NoahLoren

joined 2 years ago
MODERATOR OF
[–] NoahLoren 2 points 1 week ago (1 children)

OK, pelo o que eu entendi você entende que existe um problema no modelo da família nuclear como padrão.

Mas qual esse problema? Na verdade são vários! O primeiro é que essas famílias são tratadas como um "ideal". O que leva famílias que não se encaixam nesse padrão a serem desprezadas. Segundo, esse modelo prioriza relações heterossexuais, centradas na figura do pai e em filhos consanguíneos que sempre herdam o sobrenome paterno. Como consequência disso famílias formadas por vínculos não-românticos, não-monogâmicos, não-heterossexuais envolvendo indivíduos sem relação consanguínea sofre discriminação, em caso de pais solteiros mães solos são mais julgadas que pais solos, familias sem homens adultos entre seus membros são vistas como mais vulneráveis. Além disso, por questões tradicionais, uma sacralidade é atribuída ao vínculo de sangue entre pais e filhos. Ao ponto em isso perpetue relacionamentos abusivos, ignorando que o bem-estar de civis, especialmente crianças, é de interesse da sociedade. Não é um assunto privado de uma família, pois pessoas não são propriedades sobre as quais alguém têm autoridade, mas indivíduos com direitos e deveres independentes de qualquer coisa. O último problema diz respeito a esfera jurídica, burocrática realmente, a definição de família limitada priva algumas pessoas do acesso ao seus direitos.

Agora, a realidade difere muito da prática, muitos dos lares, o que não é de hoje, são compostos por mulheres sem companheiro e suas famílias bem como seus filhos. Atualmente é bastante comum que uma pessoa tenha mais de um relacionamento estável ao longo de sua vida, e gere mais de uma criança. Pessoalmente, como uma pessoa que foi criada apenas pela mãe, não sinto nem jamais senti falta de uma figura paterna. Acredito que essa não seja uma necessidade biológica, mas uma insegurança criada pelas expectativas da sociedade, situações como o Dia dos Pais na escola, Dia das Mães etc. As crianças necessitam de figuras parentais, mas elas não necessitam ser necessariamente seu pai ou mãe – Do contrário crianças criadas por casais homossexuais de modo geral sofreriam de algum tipo de carência. No entanto, é visível, que uma criança tenha contato com pessoas de todos os tipos, homens e mulheres, para que ela humanidade seus semelhantes. Para que ela os enxergue como indivíduos como ela.

Outros exemplos de família não-nuclear é aquela em que os avós cuidam das crianças, ou aquela em que irmãos cuidam uns dos outros. Lembrando, não se trata apenas de normalizar a existem de núcleos famílias que não sejam patriarcais, heterossexuais, baseados no laço de sangue mas acabar com a normalização de dinâmicas abusivas em famílias nucleares, em famílias com casais homossexuais, em famílias com mais d e um núcleo familiar etc.

A obrigação do estado ou da sociedade – dependendo da linha ideológica – é garantir que direitos humanos não sejam violados, garantir cumprimento de responsabilidades e deveres.

Como desconstruir as consequências da dominância de modelo e normalizar novos valores de tolerância e diversidade?

As condições materiais envolveriam combate ao desemprego, subemprego, precarização das condições de trabalho e socialização do trabalho doméstico, universalização do ensino, moradia acessível, diminuir o custo de vida e aumentar o poder de compra – Pode não parecer, mas isso é importante, porque existe muita gente que só se mantém como parte de uma família porque não têm condições de sobreviver por conta própria.

Uma nova legislação mais inclusiva. Normalização através de obras que retratem outros modelos familiares.

Lembrando, a existência de famílias nucleares não é um problema, existem famílias nucleares que não reproduzem todas essas dinâmicas que eu comentei, que são até muito saudáveis. Assim como existem famílias não nucleares super problemáticas.

[–] NoahLoren 2 points 1 week ago

Também é o nome de um cantor e compositor brasileiro.

[–] NoahLoren 2 points 1 week ago* (last edited 1 week ago)

Se essa foi a homenagem pelo Dia Internacional da Mulher então estão de parabéns. É a primeira vez que vejo algo decente sendo feito por uma mulher nessa data no ambiente de trabalho.

[–] NoahLoren 1 points 1 week ago

Deve ser difícil com todo mundo vestido desse jeito.

[–] NoahLoren 1 points 1 week ago

Não dei, meu amigo estava chapado, o jacaré devorou ele e foi afetado por tabela.

[–] NoahLoren 1 points 1 week ago

*Soltando a escada.

Quem faria algo assim né? Ninguém com plena conciencia...

E se eu colocar uma pilha de colchões em baixo?

[–] NoahLoren 1 points 1 week ago

Isso inclui comidas feitas a base de abacaxi?

[–] NoahLoren 1 points 1 week ago* (last edited 1 week ago) (2 children)

Mas puma é mais "chic" porque é norte-americano, vive em país de "primeiro mundo".

*Quem escreveu isso? Um puma – ou leão-da-montanha.

[–] NoahLoren 2 points 2 weeks ago* (last edited 2 weeks ago)

Acho que tanto atirar com arma de fogo como subir em cima da mesa estão proibidos nesse estabelecimento.

Ou a placa estaria dizendo "proibido atirar em cima da mesa". Mas eles utilizaram "e". Estranhamente esse não é um caso de erro ortográfico.

[–] NoahLoren 2 points 2 weeks ago

Acho que a Virginia Fonseca foi a primeira influencer brasileira a vender assinatura de "Close Friends" no Instagram.

Uma "visionária", "gênio incompreendido do capitalismo" por nós meros mortais apegados a Ética e a Moral.

Aviso: contêm irônia!

 

Ele foi um dos rostos mais proeminentes da onda de protestos estudantis contra a guerra em Gaza nos campi universitários dos Estados Unidos, no ano passado, e agora enfrenta a possibilidade de deportação.

Mahmoud Khalil, aluno da Universidade de Columbia, em Nova York, se tornou a primeira vítima da nova política do presidente Donald Trump, que prometeu acabar com os protestos estudantis e ameaçou deportar estudantes estrangeiros que fossem "simpatizantes de terroristas".

"Esta é a primeira prisão de muitas que virão", disse Trump em sua plataforma de rede social Truth Social, acusando Khalil de ser um "estudante radical a favor do Hamas", grupo militante islâmico que controla a Faixa de Gaza.

