kamaradajonny
Discordo demais de como ele coloca a tecnologia como uma coisa secundária ao "social" (i.e. o modo de produção capitalista), é a mesma crítica rasa de certos comunistas a qualquer tipo de reforma, como se as reformas fossem ruim per se e só pudéssemos ter alguma melhora significativa depois da revolução. Nem o próprio Lenin tinha essa visão sobre as reformas...
No fim cai no que o Mark Fisher chamava de "Superego Leninista Severo":
A outra figura - que eu gostaria de chamar de Superego Leninista Severo - é definida por sua recusa absoluta a concessões. De acordo com Freud, o superego é caracterizado pela natureza quantitativa e qualitativamente excessiva de suas exigências: o que quer que façamos, nunca é suficiente.
[...]
Enquanto os líderes complacentes do trabalho organizado apostavam no status quo, o superego leninista severo apostava tudo em um mundo absolutamente diferente deste. Era esse mundo pós-revolucionário que redimiria o leninista, e era a partir da perspectiva desse mundo que eles julgavam a si mesmos.
— Mark Fisher, Acid Communism (Unfinished Introduction)
O que impede que a construção de uma internet alternativa dentro do capitalismo possa ajudar na organização de movimentos anticapitalistas?
just use the filter from:
in the search, like from:@username@instance.com keyword
fora do assunto, mas se você colocar o endereço da imagem (terminado em .png, ou .jpeg, etc) na URL do post, o Lemmy usa como thumbnail do post (dá pra ampliar dentro sem sair do lemmy)... é só clicar com o botão diireito na imagem e selecionar "Copiar endereço da imagem"
The installation of capitalist realism was by no means a simple restoration of an old state of affairs: the mandatory individualism imposed by neoliberalism was a new form of individualism, an individualism defined against the different forms of collectivity that clamoured out of the Sixties. This new individualism was designed to both surpass and make us forget those collective forms. So to recall these multiple forms of collectivity is less an act of remembering than of unforgetting , a counter-exorcism of the spectre of a world which could be free.
Acid Communism is the name I have given to this spectre. The concept of acid communism is a provocation and a promise. It is a joke of sorts, but one with very serious purpose. It points to something that, at one point, seemed inevitable, but which now appears impossible: the convergence of class consciousness, socialist-feminist consciousness-raising and psychedelic consciousness, the fusion of new social movements with a communist project, an unprecedented aestheticisation of everyday life.
Acid communism both refers to actual historical developments and to a virtual confluence that has not yet come together in actuality. Potentials exert influence without being actualised. Actual social formations are shaped by the potential formations whose actualisation they seek to impede. The impress of “a world which could be free” can be detected in the very structures of a capitalist realist world which makes freedom impossible.
The late cultural critic Ellen Willis said that the transformations imagined by the counterculture would have required “a social and psychic revolution of almost inconceivable magnitude”. 10 It’s very difficult, in our more deflated times, to re-create the counterculture’s confidence that such a “social and psychic revolution” could not only happen, but was already in the process of unfolding. But we need now to return to a time when the prospect of universal liberation seemed imminent.
Tem essa entrevista com o Fernando Wirtz também, onde ele dá uma explicação geral da cosmotécnica e expõe algumas das críticas ao Yuk Hui. Tem umas críticas bem fracas, principalmente de uns acc aí (Benjamin Bratton), mas acho que vale a pena ler.
Coloquei alguns mateirais ali que já tinham recomendado lá nos canais do Discord sobre Yuk Hui, mais um sobre gambiarra que acho interessante pra pensar a questão da cosmotécnica brasileira.
A principal dificuldade de toda cosmopolítica está na reconciliação entre o universal e o particular. O universal tende a contemplar os particulares do alto, da mesma forma como Kant observava a Revolução Francesa – como um espectador que assiste do camarote do teatro a uma peça violenta. A universalidade é a visão de um espectador, nunca a de um ator.
— Yuk Hui, Tecnodiversidade
Tem quem analisa, tem quem banaliza
Quem passa no Visa, quem faz a divisa
Quem fica de cima e não vê
Fica de cima e não vê
Não tá na TV, não dá pra prever o que vai acontecer
— BaianaSysytem, Bola de Cristal
Já estudei em Colégio da Polícia Militar e por incrível que pareça isso nunca aconteceria lá... Apesar dos dois modelos serem uma merda, coisas assim acontecem muito mais em escolas militarizadas do que militares.
O projeto de militarização de escolas é um desastre pra educação pública.
~~sdds nitter, R.I.P~~
o próprio cesto é podre, qualquer fruta nele acaba apodrecendo...