeiro-ministro interino) responsável pela polêmica Missão Multinacional de Apoio à Segurança (MSS), um destacamento de forças policiais liderado pelo Quênia, no país desde junho.

Crise no governo

A demissão de Conille ocorre depois que o primeiro-ministro interino deixou escapar o pedido de renúncia de três membros do CPT (Gérald Gilles, Emmanuel Vertilaire e Smith Augustin) que, em agosto, se envolveram num escândalo de corrupção.

Na ocasião, o presidente do Banco Nacional de Crédito, Raoul Pascal Pierre-Louis, alegou que esses três membros da CPT haviam exigido dele a quantia exorbitante de US$ 758 mil (R$ 4,3 bi) para garantir sua continuidade no cargo.

Em resposta às graves acusações, no início de outubro, a unidade anticorrupção do Haiti (ULCC), um órgão oficial, emitiu relatório que aconselhava a abertura de processos judiciais contra os três membros da CPT. Essa situação aumentou a pressão sobre a CPT para substituir os representantes, mas devido à natureza sem precedentes do conselho de transição, criado fora da estrutura constitucional e sem eleições, o órgão interino permaneceu em funcionamento.

Apesar da crescente impopularidade do CPT entre a população haitiana e das afirmações de que a demissão de Conille teria sido ilegal, o empresário Fils-Aimé tomou posse como primeiro-ministro interino nesta segunda-feira.

Durante seu discurso de posse para o novo primeiro-ministro, o atual CPT, Leslie Voltaire, elogiou a “coragem e determinação” de Garry Conille, ao mesmo tempo em que o denunciou como parte das “lutas políticas estéreis”, que qualificou como “luta de clãs”. “Já chegou a hora de o Haiti pensar e fazer política de forma diferente”, afirmou. Ao mesmo tempo, Fils-Aimé disse que trabalharia para harmonizar os dois poderes do executivo.

Alix Didier Fils-Aimé é uma das figuras mais fortes do empresariado haitiano. Formado pela Universidade de Boston, ele atuou como presidente da Câmara de Comércio e Indústria do país e, em 2016, concorreu sem sucesso ao Senado.

Quando em maio deste ano a CPT tinha que eleger o primeiro-ministro do atual governo de transição, o nome de Alix Didier Fils-Aimé já circulava como possível candidato. No entanto, naquela ocasião, Conille, um funcionário de longa data da ONU, conseguiu prevalecer como primeiro-ministro interino, cargo que ocupou por apenas seis meses.

A mudança de primeiro-ministro inaugura um novo período de incerteza sobre o futuro político da nação caribenha, que se encontra em meio a uma grave crise humanitária. De acordo com o último relatório da ONU, entre janeiro e junho de 2024, o país sofreu mais de 3.600 homicídios e 1.100 sequestros. Enquanto isso, de acordo com a Organização Internacional para as Migrações (OIM), a violência forçou mais de 700 mil pessoas - metade delas crianças - a fugir de suas casas.

Edição: Rodrigo Durão Coelho

view more: next ›