Khalil, um refugiado palestino criado na Síria, foi detido neste fim de semana por agentes do Departamento de Imigração e Alfândega (ICE, na sigla em inglês), segundo sua advogada, Amy Greer.

Os agentes apareceram na residência dele, um alojamento de propriedade da universidade, quando Khalil e a esposa tinham acabado de voltar de um jantar do Ramadã. Eles comunicaram a ele que seu visto de estudante havia sido revogado, e o levaram sob custódia.

A tentativa de deportação foi temporariamente suspensa por um juiz federal, que vai analisar o caso em uma audiência de emergência nesta quarta-feira (12/03), na qual Khalil deve comparecer.

Estudante de pós-graduação na Escola de Relações Públicas e Internacionais, Khalil é casado com uma americana, que está grávida de 8 meses, e tem um cartão de residência permanente (green card) que, segundo informaram os agentes ​​de imigração à sua advogada, também havia sido revogado.

'Um preso político nos Estados Unidos' A Universidade de Columbia foi o epicentro dos protestos estudantis a favor dos palestinos em todo o país, no ano passado, contra a guerra em Gaza e o apoio dos EUA a Israel, e Khalil foi o principal negociador do acampamento no campus de Manhattan.

A prisão dele provocou indignação entre grupos de direitos humanos e a comunidade universitária nos EUA.

A presidente da União das Liberdades Civis de Nova York, Donna Lieberman, chamou a deportação de Khalil de "retaliação seletiva e um ataque extremo à Primeira Emenda".

Manifestantes em Nova York pedem a libertação de Mahmoud Khalil

A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, que acompanha o caso, também se mostrou "extremamente preocupada".

Cerca de mil manifestantes carregando bandeiras palestinas se reuniram em Manhattan na segunda-feira (10/3) para pedir a libertação de Khalil e condenar as ações do novo governo Trump. Pelo menos uma pessoa foi detida.

"Agora nos deparamos com a terrível realidade de que um de nossos alunos, um membro da comunidade de Columbia, se tornou um preso político aqui nos Estados Unidos", afirmou Michael Thaddeus, professor da Universidade de Columbia.

"Este é um momento sombrio na história americana", acrescentou Thaddeus, em uma coletiva de imprensa com outros 50 professores. "Não podemos dar mais nenhum passo neste caminho autoritário".

O caso de Mahmoud Khalil "parece uma clara perseguição a ativistas, e abre um precedente muito, muito perigoso", disse à agência de notícias AFP Tobi, um manifestante de 42 anos que não quis revelar seu sobrenome por medo de represálias, classificando o caso como "um sequestro".

Sem acusações

"Revogaremos os vistos e/ou cartões de residência dos apoiadores do Hamas nos Estados Unidos para que possam ser deportados", publicou o secretário de Estado americano, Marco Rubio, no X (antigo Twitter) no domingo (9/3).

A advogada de Khalil, Amy Greer, classificou o que aconteceu com seu cliente como um "erro terrível e indesculpável — e calculado". Ela descreveu sua detenção como parte da "repressão aberta do governo americano ao ativismo estudantil e à expressão política".

Khalil, que não foi acusado de nenhum crime, foi inicialmente detido em um centro de imigração de Nova Jersey antes de ser transferido para um centro de detenção em Jena, na Louisiana, de acordo com os registros do ICE.

A advogada afirma que o ICE também ameaçou deter a esposa dele, uma cidadã americana que está grávida de oito meses. Quando ela tentou visitá-lo em Nova Jersey, os funcionários disseram que ele não estava lá.

A Universidade de Columbia informou que as forças de segurança podem entrar nas instalações do campus com um mandado, mas negou que a administração da universidade tenha convidado agentes do ICE.

O Departamento de Segurança Nacional pode revogar uma autorização de residência e iniciar um processo de deportação contra seus titulares por uma ampla variedade de atividades criminosas, como apoiar um grupo terrorista.

No entanto, especialistas em direito disseram à agência de notícias AP que a detenção de um residente permanente legal que não foi acusado de nenhum crime "constitui uma medida extraordinária com uma base jurídica incerta".

Segundo Camille Mackler, fundadora da Immigrant ARC, uma rede que oferece serviços jurídicos em Nova York, "isso parece uma retaliação contra alguém que expressou uma opinião que não agradou ao governo Trump", conforme publicou a AP.

Khalil desempenhou um papel relevante como negociador entre a direção da universidade e os estudantes que montaram um grande acampamento de protesto nas dependências do campus no ano passado.

Alguns estudantes chegaram a assumir o controle de um dos prédios da universidade por várias horas antes de a polícia entrar no campus para prendê-los. Mas Khalil não fazia parte deste grupo.

Após este incidente, Mahmoud Khalil disse à BBC que havia sido temporariamente suspenso pela universidade.

A prisão de Khalil acontece depois que Trump emitiu uma ordem executiva em janeiro alertando que qualquer pessoa envolvida em "protestos pró-jihadistas" e "todos os simpatizantes do Hamas em campi universitários" seriam deportados.

Alguns estudantes judeus da universidade denunciaram que os discursos nestes protestos às vezes beiravam o antissemitismo, embora outros tenham se juntado às manifestações a favor dos palestinos.

O novo governo Trump acusou a Universidade de Columbia de não combater o antissemitismo no campus e, na semana passada, decidiu rescindir US$ 400 milhões em subsídios federais para a universidade.

O cancelamento destes fundos "vai ter um impacto imediato na pesquisa e em outras funções essenciais da universidade", anunciou a presidente interina da Universidade de Columbia, Katrina Armstrong, em um e-mail para todo o campus na última sexta-feira (7/3).

Carly, uma estudante de pós-graduação da Universidade de Columbia, que é judia, americana e amiga de Khalil, disse à BBC que ele é "uma pessoa muito, muito compassiva".

"Ele tem sido alvo de muitos ataques na internet e, para alguém que o conhece pessoalmente, é muito doloroso ver como ele foi distorcido", afirmou Carly, que não quis compartilhar seu sobrenome por motivos de privacidade.

Em declaração à rede americana Fox News, o 'czar da fronteira' do governo Trump, Tom Homan, alegou que Khalil havia violado as condições de seu visto ao "fechar prédios e destruir propriedades".

*Com reportagem de Madeline Halpert, Rachel Looker, Nomia Iqbal e Nada Tawfik.

[–] NoahLoren 2 points 4 weeks ago

Rumble é uma plataforma que possui muitos nazistas – Eu acho que eles até tentaram diversificar mais o quadro de produtores de conteúdo de lá, mas não deu certo e é um antro da extrema-direita.

 

Um curta-metragem produzido por meio de financiamento coletivo que faz uma paródia do filme mais indicado ao Oscar do ano será exibido nos cinemas mexicanos, em uma reação local contra o musical policial francês “Emilia Pérez”.

“Emilia Pérez”, a história de um chefe de cartel mexicano que contrata uma advogada para ajudá-lo a desaparecer e realizar sua transição de gênero, recebeu 13 indicações ao Oscar e ganhou prêmios no prestigioso Festival de Cinema de Cannes e no Globo de Ouro, incluindo o de Melhor Filme em Língua Não-Inglesa.

No entanto, o filme sofreu forte reação no México devido a críticas sobre a qualidade ruim do espanhol do elenco, uso de estereótipos, filmagens em Paris com poucos membros do elenco mexicano e tratamento leve da questão dos desaparecimentos forçados — mais de 100 mil pessoas estão desaparecidas no México. O diretor Jacques Audiard também foi criticado por dizer que não sentiu a necessidade de fazer muita pesquisa para fazer o filme.

Enquanto as sessões mexicanas de “Emilia Pérez” permaneciam praticamente vazias, a cineasta trans Camila Aurora criou um financiamento no GoFundMe para responder com “Johanne Sacreblu”, a história de “uma herdeira trans do maior negócio de baguetes da França que busca destruir o racismo sistêmico de seu país com sua arma mais forte… O amor”.

O musical de 28 minutos, que apresenta croissants, mímicos, ratos e bigodes pintados, estreou no YouTube em 25 de janeiro e rapidamente se tornou viral.

Na última quinta-feira (30), Aurora anunciou que a rede de cinemas Cinedot irá exibir o filme. Mais tarde, o Cinedot compartilhou novamente o anúncio nas redes sociais. A cineasta disse que ainda estão trabalhando nos detalhes técnicos antes de anunciar a data de lançamento.

Assista à paródia abaixo: Link para o vídeo oficial no YouTube

 
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submitted 3 months ago by NoahLoren to c/comunismo
 
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Introdução ao mundo de All Tomorrows! (explorandosegredosmisterios.com)
submitted 3 months ago* (last edited 3 months ago) by NoahLoren to c/alltomorrows
 

Quem escreveu o livro?

All Tomorrows é um livro de ficção científica e evolução especulativa escrito e ilustrado por Nemo Ramjet, pseudônimo do autor, pesquisador e artista turco C. M. Cosemen.

Onde ler o livro na íntegra?

O livro pode ser facilmente baixa em inglês nos formatos MOBI, EPUB e PDF, entre outros, no site Anna.Archive.org.

Para aqueles que assim como eu não são fluentes em nenhuma língua estrangeira, uma tradução feita por João Lopes em português está disponível no site Scribd.com.

Para aqueles que não podem ou não desejam consumir o conteúdo do livro de forma visual um audiobook não-oficial em inglês está disponível no YouTube.

E ainda, para os que não foram cativadas pela escrita, mas desejam conhecer profundamente este universo fictício tão rico, existem uma série de canais de YouTube em inglês e português brasileiro que disponibilizam excelente material audiovisual.

Vou deixar o link para alguns logo abaixo:

em português

All Tomorrows: O Futuro da Humanidade (Todos os Amanhãs) Zedin (canal) ;

All Tomorrows. O Futuro da Humanidade. Explorando Segredos e Mistérios(canal) ;

em inglês

All Tomorrows Lore and Biology Explaned for 2.5 hours BewareCast (canal) ;

All Tomorrows: the future of humanity? ;

em espanhol

All Tomorrows: mil millones de a años de evolución humana 3Huntle0 (canal)

Os fãs

O fandom de All Tomorrows é bastante rico. Existem muitas ilustrações, histórias em quadrinhos, ficções criadas por fãs e até animações feitas por fãs que buscam expandir o universo para além do canon. ~~A propósito, nunca pesquisem, em hipótese alguma All Tomorrows+34 ruler.~~

Resolvi não colocar nenhum spoiler ou resumo do livro nesta postagem caso algumas pessoas julguem que isto atrapalhe a leitura.

 

Foi revelado que atualmente existem três clones do Lula. Sérgio Sacani descobriu o local de fabricação dos clones. O projeto fica em Varginha e é financiado por George Soros. Segundo fontes que não posso revelar o terceiro clone provavelmente será o último por razões desconhecidas. Talvez pelo mesmo motivo que a Rainha Elizabeth III morreu. Para apagar os rumores a respeito da existência de pessoas imortais...

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submitted 3 months ago* (last edited 3 months ago) by NoahLoren to c/hojeeuaprendi
 

1º de dezembro:

  • Dia Mundial de Luta Contra a Aids

  • Dia Nacional do Numismata

2 de dezembro:

  • Dia Internacional para a Abolição da Escravatura

  • Dia Nacional das Relações Públicas

  • Dia da Astronomia

  • Dia Pan-americano da Saúde

  • Dia Nacional do Samba

  • Dia do Serviço de Saúde da Aeronáutica

  • Dia da Advocacia Criminal

  • Dia do Advogado Criminalista

3 de dezembro:

  • Dia Internacional das Pessoas com Deficiência

  • Dia de São Francisco Xavier

  • Dia do Delegado de Polícia

  • Dia Nacional de Combate à Pirataria e à Biopirataria

4 de dezembro:

  • Dia do Perito Criminal

  • Dia do Trabalhador das Minas de Carvão

  • Dia do Orientador Educacional

  • Dia Mundial da Propaganda

  • Dia do Pedicuro

  • Dia do Podólogo

  • Dia do Orientador Educacional

  • Dia de Iansã

  • Dia de Santa Bárbara

5 de dezembro:

  • Dia Mundial do Solo

  • Dia Internacional dos Voluntários para o Desenvolvimento Econômico e Social

  • Dia Nacional da Pastoral da Criança

  • Dia Nacional da Acessibilidade

6 de dezembro:

  • Dia do Madeireiro

  • Dia Nacional da Extensão Rural e do Extensionista Rural

  • Dia de São Nicolau

  • Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres

  • Dia do Neuropsicopedagogo

7 de dezembro:

  • Dia Nacional do Cirurgião Plástico

  • Dia Internacional da Aviação Civil

  • Dia Nacional da Assistência Social

  • Dia Nacional da Silvicultura

8 de dezembro:

  • Dia da Justiça

  • Dia do Colunista Social

  • Dia da Imaculada Conceição

  • Dia da Família

  • Dia dos Produtores de Rádio e Televisão

9 de dezembro:

  • Dia do Profissional da Culinária

  • Dia Nacional do Fonoaudiólogo

  • Dia Internacional contra a Corrupção

  • Dia Internacional de Homenagem e Dignidade às Vítimas do Crime de Genocídio

  • Dia do Alcoólico Recuperado

  • Dia da Criança Especial

  • Dia Internacional da Medicina Veterinária

10 de dezembro:

  • Dia Internacional dos Direitos Humanos

  • Dia da Inclusão Social

  • Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos

  • Dia Universal do Palhaço

  • Dia de São Melquíades

  • Dia do Sociólogo

11 de dezembro:

  • Dia do Agrônomo

  • Dia do Engenheiro

  • Dia Internacional das Montanhas

  • Dia Nacional da Câmara Júnior

  • Dia Nacional das APAEs

  • Dia do Tango

  • Dia de São Dâmaso

  • Dia da Infantaria da Aeronáutica

12 de dezembro:

  • Dia de Nossa Senhora de Guadalupe

  • Dia do Plano Nacional de Educação

  • Dia Internacional da Saúde Universal

  • Dia Internacional da Neutralidade

  • Dia Mundial da Cobertura Universal de Saúde

  • Dia Internacional da Criança na Mídia

13 de dezembro:

  • Dia do Perito em Engenharia

  • Dia do Engenheiro Avaliador

  • Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual

  • Dia do Lapidador

  • Dia do Marinheiro

  • Dia do Pedreiro

  • Dia do Ótico

  • Dia Nacional do Forró

14 de dezembro:

  • Dia Nacional de Combate à Pobreza

  • Dia do Engenheiro de Pesca

  • Dia do Médico Alergista

  • Dia Nacional do Ministério Público

  • Dia de São João da Cruz

15 de dezembro:

  • Dia do Jardineiro

  • Dia Nacional do Arquiteto e Urbanista

  • Dia Nacional da Economia Solidária

16 de dezembro:

  • Dia do Reservista

  • Dia do Teatro Amador

  • Dia de Santa Adelaide

17 de dezembro:

  • Dia do Pastor Presbiteriano

  • Dia de São Lázaro

  • Dia do Engenheiro de Produção

  • Dia Nacional do Bioma Pampa

18 de dezembro:

  • Dia do Mergulhador

  • Dia do Museólogo

  • Dia Internacional dos Migrantes

  • Dia de São Zózimo

  • Dia da Língua Árabe

19 de dezembro:

  • Dia de Santo Urbano

20 de dezembro:

  • Dia do Mecânico

  • Dia Internacional da Solidariedade Humana

  • Dia de São Domingos de Silos

21 de dezembro:

  • Dia do Atleta

  • Dia de São Pedro Canísio

23 de dezembro:

  • Dia do Vizinho

24 de dezembro:

  • Dia do Órfão

  • Dia de Santa Adélia e de Santa Hermínia

25 de dezembro:

  • Dia de Natal

  • Dia de Oxalá

26 de dezembro:

  • Dia de São Estevão

  • Dia da Lembrança

27 de dezembro:

  • Dia Internacional de Preparação Epidemiológica

  • Dia de São João Evangelista

28 de dezembro:

  • Dia do Salva-Vidas

  • Dia Nacional do Cooperativismo de Crédito

  • Dia do Petroquímico

  • Dia da Marinha Mercante Brasileira

29 de dezembro:

  • Dia de São Tomás Becket

31 de dezembro:

  • Ano-Novo e Réveillon

  • Dia das Devoluções

  • Dia de São Silvestre

Outras datas comemorativas de Dezembro:

  • Saturnália, comemoração romana em homenagem a Saturno celebrada em 25 de dezembro;

  • Sol Invicto, outra comemoração pagã que ocorrian na data 25 de dezembro;

  • Yule, é uma festividade pagã que celebra o solstício de inverno. No hemisfério norte é comemorada entre 21 de dezembro e 1 de janeiro. No hemisfério sul ele normalmente é celebrado a partir de 20 ou 21 de junho;

  • Dia do Orgulho Panssexul, 8 de dezembro. Quase todas as bandeiras mais conhecidas tem uma data comemorativa, a data do orgulho agênero por exemplo é entre o Dia da Mulher e o Dia do Homem;

  • Kwanzaa, data afro-estadunidense criada em 1966 por Ronald Karenga, líder da UsOrganization, que lutava pelos direitos civis dos negros. Busca aproximar pessoas negras de suas raízes africanas, é uma festa inter-religioso que pode ser comemorada junto do Natal e do Hanukkah. Se inicia em 26 de dezembro e vai até 1 de janeiro;

  • Dia da Reconciliação, é celebrado na África do Sul a nível nacional em 16 de dezembro. Aparentemente comemora o fim da segregação...Também li que no ano novo eles tem o costume de jogar eletrodomésticos na rua...;

  • Feriados judaicos, Rosh Chodev Kislev de 1 a 2 de dezembro, Havdalah, 7, 14 e 21 de dezembro e Chanuka de 25 a 31 de dezembro. Convertendo para o calendário gregoriano deste ano porque os judeus tem seu próprio calendário, com mais de 5 mil anos, com meses diferentes e baseado nos ciclos tanto da Lua como do Sol, infelizmente não achei feriados mulçumanos em dezembro;

  • Na Coreia do Norte o dia 24 de dezembro é dedicado a uma heroína de guerra que combateu a ocupação japonesa, kim Jong Suk.

 

O homem preso pelo assassinato do presidente-executivo da maior seguradora de saúde dos Estados Unidos, Brian Thompson, em frente a um hotel de luxo de Nova York, exibia nas redes sociais a imagem de um raio-x da coluna, fixada por pinos. Luigi Mangione, de 26 anos, sofreu com dores nas costas e precisou passar por uma procedimento cirúrgico para tratá-la, de acordo com relatos de amigos e outras postagens nas redes sociais. A polícia investiga a motivação do assassinato do CEO, atribuído a a Mangione, com quem foi encontrado um manifesto contra empresas de saúde.

A rede americana CNN relata que, por volta de 2022, Mangione se mudou para o Havaí e passou a morar com R.J. Martin, em Honolulu. O ex-colega de residência do suspeito afirmou à imprensa que Mangione, certa vez, participou de uma aula de surfe e ficou "de cama por cerca de uma semana", após a atividade, com dores nas costas.

— Foi realmente traumático e difícil, sabe, quando você está na casa dos vinte e poucos anos e não consegue fazer algumas coisas básicas — lembrou Martin.

Martin afirma que costumava conversar sobre capitalismo e o sistema de saúde com Mangione, mas que nunca havia notado no colega qualquer tendência violenta. Martin ressalta que depois perdeu contato com o ex-roomate, mas voltou a falar com ele no início deste ano. Na ocasião, Mangione contou ter passado por uma cirurgia nas costas e enviou uma foto do raio-x da coluna.

— Parecia hediondo, com parafusos gigantes entrando em sua coluna — disse à CNN.

Foto semelhante estava publicada na capa do perfil do suspeito na plataforma X, tirada do ar após a prisão dele, nesta segunda-feira. Luigi Mangione foi acusado de homicídio, além de três violações da lei relacionadas a armas de fogo e falsificação, de acordo com documentos judiciais online citados pelo New York Times e pela CNN.

Nesta terça-feira, a família de Luigi Mangione se manifestou sobre a prisão dele. Por meio de postagem na rede social de Nino Mangione, o clã disse ter descoberto informações do caso pela imprensa e se disse "devastado".

"Nossa família está chocada e devastada pela prisão de Luigi", afirma a nota. "Oferecemos nossas orações à família de Brian Thompson e pedimos que as pessoas orem por todos os envolvidos".

Morte de CEO

Mangione foi preso pela polícia da Pensilvânia, nos Estados Unidos, nesta segunda-feira, com uma arma semelhante à utilizada no assassinato do CEO da seguradora de saúde UnitedHealthcare. Brian Thompson foi morto na última quarta-feira em Nova York. O suspeito foi identificado a partir de uma dica de alguém que o viu por volta das 9h15 da manhã em um restaurante McDonald's em Altoona, disse uma das autoridades.

Ele mostrou à polícia a mesma identificação falsa de Nova Jersey que o atirador apresentou quando fez check-in em um albergue no Upper West Side de Manhattan em 24 de novembro. Além disso, tinha uma arma, um silenciador e mais carteiras de identidade falsas.

O homem estava com uma arma como a usada no tiroteio, chamada de arma fantasma, montada a partir de peças compradas online. O suspeito está sob custódia por acusações locais, disse um oficial, possivelmente relacionadas à apresentação da identificação falsa à polícia.

Ele não foi preso ou acusado em conexão com o assassinato. Investigadores da polícia de Nova York estão viajando para Altoona. A polícia estava procurando o atirador desde o ataque de quarta-feira de manhã ao executivo Brian Thompson, do lado de fora de um hotel em Midtown. Eles acreditam que o assassino deixou Nova York de ônibus logo depois.

O suspeito agora sob custódia chegou a Altoona, no oeste da Pensilvânia, em um ônibus Greyhound. Acredita-se também que o assassino do Sr. Thompson tenha pegado o transporte quando chegou à cidade de Nova York dez dias antes do tiroteio.

As autoridades policiais solicitaram a lista de passageiros do ônibus Greyhound para verificar se algum nome corresponde a algum dos documentos de identificação falsos que o homem detido no McDonald's estava portando. O assassinato desencadeou uma caçada humana que se estendeu muito além da cidade de Nova York e atraiu dias de atenção nacional.

Suspeito detido foi encontrado com manifesto

O manifesto escrito à mão encontrado com o homem detido em Altoona criticava as empresas de saúde por priorizarem os lucros em detrimento do cuidado, de acordo com um alto funcionário da polícia.

Como aconteceu o crime?

O atirador chegou a Nova York em 24 de novembro e, dez dias depois, abriu fogo contra Thompson fora da conferência anual de investidores de sua empresa, realizada em um hotel próximo ao Radio City Music Hall e ao Rockefeller Center.

De acordo com o chefe dos detetives, o suspeito desembarcou de um ônibus que saiu de Atlanta e fez várias paradas no trajeto, embora a polícia não tenha informado onde ele embarcou. Apesar de os investigadores possuírem uma lista de passageiros, nenhum deles foi obrigado a apresentar um documento de identidade ao subir no veículo. As autoridades acreditam que o suspeito usou um documento falso e estão tentando obter informações de um celular encontrado no caminho que ele usou para fugir.

Imagens divulgadas

Durante a caçada pelo suspeito, a polícia americana divulgou duas novas imagens do homem.Os novos registros foram captados de dentro de um carro. Numa delas, o suspeito aparece no banco de trás de um táxi, com moletom, capuz e máscara facial.

Já na segunda, ele surge fora do veículo, também com o rosto coberto. As imagens foram divulgadas depois de a imprensa americana reportar que investigadores recolheram uma mochila perto do local do crime e encontraram nela uma jaqueta da marca Tommy Hilfiger e notas de dinheiro do jogo de tabuleiro Banco Imobiliário.

O FBI oferecia uma recompensa de US$ 50 mil (mais de R$ 300 mil) por informações sobre o suspeito. No sábado, o prefeito de Nova York, Eric Adams, afirmou que "a rede está se fechando" em torno do atirador.

 

Pelo menos seis autoridades que constam no levantamento da Agência Pública sobre descendentes de escravizadores na época dos períodos colonial e imperial brasileiros são integrantes de clãs familiares que, ainda hoje, controlam e influenciam politicamente suas regiões.

A governadora Raquel Lyra (PSDB-PE) e os senadores Cid Gomes (PSB-CE), Ciro Nogueira (PP-PI), Efraim Filho (União Brasil-PB), Tereza Cristina (PP-MS) e Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) vêm de famílias antigas com representantes na política local e nacional.

Nos baseamos em registros em cartórios, jornais e pesquisas acadêmicas que mostram que alguns dos antepassados de políticos de agora teriam sido proprietários de pessoas escravizadas – o que colaborou para o aumento de seus patrimônios.

Estas são as suas histórias.

Um dos episódios mais sombrios da história da escravidão brasileira, na visão do escritor Laurentino Gomes, que escreveu a trilogia Escravidão, teve lugar em uma fazenda de Remígio, cidade da região de Campina Grande, na Paraíba. Quem passa por ali, em meio aos pacatos campos típicos do semiárido, provavelmente não desconfia que as ruínas de mais de 200 anos hoje abertas a visitação abrigaram um sistema de reprodução sistemática de pessoas escravizadas para venda – como se fossem animais.

O dono da propriedade e responsável pelo comércio de pessoas é um antepassado de uma das famílias mais poderosas do estado, a Vital do Rêgo.

A história começa no início do século 19, quando o português Francisco Jorge Torres aportou no Brasil e deu início ao negócio de produção e venda de pessoas. Além da fazenda, ele construiu um casarão no centro de Areia, cidade vizinha, onde teria mantido uma senzala quase maior que a casa principal. Dos 19 quartos, 12 seriam de escravizados.

As mulheres escravizadas que moravam na propriedade eram obrigadas a dormir com alguns homens escravizados que eram “reprodutores escolhidos a dedo”, segundo o historiador Raimundo Melo em entrevista ao Bom Dia Paraíba. Elas ficavam grávidas e, quando estavam prestes a parir, eram levadas para a fazenda, onde havia a chamada “maternidade das negras”.

Lá, outras escravizadas mais velhas ajudavam no parto e nos cuidados com o bebê. As mães podiam ficar com os filhos apenas nos primeiros dias, depois eram levadas de volta para a cidade, onde tornavam a engravidar. Os bebês eram cuidados “para que crescessem fortes e depois fossem vendidos no comércio local”, continua Melo. Torres teria comercializado pelo menos uma centena de escravizados.

“Pelas leis da escravidão, cabia ao senhor o controle da reprodução física dos cativos, cujos filhos não lhes pertenciam. A própria sexualidade, portanto, estava sob domínio senhorial. Há notícias de recém-nascidos arrematados em leilões ou oferecidos em anúncios de jornais. No Brasil há pouca documentação sobre reprodução de escravos para venda, ao contrário dos Estados Unidos, onde essa prática é bem documentada”, disse o escritor Laurentino Gomes em um vídeo gravado quando estava visitando a fazenda em Remígio.

A pesquisadora Eleonora Félix encontrou alguns registros de cartório de transações relacionadas aos escravizados de Torres. Há a anotação da venda de um homem de 23 anos: “João, solteiro, foi vendido por Francisco Jorge Torres pelo preço de 620S000”. Isso daria aproximadamente R$ 91 mil em valores de hoje, de acordo com a conta utilizada por Laurentino Gomes no livro 1822, que considerou que uma libra esterlina valia cerca de 5 mil-réis.

O comerciante registrou também que “dera carta de liberdade à sua escrava Maria Angola”, em 1855, em “observância aos seus bons serviços”, mas com a condição de permanecer com ele enquanto ele vivesse. Com isso, Maria Angola ficou livre apenas um ano e meio depois, quando já tinha 50 anos de idade.

Em uma das salas do casarão de Torres em Areia, que hoje é aberto ao público, há uma homenagem com o nome das 18 pessoas escravizadas de Maria Franca Torres, filha do patriarca, que constavam em seu inventário, registrado em 1871. Os escravizados tinham entre 1 e 54 anos de idade. Seis eram crianças com menos de 10 anos.

O casarão exibe a reprodução de bilhetes de rifa cujo prêmio era a compra da alforria de escravizados. Pois Areia, apesar de abrigar o horror da “produção de escravos”, também foi uma das primeiras cidades brasileiras a ter um forte movimento abolicionista – tanto que libertou seus escravizados dias antes da promulgação da Lei Áurea, de 1888.

Torres foi o primeiro do ramo familiar que há séculos é um dos mais influentes da Paraíba. Ele é o quinto avô do hoje senador Veneziano Vital do Rêgo. Veneziano, por sua vez, é filho da ex-senadora Nilda Gondim e do ex-deputado Antônio Vital do Rêgo, irmão do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo Filho, neto do ex-governador Pedro Gondim e sobrinho-neto do ex-governador, ex-deputado federal e ex-senador Argemiro de Figueiredo.

O senador Cid Gomes e seu irmão Ciro Gomes, ex-ministro, ex-deputado e ex-presidenciável por quatro vezes, têm um histórico antigo com a cidade de Sobral, no Ceará – que hoje é presidida por outro irmão deles, Ivo Gomes.

Os três são filhos de José Euclides Ferreira Gomes Júnior, que foi prefeito de Sobral, e bisnetos de José Ferreira Gomes, o segundo prefeito do município. Ele, por sua vez, é irmão de Vicente Ferreira Gomes, o primeiro prefeito de Sobral. José Euclides Ferreira Gomes, o avô, foi deputado estadual.

A família também tem um histórico que estaria ligado à posse de escravizados. Há um registro em cartório do batizado de uma menininha que seria filha de uma escravizada de Cesário Ferreira Gomes, trisavô de Cid e Ciro. Além disso, um anúncio de jornal de 1854 fala sobre a fuga de um escravizado de Diogo Gomes Parente, outro trisavô.

“Ao abaixo assignado fugió de Sobral, um escravo mulato, de nome Delmiro, com os signaes seguintes: idade de 22 annos, estatura baixa, cheio de corpo, cabello crespo arruivascado, olhos grandes, sobrancelhas fechadas, nariz grosso e um tanto arrebitado, bocca regular, faltão-lhe dois dentes na frente, pouca barba, rosto redondo, pouco cabello no peito, pés grandes, tem uma pequena cicatriz no nariz, em um lado da cabeça tem uma grande brecha que o cabelo cobre, e várias cicatrizes nas costes”, diz o anúncio.

Procurado pela Agência Pública sobre o parentesco, Cid Gomes afirmou: “Abomino a escravidão. A humanidade nunca deveria ter feito isso na história. Um humano ser proprietário de outro humano atenta contra qualquer princípio humano, ético e moral. Isso é a coisa maior horrível que existe. Não faço a menor ideia se é meu trisavô e nunca soube disso.”

Raquel Lyra é filha de João Lyra Neto, ex-governador de Pernambuco – ele foi vice de Eduardo Campos e assumiu quando este se licenciou para concorrer à Presidência – e ex-prefeito de Caruaru. O avô também foi prefeito de Caruaru. O tio Fernando Lyra foi ministro da Justiça.

O poder da família é antigo: o capitão Manoel Monteiro Paes da Rocha Lira, sexto avô de Raquel, recebeu uma sesmaria (terra inexplorada para ser colonizada) da coroa portuguesa em 1816, na região de Recife. Desde então, seus descendentes são influentes na região.

José Soares da Silva Lyra, trisavô de Raquel, é descrito como escravista no livro História da Lagoa dos Gatos, do historiador João Pereira Callado. O autor cita que ele seria “dono de uma porção dessa desgraçada gente”, em referência aos escravizados. “Era daqueles bons senhores estimados. Depois da alforria, ficaram todos seus cativos consigo, numa honrosa demonstração de bom caráter”, continua o texto.

Em outro trecho do livro, o historiador diz que o quinto avô de Raquel, José Paes de Lira, foi “ajudado ainda pelo braço de seus numerosos cativos” na venda de algodão produzido em sua propriedade.

O pesquisador José Eduardo da Silva levantou que Paes de Lira seria dono de 23 pessoas, de acordo com o inventário deixado por ele em 1844 em Garanhuns. Os escravizados correspondiam a 34% do seu patrimônio, ainda segundo o estudo.

A senadora e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina Corrêa da Costa Dias vem de uma longa linhagem de políticos mato-grossenses. Um de seus avôs foi duas vezes senador e duas vezes governador. Seu bisavô também foi governador duas vezes. E seu tataravô foi Quintino Bocaiuva, primeiro ministro das Relações Exteriores e da Agricultura da República.

Quintino Bocaiuva foi um dos mais importantes abolicionistas da história do Brasil. Ele defendia a causa em seu jornal, O Paiz, junto com Joaquim Nabuco, uma das principais vozes contra a escravidão.

Já o quinto avô de Tereza Cristina, Francisco Corrêa da Costa, foi descrito como “um médio proprietário de escravos” em um estudo de Maria Amélia Alves Crivelente, mestre em história pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Corrêa da Costa foi presidente da província de Mato Grosso, deputado estadual e dono de engenho. Em outro estudo, a mesma autora cita que seu filho Antonio assumiu o engenho do pai e adquiriu outros, multiplicando o patrimônio da família e também teria posse de dezenas de escravos.

“Com perspicácia, audácia e experiência na convivência com o pai, em 1855 seus bens somavam considerável patrimônio em sesmarias onde cultivava milho, arroz e feijão, além do engenho de açúcar e aguardente, tinha ainda 8.000 cabeças de gado, bestas, cavalos, 10 casas em Cuiabá e 194 escravos, sendo 81 deles africanos”, cita a pesquisadora.

O avô paterno do senador Ciro Nogueira (PP-PI) foi prefeito de Pedro II, o pai foi deputado federal duas vezes e um tio também foi deputado federal. Nogueira foi casado com a ex-deputada federal Iracema Portella (PP-PI). A história deles está intrinsecamente ligada à política do Piauí há mais de 300 anos.

Quinto avô de Nogueira, o tenente-coronel Antonio Sousa Mendes embarcou em um navio saindo do Rio de Janeiro em 7 de maio de 1853 junto com dois escravos, Antonio e Raimundo, de acordo com registro no jornal O Constitucional. Sousa Mendes participou como militar da guerra da independência e da repressão à Balaiada, revolta da população pobre do Maranhão.

Um dos filhos de Sousa Mendes foi Simplício Mendes, que foi presidente da província do Piauí quatro vezes e nomeou a cidade de mesmo nome. Outro filho foi ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). O filho de Simplício, Álvaro de Assis Osório Mendes, foi senador e governador do Piauí.

A família é descendente de Valério Correia Rodrigues, português que foi um dos primeiros povoadores do Piauí, em meados do século 18. Rodrigues colecionou dezenas de fazendas e teria sido dono de vários escravos, como constataram pesquisadores da Associação dos Descendentes de Valério Coelho, que montaram uma árvore genealógica desde o patriarca.

“Foram encontrados vários assentos de batismos de familiares e escravos de Valério Coelho”, diz o site que compila a pesquisa genealógica do patriarca. De acordo com os registros, Coelho batizava os filhos de suas escravizadas. “Aos dezasete de dezembro de mil e sete centos e setenta e quatro na fazenda do Paulista Baptizei solemne mente e pus os santos oleos a Ignacia filha de digo Baptizei e et cetra a Luiza filha de Quiteria preta solteira de Nascam Angolla Escrava de Vallerio Coelho Rodrigues morador na dita fazenda”, diz um deles.

Ciro Nogueira não aparece como descendente direto de Valério Coelho nos registros oficiais porque tudo indica que seu bisavô, Pedro da Silva Mendes, não foi um filho legítimo do trisavô Álvaro de Assis Osório Mendes. O seu registro de falecimento, inclusive, diz que sua mãe era Luiza de França Vilarinho, “doméstica”.

O senador fez parte da Frente Parlamentar Mista pela Erradicação do Trabalho Escravo em 2010. Três anos antes, ele foi um dos parlamentares que votaram para aprovar uma regra que dificultava o combate ao trabalho escravo – ela estipulava que auditores fiscais do trabalho não poderiam apontar vínculo empregatício entre patrões e funcionários quando constatassem irregularidades.

Senador Efraim Filho (União Brasil-PB) Filho do ex-senador paraibano Efraim Morais e neto dos ex-deputados estaduais João Feitosa e Inácio Bento de Morais, o senador Efraim Filho já reconheceu que “ter sobrenome conhecido na política ajuda a abrir portas”.

Seu tataravô, Manoel de Araújo Pereira II, aparece em uma relação de senhores de escravos em Santa Luzia do Sabugy, antigo nome de Santa Luzia, na Paraíba, no período de 1858 a 1888, de acordo com a dissertação de Joselito Eulâmpio da Nóbrega, “Comunidade Talhado – um grupo étnico de remanescência quilombola: um identidade construída de fora?”, sobre a comunidade com remanescentes de quilombolas dessa cidade. O registro não cita o número de escravizados que ele teria tido.

A reportagem procurou os políticos citados para esclarecer os achados de suas genealogias, assim como fizemos com todas as autoridades citadas no Projeto Escravizadores, mas não recebemos respostas até a publicação.

Edição: Mariama Correia

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A imagem no URL dessa publicação um print da interface do aplicativo Raccon para Lemmy.

Ele possui várias opções de personalização, além de tema claro, escuto e OLED também permite selecionar cores para cada detalhe da tela, estilo e tamanho de font.

print da interface do aplicativo Raccon for Friendica exibindo o perfil do usuário logado Noah Loren.

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Mesmas opções de personalização do Raccon for Lemmy. Paleta de cores, tema claro, escuro ou OLED, opções de estilo e tamanho de font.

Ele foi feito para suportar contas em instâncias Friendica e Mastodon.

Ambas são criações de LiveFast EatTrash.

Edit: consegui logar nele todas as minhas contas Friendica - venera.social e libranet.de - todas as minhas contas Mastodon - mastodon.social, ayom.media e social.vivaldi.net - minha conta Catodon.social - fork do Misskey - Kooapp.org - Lettersoap - e Pleroma - craftopi.art.

Minha única crítica é que as duas únicas opções de formatação de texto são HTML e Markdown além do texto simples.

Tem a alternativa de criar rascunhos, no entanto eu não testei ainda quão bem essa função funciona a depender na instância.

Na descrição do aplicativo a pessoa ou pessoas que desenvolveram deixam claro que ele foi feito para Friendica e Mastodon mas pode funcionar para redes sociais semelhantes - Ou seja, microblogging/social network(micro).

 

Eu aceito recomendações, independente do assunto tratado por vocês ou por outros.

Por favor deixem o link para acessar os sites em um comentário resposta a esta publicação.

O blogue/blog não precisa estar atualizado. Eu também ficaria contente em ler textos antigos, mesmo que eles não reflitam vossas opiniões atuais.

Estou buscando principalmente conteúdo publicado em plataformas como WriteFreely ou WordPress. Não gosto tanto de acessar conteúdo no Tumblr nem no Médio. Mas caso o tema seja interessante o suficiente.

 

Estados Unidos e Argentina rejeitaram as ordens de prisão emitidas pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) nesta quinta-feira (21) contra líderes israelenses, enquanto União Europeia, Colômbia e organizações humanitárias, como Anistia Internacional e Human Rights Watch, apoiaram a decisão, que também solicita a captura do líder do braço armado do Hamas.

Os mandados do TPI contra o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o chefe militar do Hamas, Mohammed Deif, mencionam acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

O próprio Netanyahu, classificou como "antissemita" a decisão do TPI de emitir um mandado de prisão internacional contra ele e contra seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, considerando-se vítima de um novo "caso Dreyfus". Os Estados Unidos, seu maior aliado, também fizeram coro ao israelense.

"Os Estados Unidos rejeitam categoricamente a decisão do TPI de emitir mandatos de prisão contra altos dirigentes israelenses", reagiu um porta-voz do conselho de segurança nacional da Casa Branca.

A Argentina, sob comando do extremista de direita Javier Milei, seguiu a mesma linha. Os mandados de prisão do TPI contra o primeiro-ministro israelense e seu ex-ministro da Defesa "ignoraram o direito legítimo de Israel de se defender frente aos constantes ataques de organizações terroristas", estimou a presidência argentina em um comunicado.

Apoios

Já a União Europeia teve atitude oposta. O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou que os mandados de prisão emitidos nesta quinta-feira devem ser "respeitados e aplicados".

"A decisão do tribunal deve ser respeitada e aplicada", disse Borrell em uma coletiva de imprensa em Amã, junto ao seu homólogo jordaniano, Aymane Safadi. A Itália, país governado pela extrema direita, adotou uma postura de cautela.

"Apoiamos o TPI, ao mesmo tempo em que lembramos que o tribunal deve ter um papel jurídico e não político", declarou o ministro italiano das Relações Exteriores, Antonio Tajani. "Vamos avaliar com nossos aliados como reagir e interpretar essa decisão", disse.

Já o Hamas celebrou a emissão dos mandados de prisão pelo TPI contra Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, qualificando-o como um "passo importante em direção à justiça".

Um dos países mais críticos ao genocídio palestino que vem sendo cometido por Israel em Gaza, a Colômbia classificou como "lógico" o mandado emitido pelo TPI contra Netanyahu.

"É lógico, Netanyahu é um genocida. O tribunal de justiça do mundo diz isso e seu veredicto deve ser cumprido", escreveu o presidente colombiano, Gustavo Petro, na rede social X.

A Turquia também elogiou a medida.

"Esta decisão é um passo extremamente importante para levar à justiça as autoridades israelenses que cometeram genocídio contra os palestinos", escreveu o ministro das Relações Exteriores turco, Hakan Fidan, no X.

Entidades de defesa dos direitos humanos celebraram a decisão da mais alta corte de justiça internacional. Netanyahu é "oficialmente hoje um homem procurado", reagiu a secretária-geral da ONG Anistia Internacional, Agnès Callamard.

"Os Estados-membros do TPI e toda a comunidade internacional devem fazer todo o possível para que esses indivíduos compareçam diante dos juízes independentes e imparciais do TPI", destacou.

Já o diretor associado de Justiça da ONG Human Rights Watch, Balkees Jarrah, disse que "os mandados de prisão emitidos pelo TPI contra altos dirigentes israelenses e um responsável do Hamas demonstram que ninguém está acima da lei".

Contexto

O TPI abriu, em 2021, investigação sobre as ações de Israel e do Hamas, além de outros grupos armados palestinos por possíveis crimes de guerra nos Territórios Palestinos. Em maio, o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) das Nações Unidas, Karim Khan disse que apresentou pedidos para ordens de prisão contra Netanyahu e seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes como "matar deliberadamente os civis de fome", "homicídio doloso" e "extermínio e/ou assassinato" na Faixa de Gaza.

"Afirmamos que os crimes contra a humanidade foram cometidos como parte de um ataque generalizado e sistemático contra a população civil palestina, para cumprir uma política de Estado. Segundo as nossas conclusões, alguns destes crimes continuam sendo cometidos", declarou Khan, em referência aos líderes israelenses Netanyahu e Gallant.

A decisão desta quinta do TPI limita os movimentos de Netanyahu, já que qualquer um dos 124 países membros é obrigado a prendê-lo

Edição: Rodrigo Durão Coelho

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